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quinta-feira, 14 de abril de 2016

O que acontece com Dilma se a Câmara aprovar o impeachment?

Presidente Dilma Rousseff durante encontro em Helsinki. 20/10/2015

  Os próximos dias serão longos tanto para os apoiadores de Dilma Rousseff quanto para sua oposição. É que neste final de semana, a Câmara dos Deputados estará totalmente voltada para a votação que deve mudar o rumo da presidente no poder.

O desafio da base e da oposição é convencer os parlamentares que até agora não assumiram uma posição sobre o impeachment de Dilma.

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Caso 342 dos 513 deputados votem a favor do afastamento da presidente, o processo é encaminhado ao Senado – responsável por julgar se Dilma cometeu ou não crimes de responsabilidade.

Enquanto o cenário ainda é de dúvida, entenda melhor o que pode acontecer com a presidente nos próximos dias.

Se a Câmara aprovar o impeachment, Dilma é afastada?

Não. Se o pedido for aprovado por dois terços dos deputados, o processo seguirá para o Senado dias após a votação (possivelmente, entre 18 e 19 de abril) e uma comissão será formada para avaliá-lo. Só o Senado pode processar e julgar um presidente da República.


É preciso avaliar de novo?

Sim. O trabalho no Senado é diferente do que já foi feito, uma vez que a comissão da Câmara só avalia a admissibilidade, ou seja, se o processo tem condições ou não de seguir. A comissão do Senado deve se reunir entre os dias 21 de abril e 02 de maio. O parecer final é encaminhado ao plenário para uma nova votação. O processo só deve continuar se 41 dos 81 senadores (maioria simples) concordarem com ele.

E se o Senado aceitar o pedido?

A presidente é afastada por um período de 180 dias e o vice-presidente Michel Temer assume o cargo. Dilma recebe um prazo de 20 dias para apresentar nova defesa.

Dilma deve deixar o Palácio da Alvorada?

Não. Como explica Flávio de Leão Bastos Pereira, professor de Direito Constitucional do Mackenzie, a presidente não é obrigada a deixar a residência oficial durante o período que não exerce a presidência. Durante o afastamento, no entanto, ela recebe apenas metade de seu salário (que atualmente é de R$ 30.934,00).

E por quanto tempo o Senado pode julgar a presidente?

Os senadores dispõem de 180 dias para julgar se Dilma é responsável pelos crimes de responsabilidade apontados no processo. Se eles decidirem usar todo o tempo, o processo termina em outubro deste ano.

Como funciona a votação final?

A sessão é presidida pelo ministro do Supremo Tribunal Federal. O impeachment é aprovado se dois terços dos senadores (54 dos 81) votarem a favor. Se Dilma for condenada, perde o mandato e se torna inelegível por oito anos. Se for absolvida, volta automaticamente ao cargo e recebe o valor que deixou de receber enquanto estava afastada.

Abin confirma ameaças do Estado Islâmico ao Brasil

Jihadista do Estado Islâmico agita a faca momentos antes de executar o jornalista americano Steven Sotloff

Um integrante da organização terrorista Daesh (nome árabe do grupo que se autointitula Estado Islâmico) postou em sua conta pessoal no Twitter uma ameaça ao Brasil.

A mensagem “Brasil, vocês são nosso próximo alvo” foi postada em novembro do ano passado, logo após os atentados que deixaram 129 mortos e dezenas de feridos, na França, mas só nessa quarta-feira (13) a Agência Brasileira de Inteligência (Abin) confirmou a autenticidade do perfil e da mensagem.

Embora alguns poucos sites tenham divulgado a existência da mensagem já à época, como o da rádio francesa Tendance Ouest, no Brasil o assunto só foi tornado público ontem (13), após o diretor do Departamento de Contraterrorismo da Abin, Luiz Alberto Sallaberry, confirmar as suspeitas.

Ao proferir palestra na Feira Internacional de Segurança Pública e Corporativa, em São Paulo, Sallaberry falou sobre as estratégias do Daesh para recrutar seguidores e ordenar atentados pelas redes sociais.

O diretor da agência de inteligência também tratou das possíveis ameaças terroristas aos Jogos Olímpicos Rio 2016 e dos riscos aos quais o Brasil está exposto atualmente.

Sallaberry não só revelou que a agência de inteligência já tinha confirmado a autenticidade da ameaça divulgada pelo francês Maxime Hauchard, como também informou que a probabilidade de o Brasil ser alvo de ataques terroristas elevou-se nos últimos meses, por causa dos eventos ocorridos em outros países e do aumento do número de brasileiros que têm aderido à ideologia do Daesh.

A reportagem não obteve detalhes sobre ligações entre brasileiros e o grupo terrorista.

Segundo o diretor de Contraterrorismo da Abin, a agência tem adotado ações para evitar possíveis ataques terroristas, como o intercâmbio de informações com serviços estrangeiros, a capacitação de profissionais de setores estratégicos e trabalhos com órgãos integrantes do Sistema Brasileiro de Inteligência, em especial com os eixos de segurança pública e defesa.

Conhecido como "o carrasco", o francês Maxime Hauchard é suspeito de ser um dos terroristas que aparecem em vídeos que exibem a decapitação de pessoas sequestradas ou feitas prisioneiras pelo Daesh, sobretudo soldados sírios.

Os sites que primeiro divulgaram a informação, logo após a mensagem ter sido postada, observaram que o usuário havia criado o perfil pouco tempo antes dos ataques à França. Atualmente, a conta está desativada.

Governo diz que luta "com últimas forças" contra impeachment

Imagem do Palácio do Planalto, em Brasília

O governo admite que está no limite, “lutando com suas últimas forças”, para tentar segurar votos suficientes e impedir a aprovação da abertura de processo de impeachment no próximo domingo, mas fontes palacianas admitem que a situação nunca foi tão difícil.

“Estamos segurando cada voto à unha”, disse uma das fontes. A avaliação é que a posição do governo piorou nos últimos dias não apenas pela defecção de partidos com que se estava negociando, como o PP e PSD, mas porque as “ameaças e promessas do outro lado” e a tentativa de criar um clima de “já ganhou” foram mais eficazes que as ações do Planalto.

 

“Virou um estica e puxa. Cada um que sai do Planalto é imediatamente procurado com ameaças ou promessas no mercado futuro”, afirmou a fonte.

A avaliação é que o governo vive o momento mais dramático, especialmente pelo pouco tempo para tentar segurar ou virar votos, mas ainda tenta vender que possui o suficiente para barrar o processo na Câmara.

Na manhã desta quinta-feira, em um rápido café da manhã com líderes governistas, o tom foi o de ir à luta em uma ofensiva final. Em uma fala de cinco minutos, Dilma pediu o “máximo empenho” para “vencer a batalha”, elogiou a “coragem” de quem está apoiando o governo e afirmou que vai “lutar nas ruas, na Justiça e no Parlamento” pelo seu mandato, mesmo que seja derrotada no domingo na Câmara.

Nos próximos dias, a própria presidente fará uma última ofensiva para angariar votos, falando diretamente com deputados e tentando injetar ânimo na militância.

Dilma irá pessoalmente, no sábado, acompanhada do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, visitar o acampamento organizado por movimentos sociais --especialmente o Movimento dos Sem Terra (MST), Central Única dos Trabalhadores (CUT)  e União Nacional dos Estudantes (UNE)-- em um ginásio de esportes em Brasília, à espera da manifestação organizada para domingo.

Ainda nesta quinta-feira, Dilma recebeu os governadores do Piauí, Wellington Dias, da Bahia, Rui Costa, do Ceará, Camilo Santana --os três petistas-- e da Paraíba, Ricardo Coutinho (PSB), que prometeram buscar votos em suas bancadas contra o impeachment. Coutinho, apesar de seu partido ter fechado questão a favor da saída da presidente, disse a Dilma que conversaria com sua bancada ainda na tentativa de virar alguns votos.

O governo espera uma decisão do plenário do Supremo Tribunal Federal (STF) sobre o mandado de segurança impetrado pela Advocacia Geral da União (AGU) pedindo a nulidade de procedimentos adotados pela Câmara na tramitação do impeachment para então analisar outras ações.

Se não obtiver uma vitória agora no Supremo, poderá questionar também o mérito do pedido de impeachment dependendo do resultado da votação no plenário da Câmara.

PRONUNCIAMENTO

Dilma deverá fazer um pronunciamento no domingo, seja qual for o resultado da votação na Câmara. A intenção não é usar cadeia de rádio e tevê, mas convocar a imprensa para uma declaração. Apesar de ter dito a jornalistas, em conversa na quarta-feira, que se perder a votação é “carta fora do baralho”, a presidente pretende, como disse a parlamentares, continuar lutando pelo mandato mesmo com uma derrota no plenário da Câmara, seja tentando virar o jogo no Senado, seja apelando para o Supremo Tribunal Federal

 

Terremoto no Japão mata ao menos 9, mas sem danos em usinas

Resgate tira pessoa de casa desmoronada por causa de terremoto, Mashiki, Japão, dia 15/04/2016

 Um terremoto de magnitude 6,0 atingiu o sul do Japão nesta quinta-feira, provocando desabamentos de alguns edifícios, matando pelo menos nove pessoas e ferindo centenas, de acordo com a mídia local, mas a agência nuclear do país descartou problemas nas usinas.

O tremor ocorreu 11 quilômetros ao leste da cidade de Kumamoto, informou o Serviço Geológico dos Estados Unidos, que inicialmente estimou sua magnitude em 6,2 e depois a revisou para baixo.

Não houve alerta de tsunami, mas uma pessoa foi morta após ser esmagada por um prédio que desabou, e outra morreu em incêndio decorrente do tremor. Pelo menos 400 pessoas foram tratadas em hospitais locais, relatou a rede pública NHK.

"Pretendemos fazer de tudo para controlar a situação", disse o primeiro-ministro japonês, Shinzo Abe, aos repórteres.

A mídia japonesa divulgou imagens de moradores, muitos enrolados em cobertores, aguardando em estacionamentos e outras áreas abertas por medo de mais desabamentos.

A Autoridade de Regulação Nuclear do Japão disse que não foram registradas irregularidades nas três usinas nucleares na ilha de Kyushu, no sul, e em Shikoku, no arredores.

Alguns trens de alta velocidade deixaram de circular por cautela.

CNBB pede que Poderes cumpram responsabilidade com isenção

Odilo Scherer

Aparecida - Sem tomar partido, a favor ou contra, no processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff, "uma das manifestações mais evidentes da crise atual", a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) afirma em declaração aprovada em sua 54ª Assembleia Geral, em Aparecida, nesta quinta-feira, 14, que espera "o correto procedimento das instâncias competentes, respeitando o ordenamento jurídico do Estado democrático de direito".

"O bem da Nação requer de todos a superação de interesses pessoais, partidários e corporativistas", diz a nota da CNBB, depois de exortar os três Poderes das República a cumprir integralmente suas responsabilidades.

"A polarização de posições ideológicas, em clima fortemente emocional, gera perda de objetividade e pode levar a divisões e violências que ameaçam a paz social", adverte a nota.

A maior preocupação dos bispos, conforme o cardeal-arcebispo de São Paulo, d. Odilo Scherer, declarou em entrevista à Rádio Vaticano é o que virá depois, seja qual for o resultado da votação do impeachment. "Ninguém revelou sua posição durante os debates, mas todos os bispos que falaram no plenário manifestaram angústia com relação ao futuro", disse o bispo de Mogi das Cruzes, d. Pedro Luiz Stringhini.

O documento lembra as conquistas da democracia, depois de vinte anos de regime de exceção, e reconhece que a conjuntura atual é "desafiadora", tendo vindo à tona escândalos de corrupção que, se não tiveram início agora, são "sem precedentes na história do País".

"Conclamamos o povo brasileiro a preservar os altos valores de convivência democrática, do respeito ao próximo, da tolerância e do sadio pluralismo, promovendo o debate político com serenidade", advertindo que "manifestações populares pacíficas contribuem para o fortalecimento da democracia. Nesse contexto, afirma a declaração da CNBB, "os meios de comunicação social têm o importante papel de informar e formar a opinião pública com fidelidade aos fatos e respeito à verdade".

O episcopado defende a apuração das denúncias de corrupção e pede a punição dos corruptos.

"Neste momento, mais uma vez, o Brasil se defronta com uma conjuntura desafiadora. Vêm à tona escândalos de corrupção sem precedentes na história do País. É verdade que escândalos dessa natureza não tiveram início agora; entretanto, o que se revela tem conotações próprias e impacto devastador. São cifras que fogem à compreensão da maioria da população. Empresários, políticos, agentes públicos estão envolvidos num esquema que, além de imoral e criminoso, cobra seu preço".

Quem paga pela corrupção? A CNBB pergunta e responde. "Certamente são os pobres, os mártires da corrupção", conforme palavras do papa Francisco. A declaração dos bispos diz que "as suspeitas de corrupção devem continuar sendo rigorosamente apuradas". O texto pede ainda que "os acusados sejam julgados pelas instâncias competentes, respeitado o seu direito de defesa; os culpados, punidos e os danos, devidamente reparados, a fim de que sejam garantidas a transparência, a recuperação da credibilidade das instituições e restabelecida a justiça."

O presidente da CNBB e arcebispo de Brasília, d. Sérgio da Rocha, explicou que, ao insistirem no diálogo, os bispos estão defendendo o exercício da cidadania, que supõe o respeito à pluralidade, "o respeito a quem pensa diferente". Por isso, disse d. Sérgio, as manifestações devem ser pacíficas, como deve ocorrer no Estado democrático. Para ele, o documento expressa a preocupação da Igreja Católica com os rumos do País, sem assumir uma posição político partidária. "Insistimos em recordar que o caminho é da orientação, acompanhamento e respeito. Acreditamos no diálogo, na sabedoria do povo brasileiro e no discernimento das lideranças na busca de caminhos que garantam a superação da atual crise e a preservação da paz em nosso país."

"Não nos posicionamos sobre pessoas e partidos no governo", acrescentou o presidente da CNBB, observando que tem sido sempre essa a posição da Igreja Católica. Essa isenção supõe que bispos e padres não exponham em público, por exemplo durante as missas, suas opções pessoais.

Maduro muda fuso horário para enfrentar emergência elétrica

O presidente da Venezuela Nicolás Maduro 

 O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, anunciou nesta quinta-feira novas medidas que incluem a mudança do fuso horário e sanções a alguns shoppings para enfrentar a emergência elétrica do país ocasionada pela seca a fim de evitar "um duro racionamento".

"Vou modificar o fuso horário da Venezuela a partir do dia 1º maio para somar na economia elétrica do país. Isto será uma medida que explicarei nos próximos dias, mas faz parte da soma de medidas para superar esta situação", disse o presidente no palácio de governo.

Maduro, que fez o anúncio durante um discurso diante de milhares de partidários em uma manifestação de respaldo a seu governo, informou da medida sem oferecer os detalhes da modificação.

Esta decisão faz parte de um plano anunciado pelo Executivo durante as últimas semanas para enfrentar a emergência elétrica que assola o país como resultado da seca ocasionada pelo fenômeno climático "El Niño".

O chefe de Estado venezuelano afirmou, além disso, que deu a ordem às autoridades para aplicar medidas "drásticas" sobre os shoppings que não atenderam a ordem presidencial de gerar sua própria energia durante pelo menos nove horas ao dia.

"Chegou a hora em que temos que tomar uma medida drástica de racionamento sobre 15 shoppings do país que não cumpriram a ordem", declarou.

Há mais de uma semana Maduro ordenou que os trabalhadores públicos não trabalhassem às sextas-feiras para fazer uma contribuição adicional à economia de energia.

Hoje, o presidente venezuelano desprezou as críticas contra essa medida assegurando que esta tem um impacto grande na economia de energia.

O presidente também declarou que decidiu decretar o dia 18 de abril, segunda-feira, como "não laboral" para todos os trabalhadores do país, e emendar com o dia 19 desse mesmo mês que já era feriado para comemorar a assinatura da ata de independência.

Maduro comentou que está fazendo "um esforço gigantesco" porque a seca dos dois últimos anos "foi brutal", afetando gravemente à represa de El Guri, que abastece a maior hidrelétrica do país, responsável por 70% da geração e que, após o impacto de "El Niño", se encontra em níveis críticos.

"Estamos defendendo agora a represa de El Guri, diariamente, hora por hora. Eu não quero dramatizar, nunca farei isso, nunca fiz, mas todos os dias estou pedindo a ajuda de vocês, famílias da Venezuela", salientou.

Maduro comentou ainda que seu governo tomou muitas decisões que teve "que fazer em silêncio", porque "senão vem o império e a embaixada gringa e as sabota", em referência aos Estados Unidos.

Por fim, pediu o apoio dos venezuelanos nesta etapa de emergência para diminuir o consumo residencial elétrico, que, segundo ele, "é o mais alto da América Latina e o Caribe".

Os níveis de consumo dos venezuelanos foram justificados pelo próprio chefe de Estado venezuelano, que lembrou que a eletricidade na Venezuela "é praticamente de graça", e embora tenha dito que "chegará o momento" de aumentar as tarifas, ressaltou que este "ainda não chegou".

Menina lança projeto de livros só com protagonistas negras

Marley Dias, de 11 anos, e alguns dos livros do projeto para criar uma coleção de mil livros com protagonistas negras

Como é ler diversas histórias e nunca se identificar ou se ver em nenhuma delas?

Marley Dias é uma menina negra de 11 anos que mora em Nova Jersey, nos Estados Unidos e sempre reclamava justamente deste problema com sua mãe, Janice.

Para tentar contornar esta situação, a menina teve uma ideia ambiciosa: fazer uma coleção de mil livros com protagonistas negras.

Em entrevista ao Huffington Post US, ela disse que estava cansada de ler livros sobre garotos brancos e seus cachorros: "Eu estava frustrada desde a quinta série porque nunca lia livros com personagens que eu pudesse me conectar", explica.

A campanha #1000BlackGirlBooks (1000 Livros de Garotas Negras) foi lançada em novembro de 2015, com ajuda da Grass Ross Foundation, organização social de sua mãe, e hoje já ultrapassou a meta, contando com 4 mil livros catalogados e 700 disponíveis no site do projeto.

Em entrevista à Folha de S. Paulo, Janice disse que elas continuam recebendo livros e que são doados para escolas tanto nos Estados Unidos quanto na Jamaica, lugar onde a mãe de Marley nasceu.

"Acho que nós não tínhamos noção do dilema internacional que é essa questão de falta de diversidade e a Marley teve a chance de dar voz a um desafio que muitas pessoas preferem não falar" contou ao jornal.

Ao Huffington, Marley disse que quer se tornar uma editora de revistas quando crescer e que espera escrever ao menos um livro para garotas como ela.

"[Representatividade] definitivamente importa porque quando você lê um livro e aprende algo, você sempre vai querer algo que te conecte àquilo. Se você tem algo em comum com os personagens de um livro você certamente nunca mais vai esquecê-lo e levará uma lição pra sua vida"

É de mais iniciativas como esta que o mundo precisa!

STF deve julgar hoje ação da AGU para anular impeachment

STF retoma julgamento que definirá rito do impeachment

 

Após encerrar o julgamento que manteve as regras definidas pelo presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), para a votação do impeachment da presidente Dilma Rousseff,  o Supremo Tribunal Federal (STF) fez um intervalo.

Agora, com a retomada dos trabalhos, o Tribunal continuará analisando nesta noite outras ações que tratam sobre o impeachment da presidente Dilma Rousseff.

Ainda estão pendentes na Corte ações da Advocacia-Geral da União (AGU) e dos deputados Paulo Teixeira (PT-SP) e Wadih Damus (PT-RJ) que pedem a anulação da votação da Comissão Especial do Impeachment, que aprovou a processo de impedimento contra Dilma.

De acordo com os parlamentares e a AGU, a Comissão Especial do Impeachment violou o direito de defesa de Dilma ao permitir que os juristas Janaína Paschoal e Helio Bicudo pudessem se manifestar em uma das sessões, além de inserir na denúncia os termos de delação do senador Delcídio do Amaral (sem-partido-MS), fato que não foi objeto da denúncia original, recebida por Eduardo Cunha.

O advogado-geral da União, José Eduardo Cardozo sustenta que a defesa da presidente ficou prejudicada no processo e citou que, na sessão no último dia 6 da Comissão Especial do Impeachment, convocada para a leitura do relatório final de Jovair Arantes, o advogado da União substituto, Fernando Luiz Albuquerque Faria, foi impedido de apresentar questões de ordem.

Futuro da inteligência artificial pode chegar em breve

Inteligência artificial

Aplicativos de inteligência artificial do mundo real estão aparecendo em lugares inesperados – e muito antes do que você poderia imaginar.

Enquanto ganhar um jogo de Go pode ser impressionante, a inteligência da máquina também está evoluindo para o ponto onde poderá ser usada por mais pessoas para fazer mais coisas. Por isso quatro engenheiros com quase zero conhecimento de japonês foram capazes de criar um software, em poucos meses, que pode decifrar a escrita manual na língua.

Os programadores da Reactive criaram um aplicativo que reconhece caracteres japoneses com 98,66 por cento de precisão. A startup de 18 meses em Tóquio é parte de uma crescente comunidade global de programadores e investidores que estão aproveitando o poder das redes neurais para usar a IA para fins muito mais práticos do que responder perguntas de conhecimento ou ganhar jogos de tabuleiro.

“Apenas alguns anos atrás, era preciso ser um gênio para fazer isso”, disse David Malkin, Ph.D. em aprendizagem de máquina, mas mal consegue falar duas frases em japonês. “Agora você pode ser um cara razoavelmente inteligente e fazer coisas úteis. Daqui para frente, terá mais a ver com usar a imaginação para aplicar isso a situações reais de negócios”.

A inteligência artificial já foi o playground exclusivo da Google, Facebook e outros líderes de tecnologia. Agora, qualquer startup de aprendizagem profunda pode acessar plataformas baseadas na nuvem, com a Microsoft, Nvidia e Amazon vendendo IA como um utilitário.

A tecnologia reativa mostra como até mesmo pequenas equipes podem desenvolver aplicativos complexos com pouca experiência em um determinado campo. A parte mais difícil pode ser descobrir como ganhar dinheiro. Para isso, a Reactive pretende ajudar as escolas japonesas a dar notas em provas – um exercício prosaico que pode mudar o jogo em um país onde as provas ainda são manuscritas.

Malkin e seus colegas, Joe Bullard, Philippe Remy e Philip Irri, que entre eles têm dois mestrados e um doutorado, estão progredindo rapidamente. Bullard mostrou o programa do grupo a entusiastas de IA durante uma reunião social na sede da Google japonesa no início deste ano, e o desempenho foi impecável – até as limitações linguísticas dele atrapalharem.

“Só para saberem que não estou enganando, qual é o caractere favorito de vocês?”, ele perguntou à sala. Alguém gritou: “ba”. A risada irrompeu enquanto Bullard lutava para escrever o símbolo.

Redes neurais

Enquanto o reconhecimento de escrita pode ser considerado o básico da aprendizagem profunda, japonês é outra história. Isso porque a linguagem inclui caracteres simbólicos, como kanji, que é composto de elementos que podem ser lidos de forma independente, o que torna difícil saber onde um termina e outro começa. Há também mais de 2.000 pictogramas comuns criados por dezenas de traços. O truque consiste em abordar um traço de cada vez. O algoritmo da Reactive consulta a rede neural procurando uma combinação, acrescenta outro traço e repete, aperfeiçoando a probabilidade de um acerto. A startup treinou seu modelo em cerca de 1,8 milhão de caracteres.

“O fato de que esta tecnologia pode substituir domínios de conhecimento dá uma grande vantagem em velocidade e escalabilidade quando se trata de aplicações de negócios”, disse Seishi Okamoto, diretor de projetos da Fujitsu Laboratories, que está desenvolvendo software para ler chinês. “Aprendizado profundo para reconhecimento de caracteres chineses manuscritos já está se aproximando da capacidade humana e provavelmente irá ultrapassá-lo”.

Embora a tecnologia da Reactive tenha sido exibida ao público em eventos como o realizado na Google, os dados não foram verificados de forma independente.

Ao contrário de um programa típico construído em torno de regras rígidas, IA de aprendizagem profunda está modelada da mesma forma que os seres humanos processam informação. Com dados suficientes como entrada e um conjunto de saídas desejadas, as redes neurais descobrem o que se passa no meio. Isto permite que encontrem soluções que têm atormentado as abordagens tradicionais, como a interpretação da fala ou a marcação de imagens.

E, uma vez construída, uma rede neural não precisa se limitar a aplicações de idiomas. Em seu tempo livre, os quatro engenheiros da Reactive mostraram ao programa 5.000 vestidos baixados do Google Images, depois deram uma imagem de uma mulher em uma roupa reveladora. “Roupa sexy”, o software responde

Porsche inova ao levar holograma e LED a anúncio de revista

Holograma da Porsche em revista

A união entre uma mídia tradicional como o impresso e recursos tecnológicos modernos é a principal aposta da Porsche para comunicar os atributos do novo 911.

A marca austríaca parece estar realmente interessada em impactar o consumidor que não se desfez da boa e velha leitura de revista física com uma proposta que foge completamente do anúncio tradicional.

A primeira prova disso foi a publicação de um anúncio em 50 mil exemplares da edição de abril da revista norte-americana Fast Company. Na peça, havia um encarte transparente que ao ser montado se transformava em um prisma. A curiosa figura geométrica começava a fazer sentido quando o leitor acessava um vídeo no site da marca e posicionava o objeto em cima da tela do seu celular. A partir daí, o que se via a projeção de um holograma com o novo Porsche.

Para o mês de maio, a estratégia da marca automobilística continua. Desta vez, o modelo do esportivo vai ilustrar uma página de revista tendo suas peças internas destacas por luzes de LED.

As peças da campanha foram desenvolvidas em parceria com a agência da marca, a Cramer-Krasselt. O diretor executivo de criação da C-K falou sobre o diferencial da ação: "Os LEDs não estão apenas iluminando a messagem, eles fazem parte da messagem em si. Isso foge do ordinário. Cada contato com a marca deve ser algo completamente extraórdinario, porque é para isso que cada Porsche é desenhado e desenvolvido para ser", declarou o criativo.

Embora essa não seja a primeira vez que uma marca utiliza recursos tecnológicos para impactar no impresso, chama a atenção para a estratégia de Porsche ao apostar em elementos interativos, o que certamente gera um engajamento muito mais atraente que um anúncio estático.

Milhares prometem "Cancelaço" se operadoras imporem limites

Banda Larga

Os brasileiros não estão nada satisfeitos com a proposta das operadoras de impor uma franquia de consumo de banda larga fixa.

A polêmica começou quando a Vivo informou que os novos contratos de Vivo Internet Fixa virão com uma cláusula que estabelece o bloqueio após o limite atingido no mês, que varia entre 10 GB e 130 GB.

 Em pouco tempo, foram criados grupos e petições nas redes sociais que são contra a nova medida. No Facebook, o grupo "Movimento Internet Sem Limites" e tem mais de 338 mil curtidas e o abaixo-assinado "Contra o Limite na Franquia de Dados na Banda Larga Fixa", petição online que será enviada às operados, à Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações) e aos Ministérios Públicos, conta com mais de um milhão de assinaturas.

A Proteste - Asociação de Consumidores também lançou ontem uma petição online contra o limite de uso de dados de internet dos serviços de banda larga fixa.

Também no Facebook, o grupo "CANCELAÇO - Internet Fixa" está ganhando cada vez mais adeptos. O nome da página já deixa claro seu objetivo: um grande boicote às operadoras, caso permaneçam com a medida.

"Caso as operadoras de telefonia fixa não voltem atrás na imposição do limite de tráfego para banda larga, iremos todos cancelar os serviços contratados", diz a descrição do evento, que já conta com mais de 30 mil interessados e 22 mil confirmados. "Sem clientes, como vocês poderão nos sacanear?"

A ideia é cancelar todos os contratos com as operadoras no dia 1º de janeiro de 2017, dia em que a Vivo pretende implantar a franquia de dados. Segundo a empresa, apesar dos contratos mais recentes já virem com a cláusula que impõe limite à banda larga, estes consumidores terão "condições promocionais até 31/12/2016 de manutenção do serviço de internet sem bloqueio, mesmo após o término da franquia de dados contratada."

Vale lembrar, contudo, que o cancelaço pode não ser uma boa ideia para aqueles que contrataram a internet fixa da Vivo antes de 05 de fevereiro deste ano. Isso porque o limite de dados só é válido para os contratos firmados após esta data. Os contratos anteriores continuam com o uso ilimitado da internet fixa.

Ou seja, se você aderir ao evento e cancelar seu contrato, que foi firmado antes de 05 de fevereiro de 2016, você perderá o uso ilimitado da internet fixa, caso a Vivo não volte atrás e cancele a o uso de franquia de consumo da banda larga.

Se depender do Chief Revenue Officer da Telefônica Vivo, Christian Gebara, o limite será implantado. Em entrevista ao Tecnoblog, Gebara afirmou que impor limite à internet fixa é "um caminho sem volta, por ser uma tendência adotada mundialmente."

Ao tentar barrar impeachment, governo sofre derrota no STF

Dilma Rousseff durante encontro com camponeses em 01/04/2016

  Maioria dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) votou pelo indeferimento das principais ações perpetradas pelo governo e partidos da base aliada questionando o processo de impeachment na Câmara dos Deputados, cujo plenário deve votar o tema no próximo domingo (17).

Os ministros concluíram que o plenário da Câmara irá analisar a denúncia apresentada pelos juristas Miguel Reale Jr, Hélio Bicudo e Janaína Paschoal, e não o parecer elaborado pela comissão especial de impeachment – como argumenta a Advocacia-Geral da União.

O advogado-geral da União, ministro José Eduardo Cardozo, argumenta que o colegiado só poderia analisar as denúncias apresentadas no pedido - como as pedaladas fiscais e a os decretos de créditos suplementares.

No entanto, afirma a AGU, constam nos autos do processo a delação premiada do senador Delcídio do Amaral e a referência a atos praticados no primeiro mandato da petista.

Os ministros  Marco Aurélio de Mello e Ricardo Lewandowski foram os únicos a discordar do entendimento do ministro Edson Fachin.

Na visão Marco Aurélio, o parecer proposto pela comissão será considerado, sim, pelos deputados na hora da votação. Nesse sentido, ele votou pela anulação do relatório aprovado pelo colegiado.

Ordem da votação

O STF também determinou que proposta do presidente da Câmara, Eduardo Cunha, para começar a votação do impeachment com deputados alternados de estados da região Norte e Sul não fere a Constituição Federal.

O questionamento sobre esse tema, cuja análise terminou por volta das 21h15 desta quinta-feira, foi protocolado pelo PCdoB e questionava a legalidade do artigo do regimento interno da Câmara que definia a votação alternada entre Norte e Sul.

O temor do governo (e a intenção de Cunha) com a medida é a influência que o voto de estados majoritariamente favoráveis ao processo, como os da região Sul, possa ter sobre os parlamentares indecisos.

Para o ministro Teori Zavascki, em uma votação nominal, é impossível que isso não aconteça. “Se a votação é nominal e simultânea, sempre haverá geração do efeito cascata. A consequência para eliminar o efeito cascata seria eliminar a própria votação nominal", afirmou.

O ministro Luiz Fux, por outro lado, lembrou da separação dos poderes e disse que o STF não pode “ditar regras de como um parlamentar irá se comportar”.

Argentina favorece grandes em acordo, diz pequeno investidor

Grafite em Buenos Aires exibe caricatura do juiz americano Thomas Griesa atrás das grades junto com fundos abutres

Nos 15 anos depois que o calote recorde da Argentina eliminou a maior parte da riqueza de Mohammad Ladjevardian, o imigrante iraniano fez a viagem de 8.000 quilômetros dos EUA a Buenos Aires várias vezes, com poucos anos de intervalo, para tentar recuperar seus prejuízos.

Ele perseguiu ministros e advogados em Washington e Nova York e importunou outros credores para tentar uni-los à sua causa.

Ele afirma que nunca teve a chance de sentar-se à mesa de negociações.

As esperanças de Ladjevardian de receber um grande pagamento foram frustradas na quarta-feira, quando um tribunal de Nova York abriu caminho para que a Argentina vendesse US$ 15 bilhões em dívida estrangeira, encerrando, em essência, a disputa de anos ao eliminar a pouca vantagem que Ladjevardian e os cerca de 500 outros investidores como ele ainda possuíam.

A decisão dependia de o país sul-americano poder demonstrar que fez um esforço de boa-fé para negociar acordos com os chamados holdouts, os investidores que recusaram as ofertas anteriores em 2005 e 2010. A equipe jurídica da Argentina apontava para um total estimado em US$ 8,8 bilhões em pactos firmados nos últimos meses com pesos-pesados como a Elliott Management, de Paul Singer, e a EM, de Kenneth Dart. Mas para uma minoria -- incluindo investidores que cobram algumas centenas de milhares de dólares ou mais de US$ 10 milhões, como Ladjevardian --, as tentativas da Argentina de fechar um acordo foram tudo, menos justas, disse ele.

"A Argentina ainda é caloteira”, disse Ladjevardian, de 61 anos, proprietário de uma empresa de investimento e administração imobiliária de Houston logo após a vitória judicial da Argentina. “Eu não lutei por 15 anos para ser humilhado desse jeito”.

Ladjevardian e os investidores como ele não estão sendo deixados sem nada. Eles têm direito aos mesmos 150 centavos por dólar que todos os detentores de dívidas de longo prazo estão recebendo. Mas Ladjevardian tem os mesmos títulos que Singer. Ele entrou com ação judicial como Singer. Ele é credor da Argentina há muito mais tempo. E quer o mesmo acordo que Singer conseguiu: 369 por cento do principal da dívida.

“Nós tentamos realizar negociações de boa-fé, mas é impossível”, disse Max Bohrer, dono de uma fábrica de plásticos em Munique que gerencia os ativos de sua família, incluindo US$ 10 milhões em títulos da dívida argentina adquiridos três anos antes do calote. Bohrer também disse que tentou negociar e foi repelido. “Foi angustiante escutar que ou aceitávamos a oferta ou ficávamos sem nada, ou seja, que era pegar ou largar”.

O governo argentino buscará finalizar as condições com todos os detentores de dívidas em breve, segundo um representante do ministério das finanças. A assessoria da pasta não respondeu imediatamente a um pedido de comentário sobre se havia diferença de tratamento entre pequenos e grandes detentores de dívidas.

A decisão de quarta-feira do Tribunal de Apelações de Nova York, nos EUA, poderia estabelecer um precedente perigoso para as futuras reestruturações de dívidas soberanas, segundo o CEO da Greylock, Hans Humes, que ainda não fechou um acordo pleno com a Argentina pelos títulos em calote que ele possui.

“Esta é a primeira vez em que se diferenciou os pagamentos para beneficiar as pessoas que mais brigaram por eles”, disse Humes, na quarta-feira, à Bloomberg Television.

Quanto à Argentina, a decisão de cancelar uma medida cautelar encerra mais de uma década de litígio sobre o pagamento de dívidas que manteve a segunda maior economia da América do Sul fora dos mercados internacionais de crédito. O país visa retornar aos mercados com uma venda de US$ 15 bilhões em dívidas em 19 de abril, segundo o ministro das finanças, Alfonso Prat-Gay.

“O tribunal define um padrão de desempenho e utiliza seu poder cautelar para estabelecer parâmetros até que o resultado seja bom o bastante -- não perfeito”, disse Anna Gelpern, professora de Direito da Universidade de Georgetown, em Washington. “É claro, não deve ser bom estar do lado errado da história”.

Unilever mantém meta de vendas por esperar tempos difíceis

Unilever

 A fabricante de bens de consumo Unilever manteve inalterada meta de crescimento de vendas no ano apesar de uma forte performance no primeiro trimestre, já que espera que os mercados ao redor do mundo permaneçam desafiadores.

A anglo-holandesa disse esperar que os mercados emergentes - onde obtém mais da metade de suas vendas - se tornem mais difíceis neste ano, conforme economias na América Latina e África lidam com as consequências de preços mais baixos de commodities e o crescimento em outros locais arrefece.

"Esperávamos mercados mais difíceis e estamos encontrando mercados mais difíceis", disse o vice-presidente financeiro da Unilever, Graeme Pitkethly, à Reuters.

Excluindo o impacto de mudanças cambiais, as vendas recorrentes da Unilever subiram 4,7%, em linha com as expectativas de analistas, conforme um consenso fornecido pela empresa.

O resultado ficou próximo do limite superior da meta de 3 a 5% para o ano cheio.

A quantidade de produtos vendidos pela Unilever subiu 2,6% no período, melhor que o esperado, embora os preços tenham avançado 2%, o que ficou abaixo das expectativas de analistas.

O volume de negócios caiu 2% para 12,5 bilhões de euros, afetado pelas moedas mais fracas em locais como Brasil e Argentina.

China relata "terrível" situação de direitos humanos nos EUA

Garoto olha para câmera antes de conflito em manifestação em Ferguson

 A China apresentou nesta quinta-feira um relatório sobre a "terrível" situação dos direitos humanos nos Estados Unidos, no qual denuncia falta de liberdade de informação, de direitos políticos e de respeito às minorias raciais.

Segundo informou a agência governamental "Xinhua", o relatório foi elaborado em resposta ao documento anual sobre a situação mundial dos direitos humanos divulgado ontem pelo Departamento de Estado americano, no qual a situação na China é criticada.

 O relatório chinês sobre as liberdades nos EUA assegura que o direito à informação é "dificultado" pelo governo, os direitos eleitorais dos cidadãos "estão mais limitados" e os direitos políticos não são "protegidos com efetividade".

Além disso, o documento afirma que a "política do dinheiro" e a "política do clã" vão "de mal a pior" no país, onde "poucas famílias e grupos de interesse na penumbra" podem doar quantidades ilimitadas de dinheiro para influenciar a política.

O dossiê chinês também diz que a "relações entre raças" - menciona especialmente a situação de negros e latinos - nos EUA estão em sua pior situação em 20 anos e que a lei e a justiça são "fortemente afetadas" pela discriminação racial.

Outro tema tratado pelo relatório é o dos métodos de interrogatório e detenção da CIA, nos quais se usam técnicas "brutais" como agressões físicas e psicológicas, embora não seja mencionado o termo "tortura".

Por outro lado, o relatório assegura que o "direito à vida" dos cidadãos americanos não pode ser garantido por causa da proliferação e uso de armas de fogo, além de denunciar os abusos e mortes pela Polícia e os tiroteios em escolas.

Além de apresentar este relatório, Pequim respondeu às criticas contidas no relatório do Departamento de Estado americano sobre direitos humanos.

Um porta-voz do Ministério das Relações Exteriores chinês, Lu Kang, se referiu às críticas sobre a liberdade política em Hong Kong contidas no relatório de Washington e afirmou que os hongkoneses "desfrutam de sua liberdade", algo impossível de negar por quem se guia por parâmetros "objetivos".

Kang disse que ninguém que se preocupa "realmente" com o assunto dos direitos humanos pode negar que tenham havido grandes melhoras neste âmbito na China, embora tenha lamentado que em seus sucessivos relatórios os EUA não levem em conta estes progressos e só se dediquem a fazer "comentários irresponsáveis".

Alckmin nomeia Gianpaolo Smanio como procurador-geral

Prédio do Ministério Público de São Paulo durante campanha pelo combate ao câncer de mama

 O governador de São Paulo Geraldo Alckmin (PSDB) nomeou nesta quarta-feira, dia 13, o procurador Gianpaolo Smanio para o cargo de procurador-geral de Justiça do Ministério Público de São Paulo.

Ele ficou em primeiro lugar na lista tríplice escolhida por promotores e procuradores do Ministério Público estadual e que foi encaminhada para Alckmin nesta semana.

Com isso, Smanio passa a ser, pelos próximos dois anos, o chefe do órgão responsável, dentre outros, por fiscalizar o cumprimento da lei e investigar eventuais irregularidades envolvendo agentes públicos e até políticos paulistas que não possuem prerrogativa de foro no Supremo Tribunal Federal, como vereadores e o próprio governador.

Aos 51 anos, Smanio obteve 932 votos e foi o mais votado na eleição do MP paulista realizada no sábado. Ele era candidato do antecessor no cargo, Márcio Fernando Elias Rosa, e superou seus oponentes, os procuradores Eloisa Arruda (850 votos) e Pedro Juliotti (547 votos).

De um colégio de 2.027 eleitores (promotores e procuradores), votaram 1.885 (92.99%). Os promotores podiam votar nos três nomes.

Conciliador

Apontado como um profissional conciliador, dono de temperamento sereno, mas firme em sua decisões, Smanio usou, durante sua campanha, percorrendo as Promotorias em todo o Estado, o slogan "Primeiro a diplomacia, depois a guerra."

O governador tem a prerrogativa constitucional de escolher qualquer um dos três eleitos, independentemente da colocação obtida. "O resultado (da eleição) é um reconhecimento da classe a um modelo de gestão do Ministério Público que privilegia o equilíbrio, a conciliação e o interesse público", afirmou Elias Rosa, que ficou quatro anos no posto.

Tradicionalmente, o primeiro lugar na lista é o indicado pelo Palácio dos Bandeirantes. Em duas ocasiões, porém, isso não ocorreu.

Em 1996, o então governador Mário Covas escolheu o segundo da lista. Em 2012, Alckmin também escolheu o segundo colocado, Elias Rosa, que reelegeu-se em 2014.

Na semana passada, a Associação Paulista do Ministério Público (APMP) coletou mais de 550 assinaturas de promotores e procuradores de Justiça de todo o Estado para a campanha #queroomaisvotado para Procurador-Geral de Justiça.

Natural de Campinas (SP), Smanio é procurador de Justiça e integra o Ministério Público desde 1988. É bacharel em Direito pela USP e mestre e doutor em Direito das Relações Sociais pela PUC-SP.

Smanio tem 21 livros publicados, leciona no Instituto Presbiteriano Mackenzie e integra o corpo docente do Damásio Educacional.

Embraer entrega 37,5% a mais de aeronaves no 1º trimestre

Legacy 650, da Embraer

 A Embraer entregou 21 jatos comerciais e 23 executivos no primeiro trimestre, em um total de 44 aeronaves, alta de 37,5% em relação ao mesmo período do ano anterior, informou a companhia nesta quinta-feira.

A carteira de pedidos firmes a entregar recuou 2,7%, totalizando 21,9 bilhões de dólares em 31 de março, acrescentou a fabricante, contra 22,5 bilhões de dólares ao fim de dezembro de 2015.

No segmento de aviação comercial, foram entregues 19 aeronaves E175 e duas aeronaves E195 entre janeiro e março.

No primeiro trimestre do ano passado haviam sido entregues 20 aeronaves comerciais, todas do modelo E175.

Já no segmento de aviação executiva foram entregues 12 jatos leves e 11 jatos grandes, ante 10 jatos leves e dois jatos grandes nos primeiros três meses de 2015.

A companhia se manteve com 24 aeronaves E175 em carteira para serem entregues à cliente Republic Airways, que pediu concordata em 25 de fevereiro, levando a Embraer a realizar provisão em seu balanço do quarto trimestre.

Brasília recebe no domingo primeira manifestação polarizada

Congresso Nacional coloca grade de proteção para dividir manifestantes pró e anti impeachment

Pela primeira vez em sua história, Brasília receberá, no domingo, 17, uma multidão politicamente polarizada na Esplanada dos Ministérios. O governo do Distrito Federal espera um público de 200 mil pessoas para acompanhar a votação do impeachment.

"É a primeira vez que um evento dessa magnitude acontece. No impeachment do presidente Fernando Collor, havia unanimidade a favor do afastamento dele. Agora é diferente", disse o governador Rodrigo Rollemberg.

 

As concentrações populares históricas na Esplanada sempre tiveram bandeiras únicas.

Foi assim no velório de Juscelino Kubitschek (1976), na campanha das Diretas-Já (1984), na morte de Tancredo Neves (1985), no movimento dos caras pintadas (1992), na marcha de partidos de esquerda contra o governo Fernando Henrique Cardoso (1999), na primeira posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (2002), nos protestos de junho e julho de 2013 e nas mobilizações contra e a favor da presidente Dilma neste ano.

Polêmica

Para evitar conflitos, a polícia adotou a estratégia polêmica de instalar um muro metálico ao longo de todo o canteiro central da Esplanada, do gramado do Congresso à rodoviária. "Sei que essa ideia recebeu críticas, mas até agora ninguém apresentou ideia melhor", declarou Rollemberg.

Uma das áreas mais críticas é a rodoviária, onde boa parte do público desembarcará. O local deve receber um contingente policial reforçado. Todo o efetivo de 14.300 homens da Polícia Militar e 4.500 da Civil estará à disposição do evento. Até o momento, não está definido se a Força Nacional irá atuar.

Entidades empresariais e de profissionais liberais que defendem o impeachment contrataram empresas de segurança privada para proteger seus representantes.

A Central Única dos Trabalhadores (CUT) espera contar com os sindicatos de vigilância para que seus membros atuem na proteção das pessoas que defendem a presidente.

"Temos deixado claro nosso repúdio a qualquer agressão e esperamos que isso também ocorra do outro lado", disse Paulo João Estausia, da Confederação dos Trabalhadores em Transporte.

No acampamento contra o impeachment, próximo ao Estádio Mané Garrincha, havia nesta quarta-feira 2.500 pessoas. Já a área do grupo oposto contava com 25 militantes.

Banco da Inglaterra mantém taxa básica de juros em 0,5%

Logo do Banco da Inglaterra. dia 01/12/2015 

O Banco da Inglaterra (BoE, na sigla em inglês) decidiu hoje manter a taxa básica de juros na mínima histórica de 0,5% e o programa de compra de ativos em 375 bilhões de libras, após reunião de política monetária nesta quinta-feira, conforme previsto por analistas.

Na ata da reunião, o BoE disse que a decisão foi unânime pela terceira vez consecutiva, com os nove integrantes de seu comitê de política monetária votando a favor da manutenção da taxa básica.

Mais de 200 presos no escândalo de vacinas vencidas na China

Enfermeira prepara vacina contra gripe H1N1, dia 20/11/2009

A investigação do escândalo da venda de vacinas vencidas na China provocou a detenção de 202 suspeitos e punições contra mais de 300 funcionários e autoridades públicas, anunciou o governo.

A descoberta de uma rede de venda de vacinas vencidas, armazenadas ou transportadas ilegalmente por um valor total de milhões de de euros provocou, em março, uma onda de indignação no país.

Além dos suspeitos detidos, 357 funcionários do governo envolvidos no escândalo foram demitidos ou rebaixados de cargo, informou o governo.

A opinião chinesa expressou indignação com o tempo entre a detenção, há quase um ano, das duas principais suspeitas, uma mãe e sua filha, moradoras da província de Shandong (leste), e a recente revelação do caso pelas autoridades.

Desde 2010, as duas mulheres venderam 25 tipos de produtos, incluindo vacinas contra poliomielite, hepatite B ou a gripe.

O escândalo é o mais recente de uma longa série de problemas na área da saúde na China, o mais famoso deles em 2008, quando leite em pó adulterado provocou a intoxicação de quase 300.000 crianças e matou seis delas.

Alemanha propõe acordo para novas medidas sobre refugiados

Refugiados na Grécia

A coalizão de conservadores e social-democratas do governo da Alemanha chegou a um acordo na madrugada desta quinta-feira sobre novas medidas para os refugiados, incluindo a rejeição ao visto de residência para aqueles não se esforcem de maneira suficientes para a integração.

O projeto, que o governo ainda precisa aprovar formalmente e que depois deverá ser votado pelo Parlamento, é uma novidade na Alemanha, que até agora não era considerada um país de imigração.

"Cinquenta anos depois do início da imigração, a Alemanha tem agora uma lei sobre a integração dos estrangeiros", escreveu no Twitter o líder dos deputados social-democratas, Thomas Oppermann.

Entre outras medidas, o acordo prevê que as autoridades atribuirão o local de residência aos demandantes de asilo para distribuí-los de maneira mais justa em território alemão e evitar os guetos.

O documento também prevê a rejeição do visto de residência a longo prazo para os refugiados que não apresentem esforços suficientes a integração, em particular falar bem o alemão.

Dilma sanciona "pílula do câncer" sem vetos

Medicamento: mão segura pílulas de remédio

 A presidente Dilma Rousseff sancionou, sem vetos, a lei que autoriza o uso da fosfoetanolamina sintética por pacientes diagnosticados com neoplasia maligna.

O produto, que ficou conhecido como 'pílula do câncer', poderá ser usado pelos pacientes, "por livre escolha", desde que tenham laudo médico que comprove o diagnóstico e assinatura de termo de consentimento e responsabilidade dos próprios pacientes ou de seus representantes legais.

O texto está publicado no Diário Oficial da União (DOU) desta quinta-feira, 14.

A decisão de sancionar a íntegra do texto que passou, em votação relâmpago, pelo Congresso em março traz um caráter político e não técnico ao ato de Dilma.

Segundo o Broadcast, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado, informou na terça-feira, 12, a Casa Civil recomendou à presidente liberar o uso da fosfoetanolamina sintética antes do registro na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) na tentativa de evitar qualquer ameaça de desgaste, e de perda de votos, às vésperas da votação do impeachment.

A sanção, portanto, não levou em consideração pareceres técnicos preparados pelos ministérios do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, Saúde, Ciência, Tecnologia e Inovação e também pela Anvisa e Advocacia-Geral da União. Todos sugeriam que a presidente vetasse integralmente o projeto.

O principal argumento desses pareceres é que o composto poderia representar uma ameaça à saúde dos pacientes, abalar a imagem do controle sanitário do Brasil e, consequentemente, a imagem de produtos vendidos.

De acordo com a lei, a opção pelo uso voluntário da fosfoetanolamina sintética não exclui o direito de acesso do paciente a outras modalidades terapêuticas. O texto também define como de "relevância pública" o uso do produto.

A lei permite a produção, manufatura, importação, distribuição, prescrição, dispensação, posse ou uso da fosfoetanolamina sintética, independentemente de registro sanitário, em caráter excepcional, enquanto estiverem em curso estudos clínicos acerca dessa substância.

Além disso, "a produção, manufatura, importação, distribuição, prescrição e dispensação da fosfoetanolamina sintética somente são permitidas para agentes regularmente autorizados e licenciados pela autoridade sanitária competente".

Renan começa a definir rito do impeachment no Senado

Senado discute a nota do STF sobre Delcídio do Amaral

 Mesmo antes de ser aprovada pela Câmara, o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), já começou as primeiras conversas para definir o rito do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff.

A assessoria técnica do Senado prevê que, em caso de aprovação do pedido de autorização da abertura do impeachment pelos deputados neste domingo, o Senado possa votar até o dia 11 de maio o pedido de instauração do processo com o consequente afastamento automático de Dilma.

Essa decisão - que será tomada pela maioria dos senadores presentes em plenário - é crucial porque a partir dela o vice-presidente Michel Temer assumirá o cargo por até 180 dias, caso o julgamento da presidente não seja concluído até esse prazo.

Em conversas reservadas, o peemedebista já admite que a Câmara deverá aprovar a autorização da abertura do pedido de impeachment e que é necessário ao Senado fazer a sua parte e levar adiante o caso.

A partir da segunda-feira, segundo interlocutores, Renan deve convocar uma reunião de líderes partidários para definir o rito no Senado e, se for necessário, tirar dúvidas com o Supremo Tribunal Federal (STF) com o rito a ser adotado.

Auxiliares dele dizem que uma das saídas seria aprovar uma resolução do Senado para dirimir as dúvidas - contudo, essa saída é delicada porque levará questões de procedimentos para serem votadas em plenário.

Mesmo sendo um dos raros aliados do governo no Congresso, o presidente do Senado já indicou que não atuará , em privado e publicamente, para segurar a tramitação do caso.

Ele, contudo, deve usar o prazo regimental previsto para a instrução do processo. "Não devo comentar esses fatos (sobre o prazo), mas tudo na vida tem seu tempo, o impedimento tem seu tempo, tem um calendário."

Lacunas

Há uma série de lacunas a serem resolvidas sobre o rito do impeachment no Senado. As maiores divergências se referem a dúvidas entre o que determina a legislação e o regimento interno sobre prazos processuais e outros detalhes.

Uma das primeiras dúvidas no rito do Senado é a composição da comissão que avaliará previamente a admissibilidade do processo. Não há definição se as vagas serão divididas segundo o tamanho das bancadas dos partidos ou dos blocos.

Em seguida, há dúvida se o presidente e o relator da comissão serão designados, como tradicionalmente, respeitando a maior bancada, ou se haverá eleição.

A tendência é que, nesse caso, a escolha a bancada do PMDB - a maior da Casa, com 18 senadores - tenha direito a fazer a primeira escolha entre presidente e relatoria.

O presidente em exercício do PMDB, senador Romero Jucá (RR) avisou a integrantes da oposição que o líder peemedebista do Senado, Eunício Oliveira (CE), deve ser o relator da instrução de Dilma na comissão especial. Eunício negou que essa definição já foi tomada. "Não está fechado."

Outra indefinição é quanto ao prazo que a comissão teria para apresentar um relatório e votá-lo. Diferentemente da Câmara, que considerou 10 sessões plenárias, a previsão em lei é de dez dias no Senado. Não está claro, entretanto, se serão contados dias corridos ou úteis.

Na apreciação da comissão, também não está certo se Dilma poderá fazer uma defesa pessoal. No plenário, estão previstas três votações: uma para decidir a instauração do processo, outra sobre a pronúncia do réu e a última, que é de fato o julgamento da presidente. Só na última são necessários dois terços.

Cristina Kirchner depõe à Justiça sobre operações do BC

A presidente argentina, Cristina Kirchner, em Buenos Aires

A ex-presidente da Argentina Cristina Kirchner compareceu à Justiça nessa quarta-feira (13) para depor em um processo que investiga a venda de contratos futuros de dólar a preços abaixo do mercado internacional, que teria causado um prejuízo aos cofres públicos equivalente a R$ 17 bilhões.

Ela entregou sua defesa por escrito, acusou o atual governo de montar uma operação para prendê-la e discursou para milhares de simpatizantes que foram até o tribunal para apoiá-la.

“Podem me convocar 20 vezes. Podem me mandar prender, mas o que não vão conseguir é me calar e me impedir de dizer o que penso”, disse Cristina.

O discurso público, feito de um palanque montado pelos simpatizantes da ex-presidente na porta do tribunal, durou quase duas horas e foi o primeiro desde a sua despedida da Casa Rosada, no dia 9 de dezembro.

Cristina deixou o governo sem passar a faixa presidencial ao sucessor Mauricio Macri. Ela viajou para a província de Santa Cruz, no extremo Sul da Argentina, no dia da posse do novo presidente e só voltou a Buenos Aires na segunda-feira (11), pela primeira vez em quatro meses.

No aeroporto, uma multidão com bandeiras e faixas esperava a sua chegada. Um pequeno grupo ficou de plantão, na porta do edifício do bairro nobre da Recoleta, onde a ex-presidente tem um apartamento, para saudá-la cada vez que saía de casa.

Nem parecia que Cristina Kirchner tinha viajado a Buenos Aires a pedido da Justiça.

O juiz Claudio Bonadio está investigando contratos futuros de dólares, negociados meses antes do fim do segundo mandato de Cristina, a preços em média 42% abaixo da cotação no mercado internacional.

Na época, ainda vigoravam os controles cambiais impostos pelo governo em 2011, para impedir a fuga de divisas.

O Banco Central vendeu a moeda norte-americana prevendo que, no futuro, custaria cerca de dez pesos (cifra próxima ao câmbio oficial), quando no mercado paralelo já tinha superado os 15 pesos.

Abuso de poder

No documento, a ex-presidente defendeu a política do seu ex-ministro da Economia Axel Kicillof (que é hoje deputado) e do ex-presidente do Banco Central argentino Alejandro Vanoli.

Cristina Kirchner acusou o juiz Bonadio de abuso de poder. No discurso, ela convocou os militantes a se unirem contra o governo de Mauricio Macri.

Florencia Vicario, de 42 anos, viajou em ônibus fretado pela agrupação política dela, em Lomas de Zamorra – um município da província de Buenos Aires.

Ela ficou presa no engarrafamento provocado por caravanas de carros e ônibus e por milhares de pessoas, caminhando na chuva, que aderiram à mobilização a favor de Cristina Kirchner.

“Não sei se (Cristina) roubou ou não. Não entendo de dólar futuro. Só sei que comprei minha casa no governo dela, que ajudou os mais humildes”, disse Florencia. “E que Mauricio Macri guardou o dinheiro dele em paraísos fiscais, bem longe da Argentina”.

Panamá Papers

Macri apareceu no escândalo do Panamá Papers como diretor da Fleg Trading - uma empresa da família aberta em 1998 para fazer investimentos no Brasil.

A sociedade offshore foi dissolvida dez anos depois, mas não foi incluída nas declarações de bens de Macri quando ele era prefeito de Buenos Aires.

O presidente – que também apareceu como diretor na empresa offshore Kagemusha, sediada no Panamá – diz que nada tem a esconder.

Macri afirmou que apresentou à Justiça documentos, provando que não era acionista da Fleg Trading e que, portanto, não era obrigado a declará-la, mas que ela consta da declaração do pai, o empresário Franco Macri.

Cristina Kirchner, por sua vez, está sendo investigada pela Justiça em um caso de lavagem de dinheiro, envolvendo o empreiteiro Lazaro Baez.

Ele enriqueceu nos governos do ex-presidente Nestor Kirchner (2003-2007) e de sua sucessora e esposa, Cristina (2007-2015), com contratos públicos - alguns deles não executados.

Baez é suspeito de ser testa de ferro dos Kirchner, que são donos de hotéis e imóveis no Sul da Argentina.

Depois de ouvir o depoimento de Leonador Farina - um dos envolvidos no caso, que pediu para fazer delação premiada - o Ministério Publico argentino pediu ao juiz que investigasse Cristina Kirchner.

A Vale busca mais 210 engenheiros e técnicos. Veja o perfil

Logo da Vale

 O projeto S11D da Vale está movimentando a área de engenharia de minas no Brasil. Com expectativa de começar a produção de minério de ferro no segundo semestre, a empresa está recrutando centenas de engenheiros e técnicos especializados para trabalhar em Canaã dos Carajás, no interior do Pará.


Projeto Ferro Carajás S11D da Vale

No início do mês passado, a empresa já havia aberto 180 oportunidades profissionais para este que é o maior projeto de mineração de ferro da sua história. Todas já foram preenchidas ou mapeadas. Agora, a Vale se prepara para contratar mais 210 profissionais de engenharia e técnicos e outros 210 profissionais de nível médio, até o fim deste ano. Interessados devem ficar de olho no site da Vale.

 S11D da Vale

Entre as vagas especializadas há para engenheiros na área de manutenção, operação e planejamento, supervisores de manutenção e técnicos de automação, manutenção, elétrica, de minas e geologia. Há ainda uma oportunidade para médico do trabalho. Todos os cargos, segundo a Vale, são para profissionais com experiência em mineração.

Perfil dos profissionais que a Vale quer

“Engenharias de minas, mecânica e elétrica são as que concentram o maior número de perfis profissionais que buscamos especificamente para o S11D, ainda que a Vale também precise de engenheiros de produção e, em alguns de seus negócios, haja também necessidade de engenheiros civis”, diz Vera Martins, gerente de recursos humanos para o Sistema Norte da Vale.

Para os engenheiros, há oportunidades de nível pleno que exigem pelo menos três anos de experiência em mineração ou áreas similares - como a siderurgia por exemplo - e de nível sênior, cuja vivência prévia na área precisa ser superior a cinco anos.

Os cargos de supervisão podem exigir ou não formação superior, dependendo da área. No caso do supervisor de manutenção corretiva e preventiva, segundo Vera, o diploma superior não é mandatório. “É uma carreira técnica”, diz. Para os profissionais técnicos especializados não há exigência de diploma universitário, bastando a formação técnica na área de atuação e a experiência profissional.

O processo de recrutamento tem sido um desafio, segundo a gerente de RH. “Recebo muitos currículos, mas, é fato, que não há muitos profissionais formados na área de mineração, tanto engenheiros quanto técnicos”, diz ela.

Candidatos que demonstram, além de suas realizações, foco em questões de saúde, segurança e meio ambiente são os que se destacam. “Buscamos profissionais com percepção de risco bastante aguçada porque isso é um valor para a Vale”, diz Vera. Comportamento colaborativo e interesse por inovação também são aspectos importantes analisados durante a seleção.

“O grande atrativo é a oportunidade de participar de um projeto que fará história não só no Brasil como no mundo”, diz Vera. É que o S11D traz aspectos inéditos para a mineração de ferro mundial como o uso de correias transportadoras de minério de ferro da mina para a usina, em vez de caminhões. “ É a primeira vez que isso é feito em mineração de ferro, o exemplo que temos no mundo é com carvão”, diz Vera.

O processamento do ferro também traz uma inovação essencial ao meio ambiente: é feito a partir de umidade natural e não com o uso de água. Ou seja, não há barragem e, portanto, não há risco de desastre das proporções do causado pela Samarco - mineradora controlada por joint-venture entre a Vale e a BHP Billiton - em Mariana (MG).

“Para mim, é um projeto de vida”, diz supervisor da Vale que já trabalha no S11D

Os salários , de acordo com a Vale, são compatíveis com a remuneração praticada por empresas de grande porte e, no caso, dos engenheiros está dentro do estabelecido pelo CREA (Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia). Mas a oportunidade de desenvolvimento de carreira fala mais alto, segundo um funcionário do S11D

“Quando recebi o convite para participar da seleção, não pensei duas vezes. Mais do que um desafio profissional, para mim é um projeto de vida”, diz o supervisor de manutenção corretiva do S11D, Gutemberg Araújo. De acordo com ele, o tamanho do projeto impressiona. “Quando eu cheguei, me senti uma criança em um parque de diversões gigante por conta do tamanho dos equipamentos”, diz.

Com formação técnica em mecânica e diploma superior em administração de empresas, Gutemberg veio de Minas Gerais e pretende fincar os pés de vez no Pará. “A cidade me acolheu muito bem”, diz ele que voltou para a Vale, depois de uma passagem pela Anglo American para trabalhar em Conceição do Mato Dentro (MG) na construção do maior mineroduto do mundo, o Minas-Rio.

Gostar de morar em uma cidade pequena, aliás é um dos pontos que Vera Martins, do RH da Vale, cita como essenciais para interessados em fazer parte da equipe do S11D. “Geralmente quem é da área de mineração já está acostumado a morar em regiões mais remotas, mas não custa reforçar. Não adianta ficar pensando em cidade grande”, diz. Canaã dos Carajás tem pouco mais de 30 mil habitantes.

O processo seletivo, segundo Araújo, foi longo, de novembro de 2014 a maio de 2015. “Disputei a vaga com candidatos que tinham perfil parecido”, diz Gutemberg. Em sua carreira, ele reúne 18 anos de experiência no trabalho com correias transportadoras, justamente uma das inovações do S11D.

Encontrar pessoas de todos os cantos do Brasil e conviver com funcionários da Vale com experiência em projetos da empresa em Moçambique, por exemplo, tem sido enriquecedor, segundo Gutemberg. “Convivo com gente de todo o país, São Paulo, Rio de Janeiro, Bahia, Rio Grande do Norte, e essas pessoas me passam lições de vida”, diz Gutemberg.

Sua dica aos interessados em trabalhar no S11D? “Venham, mas que venham de corpo e alma, não adianta vir só de corpo e deixar a alma na cidade de origem”, diz ele que faz questão de conversar com sua família todos os dias por telefone. “É um jeito de matar a saudade”, diz.

 

7 motivos para você não investir numa franquia

Mulher com dúvida

Investir numa franquia é uma opção para muitas pessoas que sonham em ter seu próprio negócio, mas não têm experiência ou segurança para embarcar num vôo solo. Dentre as vantagens da franquia estão o suporte que o franqueado recebe do franqueador e a possibilidade de empreender com uma marca já mais consolidada.

No entanto, nem tudo são flores. Da mesma forma que existem muitas razões para você colocar seu dinheiro numa franquia, existem outros tantos motivos para você não fazer esse investimento.

Em geral, os motivos de alerta estão ligados a expectativas equivocadas por parte do empreendedor ou ainda por falhas no próprio sistema da franquia. Outra razão para frustrações é a avaliação errônea do seu bpróprio perfil como empreendedor.

Veja a seguir sete motivos para você não investir numa franquia:

1 – Se você quer mandar totalmente no negócio

Entrar numa franquia significa seguir as regras daquela rede e trabalhar dentro de um modelo já estruturado. Portanto, pode ser um mau negócio, caso você tenha a intenção de fazer tudo do seu jeito.

“Se o candidato é muito empreendedor, ou é indisciplinado com regras, ele vai ter dificuldades com a franquia. Apesar de hoje as redes incentivarem a colaboração dos franqueados, ele não poderá tomar certas decisões sem autorização. Portanto, é preciso fazer uma autoavaliação”, aconselha a consultora em franquias Claudia Bittencourt.

2 – Se você não tem dinheiro suficiente

Essa é uma questão fundamental. Para abrir uma franquia, não basta apenas ter o dinheiro exigido pelo franqueador como investimento inicial.

“Se a franquia pede R$ 200 mil de investimento inicial, não adianta achar que você vai resolver o problema com essa quantia. Tem que ter mais, é preciso pensar também no capital de giro”, explica Melitha Prado, advogada especializada em franchising.

Para saber quanto tempo o negócio vai demorar para se sustentar, vale conversar com o franqueador e outros franqueados. “O empreendedor vai precisar sustentar esse negócio até que ele atinja o ponto de equilíbrio. Se ele não tem recurso suficiente é melhor não ir por esse caminho, ou buscar um parceiro”, completa Claudia Bittencourt.

3 – Se você quer trabalhar pouco

É comum as pessoas pensarem em montar uma franquia para ter um dinheiro extra, esperando trabalhar pouco. No entanto, esse é um pensamento perigoso, que pode gerar frustrações.

“Numa franquia, em geral, o empreendedor precisa trabalhar muito. Ele não pode investir pensando que vai acompanhar só nos fins de semana, ou à noite depois do expediente. Se você tem intenção de apenas investir, é melhor não entrar numa franquia. Pois você será cobrado por resultados, e esses resultados exigem que você esteja próximo do negócio”, afirma Claudia.

4 – Se você escolhe um setor com o qual não se identifica

Muitos empreendedores consideram apenas o valor do investimento na hora de escolher sua franquia. O resultado é que eles podem acabar colocando seu dinheiro num negócio que tem pouco a ver com o seu perfil, o que é péssimo.

“É importante que o empreendedor faça uma autoavaliação e entenda o que ele gosta de fazer, para que entre num negócio que o faça feliz”, afirma Claudia. Uma forma de verificar sua afinidade é busca a ajuda de um coach. Outro jeito é observar seus gostos.

A advogada Melitha Prado usa suas próprias afinidades como exemplo: “Eu, por exemplo, adoro comer pão de queijo. Mas eu não gosto de cheiro de cozinha. Odeio cozinhar. Ou seja, não tenho o perfil para ter uma franquia de pão de queijo”.

5 – Se você decide por impulso

Num momento de crise econômica e aumento do desemprego, muita gente precisa de uma solução imediata para o seu sustento. E é aí que investimentos por impulso podem acontecer.

“O que estamos vendo é um empreendedor desesperado que busca a franquia como uma opção. O problema é que, para a franquia dar certo, tem que ter planejamento, tem que conhecer o sistema, entender o que é a franchising, fazer uma reflexão para saber se tem o perfil desejado. Ninguém pode comprar uma franquia em uma semana”, alerta Melitha.

6 – Se você não estuda os números

Uma frustração comum entre franqueados despreparados diz respeito aos ganhos esperados naquele negócio. “O empreendedor deve avaliar quanto esse negócio vai gerar. Se ele está pensando em ganhar um valor, deve estar atento para saber se aquela marca está alinhada com sua expectativa. Para isso é importante fazer as contas e pedir ajuda”, afirma Claudia Bittencourt.

Outro ponto importante é conversar com o franqueador sobre os números do negócio. “O empreendedor precisa entender o modelo de negócio do franqueador, analisar o estudo de viabilidade financeira e verificar se aqueles números estão adaptados ao seu mercado. Uma coisa é uma loja em São Paulo, outra coisa é uma loja em Itu”, aconselha Melitha.

7 – Se você não faz uma avaliação do franqueador

Quando o empreendedor está interessado em abrir uma franquia, deve se preocupar em avaliar criteriosamente seu possível franqueador. Caso contrário, está sujeito a fechar negócio com alguém que será de pouca ajuda.

“Não é só o franqueador e que está escolhendo o franqueado. O franqueado também escolhe seu franqueador. Um empreendedor cauteloso procura várias marcas, faz pesquisa. Se o processo seletivo da franquia é atropelado, sem tempo para você conhecer a operação, será que você está diante de um franqueador sério?”, questiona Melitha.

Segundo a advogada, uma boa forma de conhecer melhor esse franqueador é perguntar para outros franqueados da rede sobre como é o relacionamento com ele. Outra pista é verificar se o franqueador investiga quem você é, ou seja, se ele está interessado em conhecer o seu perfil antes de fechar o negócio.

“Na crise, assim como o franqueado pode estar aflito, também existem os franqueadores desesperados, que querem vender uma franquia de qualquer jeito. É um momento de muita atenção”, alerta Melitha.

O que acontece com Dilma se a Câmara aprovar o impeachment?

Presidente Dilma Rousseff durante encontro em Helsinki. 20/10/2015

 Os próximos dias serão longos tanto para os apoiadores de Dilma Rousseff quanto para sua oposição. É que neste final de semana, a Câmara dos Deputados estará totalmente voltada para a votação que deve mudar o rumo da presidente no poder.

O desafio da base e da oposição é convencer os parlamentares que até agora não assumiram uma posição sobre o impeachment de Dilma.

Caso 342 dos 513 deputados votem a favor do afastamento da presidente, o processo é encaminhado ao Senado – responsável por julgar se Dilma cometeu ou não crimes de responsabilidade.

Enquanto o cenário ainda é de dúvida, entenda melhor o que pode acontecer com a presidente nos próximos dias.

Se a Câmara aprovar o impeachment, Dilma é afastada?

Não. Se o pedido for aprovado por dois terços dos deputados, o processo seguirá para o Senado dias após a votação (possivelmente, entre 18 e 19 de abril) e uma comissão será formada para avaliá-lo. Só o Senado pode processar e julgar um presidente da República.


É preciso avaliar de novo?

Sim. O trabalho no Senado é diferente do que já foi feito, uma vez que a comissão da Câmara só avalia a admissibilidade, ou seja, se o processo tem condições ou não de seguir. A comissão do Senado deve se reunir entre os dias 21 de abril e 02 de maio. O parecer final é encaminhado ao plenário para uma nova votação. O processo só deve continuar se 41 dos 81 senadores (maioria simples) concordarem com ele.

E se o Senado aceitar o pedido?

A presidente é afastada por um período de 180 dias e o vice-presidente Michel Temer assume o cargo. Dilma recebe um prazo de 20 dias para apresentar nova defesa.

Dilma deve deixar o Palácio da Alvorada?

Não. Como explica Flávio de Leão Bastos Pereira, professor de Direito Constitucional do Mackenzie, a presidente não é obrigada a deixar a residência oficial durante o período que não exerce a presidência. Durante o afastamento, no entanto, ela recebe apenas metade de seu salário (que atualmente é de R$ 30.934,00).

E por quanto tempo o Senado pode julgar a presidente?

Os senadores dispõem de 180 dias para julgar se Dilma é responsável pelos crimes de responsabilidade apontados no processo. Se eles decidirem usar todo o tempo, o processo termina em outubro deste ano.

Como funciona a votação final?

A sessão é presidida pelo ministro do Supremo Tribunal Federal. O impeachment é aprovado se dois terços dos senadores (54 dos 81) votarem a favor. Se Dilma for condenada, perde o mandato e se torna inelegível por oito anos. Se for absolvida, volta automaticamente ao cargo e recebe o valor que deixou de receber enquanto estava afastada.

* Atualizado às 11h30 para corrigir o nome da residência oficial da Presidente Dilma Rousseff, o Palácio da Alvorada. A versão anterior afirmava que o Palácio do Planalto, destinado aos despachos da Presidência, tinha essa função.

Faltou dinheiro para pagar os estudos? Veja o que fazer

Mulher jovem calcula orçamento

Desemprego em alta, inflação pressionada e todo o cenário de crise que você tem sentido na pele já batem na porta da educação, o setor que costuma ser prioridade entre as famílias. Tanto escolas privadas, quanto faculdades particulares, têm realizado feirões de negociação de dívidas e criado diferentes formas de cobrar as mensalidades de alunos, usando até o WhatsApp e o Facebook.

“Fazemos o máximo para que os alunos consigam se manter estudando”, diz Flávio Reis, gerente sênior de cobrança da Kroton, o maior grupo de educação do Brasil, que agrega faculdades e escolas.

Com o aumento dos atrasos no pagamento das mensalidades, a rede de ensino procurou se aproximar dos alunos, criando canais de negociação na internet e realizando eventos para acertar as contas. Descontos na mensalidade dificilmente são concedidos, mas alunos têm conseguido negociar o parcelamento das dívidas e reduções nos juros

Em 2015, no ensino superior, a quantidade de alunos inadimplentes - que ficam mais de três meses sem pagar a mensalidade - cresceu 16,5% em comparação ao ano anterior, segundo a Serasa Experian.

Neste ano, as matrículas em faculdades privadas caíram 15% no estado de São Paulo, o que representou 74 mil alunos novos a menos no primeiro semestre de 2016, de acordo com o Sindicato das Mantenedoras de Ensino Superior (Semesp).

A inadimplência nas escolas particulares cresceu 22% no ano passado em relação a 2014, segundo a Serasa Experian.

Muitos pais têm trocado as crianças de escola, transferindo os filhos para escolas mais baratas ou públicas, como observa Benjamim Ribeiro, presidente do Sindicato dos Estabelecimentos de Ensino no Estado de São Paulo (Sieesp). “Tem que haver cumplicidade entre a escola e a família, por isso orientamos que os colégios estejam abertos para negociar.”

Aprenda a negociar para bancar a escola ou a faculdade

Quem está com dificuldades para pagar a escola ou a faculdade deve fazer uma profunda revisão do orçamento para enxergar onde é possível cortar gastos. “Não adianta manter o carro na garagem, o clube e a viagem se a pessoa não consegue bancar os estudos. É preciso rever os hábitos e determinar o que é essencial na vida”, avalia o educador financeiro José Vignoli, do SPC Brasil.

Se mesmo assim for preciso atrasar a mensalidade, é recomendável procurar a instituição o quanto antes para tentar negociar descontos ou o parcelamento da dívida. “A negociação precisa ser sincera. Chegue com números e com argumentos plausíveis”, orienta Vignoli.

No caso das faculdades, o educador do SPC também sugere que o aluno se esforce para tirar boas notas e se ofereça para trabalhar na instituição ou fazer trabalhos voluntários, o que pode ajudá-lo a receber um voto de confiança de que ele irá arcar com seus compromissos financeiros.

As escolas e faculdades, no entanto, não são obrigadas a negociar a dívida. Se não há chances de barganhar e nem de manter as mensalidades da faculdade em dia, a recomendação é abandonar os estudos. “É triste e frustrante, mas a realidade está batendo forte e a prioridade é a sobrevivência. Entre perder a casa ou o curso superior, opte pelo segundo”, sugere Vignoli.

Conheça seus direitos antes do seu nome ir parar no Serasa

As instituições de ensino privadas podem informar que o aluno está inadimplente aos serviços de proteção ao crédito, como SPC e Serasa, mas antes precisam comunicar os estudantes e dá-los a chance de pagar, como explica Maria Inês Dolci, coordenadora institucional da Associação Brasileira de Defesa do Consumidor (Proteste).

As organizações também não podem expor que o aluno está endividado em murais, nem por meio de recado na agenda das crianças. Além disso, o estudante pode ser impedido de fazer a rematrícula, mas tem o direito de continuar frequentando as aulas até o final do semestre ou do ano, mesmo sem pagar.

 

Relatório nos EUA denuncia trabalho escravo no Brasil

Grãos de café são selecionados perto de Varginha, Minas Gerais

 Um relatório conjunto publicado nesta quarta-feira pela Catholic Relief Sevices (CRS, sigla em inglês), a agência internacional humanitária da comunidade católica dos Estados Unidos, e a organização Repórter Brasil denunciou situações de trabalho forçado, que qualificou de "escravidão", em 15 fazendas produtoras de café no Brasil.

A pesquisa se baseou em entrevistas com os trabalhadores rurais, produtores, sindicalistas, fiscais e inspetores trabalhistas de 15 fazendas de café que apareceram na "lista negra" por exploração de mão de obra escrava do Ministério do Trabalho e Emprego do Brasil em 2013.

As entrevistas descrevem trabalhadores agrícolas "submetidos a trabalhos forçados, trabalho extenuante, condições de trabalho degradantes e servidão por dívidas", o que o governo brasileiro considera como "condições análogas à escravidão".

O relatório, no entanto, admite que o trabalho escravo no setor do café no Brasil "não é muito amplo", mas também considera que "provavelmente seja maior, já que muitos casos não são denunciados".

"Só pudemos documentar esses casos porque o Brasil tem leis trabalhistas progressivas, uma forte imposição da legislação e um profundo compromisso com a transparência. Não devemos punir o Brasil por tornar esta informação disponível; devemos agradecê-lo", disse o porta-voz da CRS, Michael Sheridan.

As condições descritas pelos inspetores em um sítio incluem jornadas de trabalho de 11 horas, casas sem banheiros e contêineres para o lixo, e água de cor amarelada, não apta para o consumo humano.

Os trabalhadores em cinco das fazendas denunciadas foram vítimas de servidão por dívidas e não tinham permissão para sair das propriedades em que trabalhavam devido às despesas contraídas com alimentação, viagens, equipamentos e alojamento.

Os investigadores advertiram que "práticas similares" foram documentadas em outros países produtores de café.

LSD torna o cérebro semelhante ao de um bebê, diz pesquisa

Bebê sorrindo

As chamadas "drogas psicodélicas" estão passando por uma nova etapa de estudos ao redor do mundo. Há, por exemplo, quem aponte para a eficiência do LSD (Dietilamida do Ácido Lisérgico) para o tratamento de alguns quadros de depressão.

Mas há também quem diga que a eficiência da droga é bastante grande também para aliviar dores extremas, de enxaquecas crônicas ao parto normal.

Mas como o LSD age no nosso cérebro?

Segundos pesquisadores da Imperial College London, o LSD torna o cérebro em "menos compartimentado" e "mais livre". O resultado surgiu a investigação da atividade cerebral de 20 voluntários.

Segundo o pesquisador Dr Robin Carhart-Harris, o cérebro em estado inalterado tem ligações independentes e funciona sob funções separadas, como visão, movimento e audição. Acontece que sob o efeito do LSD, o cérebro une essas tais ligações independentes ou faz com que elas funcionem de forma mais fluída.

"Nós vimos que muitas áreas do cérebro além das já utilizadas pela visão auxiliavam o processo quando os pacientes estavam sob o efeito do LSD - mesmo quando os olhos deles estavam fechados", disse Carhart-Harris, em entrevista à Reuters.

"De várias maneiras, o cérebro sob o efeito de LSD é semelhante ao nosso estado cerebral enquanto crianças: livre e não reprimido".

E não é só:

"Pela primeira vez, nós podemos ver o que realmente acontece ao cérebro neste estado psicodélico, para podermos perceber melhor porque é que o LSD teve um impacto tão profundo", afirma o professor de neurofarmacologia David Nutt.

"Isto poderá ter grandes implicações na psiquiatria", conclui.

A pesquisa foi publicada nesta segunda-feira na jornal Proceedings of the National Academy of Sciences (PNAS).

App brasileiro promete conectar público LGBT

Casal se abraça

O público LGBT acaba de ganhar um novo aplicativo especializado em informações da comunidade gay no Brasil. Criado e desenvolvido no país, o app "By Concierge" reúne os principais estabelecimentos, de bares às saunas, encontrados no cenário gay de cidades como São Paulo, Rio de Janeiro e Florianópolis.

A iniciativa, ampliará as opções de entretenimento, lazer e serviço qualificado, como por exemplo, hospedagem em pousadas "Friendly" para acomodar famílias gays. O app permite que o usuário conectado visualize os estabelecimentos e serviços próximos a sua localização.

O público poderá interagir através do APP sugerindo eventos e estabelecimentos que identifiquem como de sua preferência, incrementando a rede de entretenimento. Além disto, os estabelecimentos e profissionais interessados em conhecer o programa podem acessar o site para mais informações.

Em breve, o By Concierge, lançará o "The Club". Um exclusivo Clube, que além de benefícios como descontos e promoções, oferece ao associado privilégios como festas e reuniões privativas.

Disponível nos idiomas português e inglês, o aplicativo, que é filiado à ABRAT GLS está disponível para download nas lojas virtuais Android e IOS por U$1,99.

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