Para os iridólogos, os olhos tem mais funções
além da visão. Eles podem servir como indicadores de doenças. Saiba como
funciona a iridologia no diagnóstico e prevenção de doenças.
Texto: Cristina Almeida/ Foto: Shutterstock/ Adaptação: Letícia Maciel
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A iridologia funciona como pré-diagnóstico e não tem contra indicações. Foto: Shutterstock.
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Embora a técnica já fosse conhecida pelas civilizações egípcia e
grega, e até pela Medicina Tradicional Chinesa, foi Ignatz von Peczely,
ao capturar uma coruja e acidentalmente quebrou uma das patas.
Preocupado com o ocorrido, notou o surgimento de um sinal na parte
colorida do olho da ave, a marca continuou mesmo após a correção da
fratura, assim, o médico passou a observar alterações no organismo de
seus pacientes
através da íris, idealizando um mapa dos órgãos do corpo humano. Desta forma que surgiu a iridologia, método
observacional que estuda a íris para conhecer o indivíduo integralmente.
E isso só foi possível porque o olho é uma terminação do nervo óptico
e, também, um prolongamento exterior do sistema nervoso autônomo.
Considerando que a íris é formada por fibras nervosas, ela seria capaz
de receber informações de todo o sistema nervoso,
mostrando características psicofísicas,
predisposições,
desequilíbrios o
u pontos fortes, a capacidade de recuperação de cada um, além do impacto do estilo de vida na saúde.
Para Celso Battello, presidente da Associação Mundial de Irisdiagnose “
o olho, e principalmente a íris, é o mais inteligível e preciso microssistema que existe no corpo humano e veterinário”. Essa é a razão por que esse órgão apresenta marcas congênitas e adquiridas. “
Apesar disso, é importante saber que a iridologia não serve ao diagnóstico clínico, mas funciona como uma ferramenta pré-diagnóstica,
não devendo ser considerada uma alternativa sem outros procedimentos
médicos.” Numa consulta, o paciente será examinado com o auxílio de um
instrumento chamado iridoscópio, mas o profissional pode também valer-se
de uma lupa. Para um iridólogo, esse instrumento representa o mesmo que
um estetoscópio para um médico convencional. Mas adverte: “
Os
resultados da leitura da íris devem ser interpretados com bom-senso. A
melhor coisa a fazer é confrontá-los e integrá-los a tudo quanto tenha
sido apurado na consulta clássica. Afinal, a conversa com o paciente é o verdadeiro momento de uma visita médica”, conclui .
Como é feito o exame?
O exame não é invasivo nem doloroso e pode ser feito com um
iridoscópio, instrumento dotado de lentes que permitem a observação da
íris em seus mais microscópicos detalhes, ou com uma simples lupa.
Existem, ainda, modernos recursos de captura de imagens, com várias
graduações de aumento. Ao serem reproduzidas na tela de um computador,
ou mesmo num vídeo, facilitam, em muito, a interpretação dos resultados
O que o iridólogo observa?
Cores, pigmentações, estrias, fendas e anéis. Cada íris é única em
sua configuração, mas os mesmos tipos de sinais se repetem em homens e
mulheres. No caso dos órgãos sexuais (útero e próstata), por exemplo,
ambos correspondem à mesma área topográfica do mapa iridológico.
O que cada característica significa?
De acordo com o tipo de sinal e do setor da íris em que ele se encontra, o iridólogo será capaz de identificar quais são os
pontos fracos e fortes da saúde de cada um: energia vital,
predisposição ao envelhecimento, acúmulo de toxinas, fraqueza dos órgãos e aparelhos, graus de mineralização,
vulnerabilidade ao estresse,
potencialidade de recuperação do organismo e ainda os níveis de saúde.
Aspectos psicoafetivos também podem ser notados. Por isso, já existe uma
parte da iridologia denominada iridologia psicossomática
Como pode beneficiar o paciente?
Atua, predominantemente, de forma profilática ou
preventiva.
Pode ser feita em crianças e idosos?
A iridologia não deve ser utilizada em crianças abaixo dos 6 anos de idade. Entre os idosos não há restrição.
Há riscos ou contraindicações?
A técnica é praticamente inofensiva, dados os baixos níveis desses aspectos.