quarta-feira, 20 de abril de 2016
Sete Brasil pedirá recuperação judicial, decidem acionistas
Acionistas da afretadora de sondas para exploração de petróleo Sete Brasil decidiram em reunião nesta quarta-feira que a empresa fará um pedido de recuperação judicial, disse à Reuters a assessoria de imprensa da companhia.
"Foi aprovado o pedido de recuperação judicial, mas ainda não há uma data prevista para quando isso vai acontecer", disse a assessoria à Reuters.
Segundo uma fonte com conhecimento direto do assunto, o fundo de pensão Petros mudou sua posição anterior contra o pedido de proteção na reunião desta quarta-feira.
A decisão da Petros permitiu à Sete Brasil buscar os 85 por cento de aprovação dos sócios para pedir proteção contra credores, disse a fonte.
A Reuters publicou no início do mês que a Petrobras, única cliente e detentora de 5 por cento do capital da Sete Brasil, procurou sem sucesso uma arbitragem para refazer os termos de um contrato de longo prazo com a companhia.
A Petrobras ajudou a criar a Sete Brasil em 2008 para gerir a maior frota de perfuração em águas profundas do mundo, com 89 bilhões de dólares em encomendas prometidas. Mas a Petrobras precisa assinar o contrato, que está em discussão há dois anos. A estatal queria fazer uma proposta reformulada, bem menor, após ter sido alvo das investigações da operação Lava Jato. O escândalo fechou o mercado de crédito de longo prazo para a Sete Brasil, levando grandes bancos do país a adiar para maio o vencimento de mais de 14 bilhões de reais em empréstimos obtidos pela empresa.
Um eventual colapso da Sete Brasil poria em risco mais de 800 mil empregos diretos na construção naval, provocando quase 40 bilhões de reais em perdas, segundo estimativas da indústria.
Mitsubishi admite manipulação em teste de 645 mil carros
A montadora japonesa Mitsubishi Motors admitiu nesta quarta-feira ter "manipulado testes de emissões para apresentar rendimentos de energia melhores", uma fraude que envolve pelo menos a 625.000 veículos de pequeno porte, alguns construídos pela também nipônica Nissan.
Estão implicados quatro modelos de mini-veículos com cilindradas inferiores a 660 cm3, uma categoria muito popular no Japão, dos quais 468.000 unidades fabricadas por sua compatriota Nissan (Dayz y Dayz Roox).
O anúncio foi feito no momento em que a indústria automobilística passa por controles mais rígidos, depois que a alemã Volkswagen admitiu ter instalado um software para manipular os resultados de emissões em milhões de veículos.
"Pedimos desculpas a todos os nosso clientes e às demais partes afetadas", afirmou o presidente do grupo, Tetsuro Aikawa, durante uma entrevista coletiva no ministério dos Transportes.
Segundo a imprensa, a fabricante manipulou dados sobre os pneus, conseguindo, assim, resultados de consumo de combustíveis superiores entre 5 a 10% em comparação ao real.
"Nosso cliente Nissan descobriu divergências entre os números divulgados e os constatados, e solicitou uma revisão", anunciou a empresa em um comunicado.
"Decidimos interromper a produção e as vendas dos modelos envolvidos", explicou a empresa. A Nissan adotou a mesma medida.
Danos significativos
O anúncio da Mitsubishi, pouco antes do fechamento da bolsa, fez que ação do grupo caísse mais de 15%, o maior retrocesso percentual desde 2004, quando o grupo estava em grave crise.
A Mitsubishi Motors tem agora uma melhor saúde financeira, embora tenha estado à beira da quebra há 12 anos, após um escândalo de ocultamento de defeitos, o que infringia a lei sobre os recalls. O caso, muito midiatizado, causou muito dano à empresa e entre seus diretores.
A Mitsubishi Motors, conhecido por seus 4x4 Outlander e Pajero, vende em torno de um milhão de automóveis por ano. Para o ano encerrado no final de março de 2016, o grupo espera um volume de negócios equivalente a 18 bilhões de euros (US$ 20,3 bilhões). Seus resultados serão divulgados no dia 27 de abril.
O presidente do grupo já advertiu que os resultados podem ser afetados: "Não é um problema simples. Precisamos de tempo (para avaliar o impacto sobre os resultados), mas algo é certo: os danos serão significativos".
A investigação interna revelou que "o método de testes utilizado, não conforme às exigências da lei japonesa, foi aplicado a outros modelos produzidos pela Mitsubishi para o mercado japonês".
"Considerando a gravidade desses assuntos, também vamos fazer investigações relativas aos produtos fabricados para os mercados externos", com a ajuda de um "comité integrado exclusivamente por especialistas externos", afirmou o grupo.
O caso lembra o escândalo da Volkswagen, revelado há alguns meses. O grupo alemão, proprietário de 12 marcas e com quase 200 bilhões de euros de volume de negócios, admitiu em setembro que manipulou os motores a diesel de 11 milhões de veículos em todo o mundo para que parecessem menos poluentes do que eram na realidade.
O grupo Volkswagen registrará em 2015 perdas de bilhões de euros, provocadas pelas provisões que a empresa deve constituir para enfrentar os custos e indenizações, ainda não determinados, vinculados ao "dieselgate".
Dólar tem leve alta sobre o real com melhora externa
O dólar fechou com leve alta frente ao real nesta quarta-feira, após o avanço nos preços do petróleo alimentar o bom humor nos mercados externos, mas com as incertezas sobre a equipe econômica e a atuação do Banco Central mantendo pressão sobre a moeda.
O dólar avançou 0,12 por cento, a 3,5325 reais na venda, após subir mais de 1 por cento na máxima da sessão e atingir 3,5673 reais. A moeda norte-americana havia recuado quase 2 por cento no pregão passado.
O dólar futuro era negociado praticamente estável no final da tarde.
"Houve uma melhora generalizada nos mercados do resto do mundo que ajudou o real no começo da tarde", disse o operador da corretora Intercam Glauber Romano.
Após chegarem a derrapar no início da sessão, os preços do petróleo voltaram a subir no fim da manhã e aceleraram os ganhos na parte da tarde, encerrando a sessão em alta, influenciados por dados mostrando aumento menor que o esperado nos estoques dos Estados Unidos.
O dólar recuava contra moedas como os pesos chileno e mexicano.
Mais cedo, o dólar chegou a subir com mais força após notícias veiculadas na imprensa indicarem que pessoas cotadas para encabeçar a equipe econômica no provável governo de Michel Temer, como o ex-presidente do BC Armínio Fraga e o ex-secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda Marcos Lisboa, já teriam recusado o convite.
"Agora o mercado vê o afastamento (da presidente Dilma Rousseff) como dado e está focado em detalhes do governo Temer. Com a crise econômica como está, parece que não vai ser muito fácil encontrar quem aceite segurar o tranco", disse o operador da corretora B&T Marcos Trabbold.
A perspectiva de uma equipe de formação técnica e de postura econômica mais ortodoxa vinha animando o mercado nas últimas semanas.
Uma fonte com conhecimento do tema afirmou à Reuters que o presidente da Febraban, Murilo Portugal, é o nome mais forte neste momento para assumir a Fazenda em eventual novo governo.
Também contribuiu para pressionar para cima a moeda norte-americana, pelo menos na primeira metade do pregão, a atuação do BC, que vendeu a oferta integral até 20 mil swaps reversos, equivalentes a compra futura de dólares. A ação foi bem menos intensa do que nas últimas semanas, quando o BC chegou a realizar cinco leilões de até 80 mil swaps reversos em um único dia. Uma fonte da equipe econômica disse à Reuters na véspera que o BC vai trabalhar com uma "mão mais leve" no mercado de câmbio no curto prazo.
O BC também informou na noite passada que não fará mais leilões de rolagem dos swaps tradicionais que vencem no mês que vem, equivalentes a venda futura de dólares. Com isso, deixará vencer o correspondente a 8,6 bilhões de dólares, que ajudarão a reduzir o estoque de swaps tradicionais, além dos cerca de 31 bilhões de dólares em swaps reversos até agora.
O estoque de swaps, no início do mês, estava em torno de 100 bilhões de dólares.
"O BC tem conduzido o câmbio com bastante prudência, adequando-se às necessidades do mercado. Isso dá alguma segurança para o operador", disse o operador de um banco internacional.
Mercado de combustíveis muda com aumento de importações
O setor privado deverá ampliar a participação no mercado brasileiro de derivados de petróleo nos próximos anos, conforme a estatal Petrobras se prepara para reduzir a presença em operações de distribuição e o setor se prepara para o aumento das importações.
Agentes de mercado acreditam que os problemas financeiros da Petrobras deverão abrir caminho para investimentos privados, principalmente em logística.
A crescente escassez de combustível produzido domesticamente também deve impulsionar projetos de terminais portuários, usinas de etanol e mesmo refinarias, o que dependerá do estabelecimento de regras claras por um eventual novo governo.
A presidente Dilma Rousseff sofreu uma impactante derrota no domingo, quando a Câmara dos Deputados aprovou por ampla maioria o encaminhamento ao Senado de seu processo de impeachment.
"Nós vamos ver uma onda de mudanças no setor, com a Petrobras focando em exploração e produção", disse o vice-presidente de logística, negociação de combustíveis e distribuição da Raízen, joint venture entre a produtora de etanol Cosan e a Royal Dutch Shell.
O presidente do Conselho de Administração da Cosan, Rubens Ometto, disse mais cedo neste mês que a companhia irá avaliar com cuidado ativos que a Petrobras eventualmente coloque à venda.
A Petrobras, altamente endividada e envolvida em um escândalo de corrupção, pretende levantar 15 bilhões de dólares com desinvestimentos até o final deste ano, sendo que 30 por cento desse valor deverá vir da venda de ativos de distribuição.
Embora a empresa não tenha divulgado em detalhes seus planos, fontes dizem que ela poderá vender o controle da BR Distribuidora, enquanto reportagens na mídia falam sobre possível desinvestimento em gasodutos.
"Toda a cadeia logística primária deve ser passada para investidores privados", disse Gadotti, referindo-se a áreas de armazenamento, gasodutos e terminais portuários.
Ele disse que a estrutura precisará ser modernizada para suportar o crescimento esperado nos volumes e obter ganhos de eficiência, com maior uso de dutos e trens em substituição a caminhões.
"Nós temos um desafio pela frente", disse José Augusto Dutra Nogueira, o chefe de operações da Ipiranga, segunda maior distribuidora de combustíveis do Brasil.
Nogueira disse que também será preciso expandir a capacidade dos portos para receber combustível importado em diversos Estados.
A Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) prevê um forte aumento nas importações de produtos refinados assim que a economia voltar a crescer.
Projeções da agência apontam para importações atingindo 742 mil barris por dia em 2026, ante 323 mil em 2015, se não houver aumento da capacidade de refino no país.
O especialista da Universidade Federal de Itajubá, Luiz Augusto Horta, disse que novos investimentos em refino e em produção de etanol só virão quando o governo estabelecer uma política de preços dos combustíveis clara e previsível.
Ttemer segue com articulações enquanto espera presidência
A política brasileira tem sido comandada, nos últimos 13 anos do governo do PT, por aqueles que acreditam em um populismo respondendo às vozes das ruas.
Agora, um personagem muito diferente está prestes a se tornar presidente, o que, em certos aspectos, é uma volta a uma época anterior.
Trata-se de um operador com conhecimento das engrenagens, um negociador com fortes laços com a comunidade dos investimentos.
O vice-presidente Michel Temer, advogado especializado em Direito Constitucional, de 75 anos, que frequenta há décadas os salões e as instituições da vida pública, ajudou a impulsionar a votação na Câmara dos Deputados favorável ao impeachment da presidente Dilma Rousseff.
Depois de tentar ganhar aliados de Dilma até o último minuto, Temer foi para São Paulo para iniciar a composição de seu gabinete.
Sua estratégia em alguns momentos foi pouco convencional. Um arquivo de áudio de Temer praticando o que diria ao país após uma votação pelo impeachment foi enviado a assessores próximos antes da votação e chegou aos jornais locais, aparentemente deixando-o envergonhado. Embora sua assessoria de imprensa diga que o vazamento não foi intencional, o ocorrido serviu a um objetivo porque deixou clara a intenção expressa por Temer de preservar os programas sociais mais populares, rejeitando acusações do governo contra seus planos.
Sem o apelo popular do ex-presidente Lula, do PT, Temer espera que suas primeiras políticas mostrem pequenas melhorias econômicas rapidamente para melhorar a sua imagem com os brasileiros cansados da recessão, segundo Cristiano Noronha, vice-presidente da consultoria Arko Advice.
Experiência
“Parte da crise do Brasil decorre da tensão entre o executivo e o legislativo”, disse Noronha. Embora continuem existindo outros desafios, acrescentou, “pelo menos esse elemento será aliviado com alguém com a experiência de Temer”.
Na segunda-feira, Dilma prometeu lutar contra o impeachment, que agora vai para uma comissão especial do Senado que tem a tarefa de preparar um relatório aceitando ou rejeitando as acusações. Se o processo passar pelo Senado, Dilma terá que se afastar pelo menos temporariamente e abrir espaço para Temer.
Os executivos brasileiros que não conseguiam audiências com Dilma muitas vezes procuravam Temer, que durante a maior parte do primeiro mandato teve um cargo figurativo no governo. Foi só após a reeleição, em 2014, quando a presidente precisou do Congresso para aprovar medidas impopulares de ajuste fiscal, que Dilma recorreu às conexões políticas de Temer, especialmente com seu partido, o PMDB, que controla a Câmara e o Senado.
Essas conexões e alguns dos 367 votos pró-impeachment do domingo serão a base sobre a qual Temer planeja construir suas reformas econômicas, que incluem estabelecer uma autoridade orçamentária no Congresso para avaliar os gastos em programas públicos, a elevação da idade mínima de aposentadoria e a redução do número de despesas indexadas.
Consultas, candidatos
Temer consultou os ex-diretores do Banco Central, Armínio Fraga e Henrique Meirelles, para afinar as propostas políticas, e buscou o conselho de Marcos Lisboa, ex-diretor do Itaú e secretário do Ministério da Fazenda, e de Paulo Rabello de Castro, economista formado pela Universidade de Chicago e presidente da empresa de classificação SR Rating, segundo uma pessoa com conhecimento direto das conversas.
Temer passará a semana em São Paulo, discutindo candidatos aos ministérios que irão garantir lealdade política e implementar a agenda de reforma de seu partido, segundo uma pessoa que pediu anonimato porque a informação não é pública. Ele tinha planejado assistir à votação de domingo em São Paulo, mas voltou para Brasília para tranquilizar os aliados nervosos devido à ofensiva de última hora do governo.
A última esperança de Dilma para evitar seu impeachment é Renan Calheiros, o presidente do Senado, que no passado pôs em dúvida a capacidade de Temer de unir seu partido, e mais ainda de unir o país. Calheiros tem sido um dos caciques do PMDB mais dispostos a jogar ao lado do governo, mesmo sob pressão do restante do partido para cortar laços com a base aliada.
Outra variável é a Lava Jato, que já dura dois anos, e que colocou na prisão executivos e políticos importantes. Isso provoca nervosismo em Brasília com a expectativa de que qualquer um -- aliado ou inimigo -- possa ser o próximo a ser preso.
“O menor indício de perda de força da Lava Jato seria letal”, disse Nicholas Spiro, sócio da Lauressa Advisory.
Marinha aponta alta concentração de metais no Rio Doce
O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) divulgou, nesta quarta-feira (20), os resultados do estudo feito com a Marinha do Brasil sobre o impacto da lama de rejeitos que vazou no final do ano passado após o rompimento da barragem da mineradora Samarco, em Mariana (MG).
A pesquisa levou em conta amostras colhidas na foz do Rio Doce e no litoral norte do Espírito Santo pelo navio Vital de Oliveira, em novembro de 2015.
Foi constatada alta concentração de quatro metais pesados. No entanto, não foi possível confirmar a relação entre a contaminação e os rejeitos vazados na tragédia.
Na região marítima próxima à foz do Rio Doce, foi observada a presença de arsênio, manganês e selênio acima do limite estabelecido pelo Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama).
Já na região de água doce foi encontrado excesso de manganês, selênio e chumbo. Em suas considerações finais, o relatório com os resultados sugere que os órgãos públicos competentes acompanhem “os impactos do acúmulo dos metais, principalmente aqueles em maiores concentrações".
Em nota, a Samarco informou que não teve acesso ao relatório da Marinha, mas destacou que a composição de seu rejeito não tem metais pesados.
A mineradora disse ainda que faz, desde o dia 7 de novembro de 2015, o monitoramento da qualidade da água e sedimentos em 118 pontos distribuídos ao longo da bacia do Rio Doce e no mar e também destacou um estudo da Agência Nacional de Águas (ANA) feito em dezembro de 2015.
A agência teria indicado que "no mesmo período em que a Marinha analisou o ambiente marinho, a qualidade da água do Rio Doce já se encontrava em condições semelhante aos padrões observados em 2010".
ICMbio
No início do mês, o Ministério Público Federal (MPF) divulgou os resultados de uma pesquisa feita pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) que também apontava contaminação do mar e de animais marinhos no litoral do Espírito Santo.
A confirmação de altos níveis de arsênio, chumbo e cádmio levaram o procurador Jorge Munhós de Souza a recomendar a ampliação da área de proibição da pesca na foz do Rio Doce.
Os estudos do ICMBio também não permitiram afirmar com segurança que a contaminação era decorrente da chegada ao oceano dos rejeitos de mineração espalhados após o rompimento da barragem da Samarco.
Na ocasião, a mineradora disse que os estudos apresentados pelo ICMBio eram preliminares e não conclusivos.
“O que chama atenção até o momento é que os próprios pesquisadores não apontam uma relação entre os resultados encontrados e o episódio de Mariana.
Inclusive os metais encontrados não estão associados ao tipo de rejeito que havia na barragem”, disse o gerente de engenharia ambiental da Samarco Paulo Cezar de Siqueira.
Sigilo
Os resultados do estudo haviam sido considerados sigilosos pela Marinha e ficaram restritos por mais de três meses. Sua liberação ocorre após a organização não governamental (ONG) Transparência Capixaba anunciar que entraria com uma ação na Justiça para poder ter acesso ao documento.
"Pela Lei de Acesso à Informação, não há absolutamente qualquer motivo para que estas informações sejam consideradas sigilosas ou que envolvam a segurança nacional", disse ontem (19) o integrante da ONG Edmar Camata.
Apesar da queda do sigilo, a Marinha se recusou a fornecer o documento à reportagem, que foi obtido somente por meio do Ibama.
Nessa terça-feira (19), a ONG Transparência Capixaba havia criticado a dificuldade para se obter informações referentes aos desdobramentos do rompimento da barragem em Mariana.
"Desde que ocorreu a tragédia, há uma déficit de informação muito grande. Quando começamos a demandar alguns órgãos públicos, notamos que havia um conluio das empresas e dos governos para negar informação", disse.
A barragem do Fundão, no distrito de Bento Rodrigues em Mariana (MG), se rompeu no dia 5 de novembro de 2015 ocasionando a morte de 19 pessoas.
Considerada a maior tragédia ambiental do Brasil, o episódio também causou destruição de vegetação nativa e poluiu as águas da bacia do Rio Doce.
STF define que rito no Senado será o mesmo de Collor
presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Ricardo Lewandowski, definiu que vai enviar ao Senado, nos próximos dias, o roteiro que deve ser seguido no processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff.
A ideia é que a Casa siga o que foi definido pela Corte em dezembro, quando ficou decidido que o Congresso deveria adotar o mesmo rito do impeachment do ex-presidente Fernando Collor de Mello, em 1992.
Na segunda-feira, 18, após reunião a portas fechadas com o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), Lewandowski havia sugerido que o roteiro iria ser traçado em conjunto pelas duas instituições.
O presidente do STF também afirmou que levaria as regras para serem aprovadas pelos demais ministros em uma sessão administrativa da Corte.
O procedimento foi criticado por parlamentares, que acusaram a dupla de trabalhar para postergar o desfecho do impeachment, e por ministros da Corte, que afirmaram que o tribunal já havia deliberado sobre o assunto em dezembro, quando analisou a ação movida pelo PCdoB.
Ao comentar o assunto, o ministro Gilmar Mendes chegou a ironizar o excesso de zelo de Lewandowski e Renan e disse que só faltava os dois detalharem o momento em que seria servido o cafezinho e água durante o processo.
Regras
Segundo o que foi definido pelo STF em dezembro, a única diferença do rito de 1992 é que, agora, Dilma será interrogada pelos senadores somente após a fase da instrução probatória, quando a comissão analisa documentos, ouve testemunhas e discute se a presidente cometeu ou não crime de responsabilidade.
Na época de Collor, o interrogatório seria feito logo após o Senado ter instaurado o processo. A ida ao Senado do então presidente não aconteceu, porque ele renunciou antes disso.
Tremores dificultam resgate no Equador pós-terremoto
O Equador foi sacudido novamente na madrugada desta quarta-feira por um forte tremor, que provocou alarme entre as pessoas que participam dos trabalhos de resgate na região onde um terremoto de 7,8 graus deixou 525 mortos e 1.700 desaparecidos há quatro dias.
O novo terremoto, de 6,1 graus segundo o Instituto de Estudos Geológicos dos Estados Unidos, não teve danos registrados até o momento. Seu epicentro foi localizado a uma profundidade de 15,7 quilômetros, a 25 km de Muisne e a 73 km de Propicia.
As autoridades não ativaram o alerta de tsunami.
Às 3h30 (5h30, horário de Brasília), na já castigada cidade de Pedernales (estado de Manabí, epicentro do terremoto), a terra voltou a tremer fortemente e deflagrou ondas de pânico na população.
Uma equipe da AFP acompanhou os efeitos deste novo tremor. Houve momentos de pânico, pessoas deixaram suas casas, e muitas decidiram dormir nas ruas.
"São tremores secundários. Tivemos dois tremores de madrugada, de 6,1 e 6,3 graus", disse à AFP o diretor do Instituto Geofísico do Equador, Mario Ruiz.
Quase quatro dias depois do terremoto de 7,8 graus que devastou a costa equatoriana e em meio aos tremores secundários, o abalo desta quarta-feira aumentou a angústia dos sobreviventes, que sofrem com a falta de água e de mantimentos, além dos frequentes cortes de energia elétrica.
"Não temos água, nem alimentos. As lojas estão fechadas ou vendem muito caro", disse à AFP Andrés Mantuano, na cidade de Manta, província de Manabí, a mais afetada.
O péssimo estado das estradas na costa do Pacífico equatoriano, o temor de saques e a instabilidade dos edifícios levaram muitos comerciantes a fechar as portas. A ausência de produtos básicos, sobretudo água e alimentos, começa a irritar a população em uma região que parece um cenário de guerra.
Ao mesmo tempo, 900 socorristas, bombeiros, médicos e especialistas de vários países prosseguem com os trabalhos em busca de sinais de vida entre os escombros. Em geral, têm conseguido recuperar apenas corpos.
O desespero dos familiares com a demora na retirada dos corpos é cada vez maior, ao mesmo tempo em que o cheiro dos cadáveres em decomposição se torna mais intenso.
Lágrimas para 'semear o futuro"
De acordo com o presidente Rafael Correa, o número de mortos chega a 525, e o de feridos a 5.733.
"O número de mortos, infelizmente, aumentará, mas em um ritmo cada vez menor, porque já foram resgatados muitos corpos", afirmou o presidente, depois de visitar a zona afetada "em 70, 80%".
Esse número é menos, porém, do que aqueles registrados em anos recentes na América Latina: 1.142 em El Salvador, em 2001; 600 em 2007, no Peru; e entre 200.000 e 250.000 no Haiti, em 2010.
As autoridades advertem que os números devem aumentar nas próximas horas.
O terremoto destruiu 800 edifícios, afetou outros 600 e deixou estradas e infraestruturas em colapso em zonas turísticas.
Rafael Correa calculou em três bilhões de dólares os danos, o que representa de dois a três pontos do PIB e deixa a situação econômica do país ainda mais complicada depois da queda do preço do petróleo.
O presidente garantiu que o país está "muito mais preparado" do que antes para enfrentar esse tipo de tragédia e que, pouco a pouco, vão-se restabelecendo as telecomunicações e a energia elétrica.
Correa também agradeceu a ajuda de países como Colômbia, Cuba, Venezuela, Espanha, Estados Unidos, Peru, México e Bolívia, e pediu a criação de "uma Secretaria de Riscos Sul-Americana" para atender de maneira coordenada a tragédias como esta.
Vários países ofereceram ajuda ao governo equatoriano.
Em Pedernales, balneário que fica 180 km ao norte de Manta e marco zero do terremoto de sábado que deixou a cidade de 60.000 habitantes destruída, um pequeno campo de futebol foi transformado em Centro de Operações de Emergências (COE) e inclui um necrotério, um centro de atendimento médico e uma central de distribuição de produtos básicos.
O local distribui roupas, alimentos e medicamentos, assim como papel higiênico e cobertores, recebidos de doações públicas e de particulares de todo o país.
De acordo com o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), 150.000 crianças foram afetadas pelo terremoto.
Alguns bombeiros questionaram a rapidez com que algumas brigadas usaram equipamento pesado.
"Infelizmente, não observaram as 72 horas para que os grupos trabalhassem em sua parte das operações. Desde domingo eles começaram a remoção com equipamento pesado, reduzindo muito os espaços de vida na estrutura", declarou à AFP o tenente Ricardo Méndez, comandante dos socorristas do corpo de bombeiros da cidade colombiana de Pasto, um dos voluntários.
Whisky japonês a US$ 920 atrai produtores de arroz
O crescente setor de whisky do Japão está levando o produtor de arroz Hiroshi Tsubouchi a ficar de olho na garrafa.
Como o consumo doméstico de arroz está diminuindo, Tsubouchi, 36, disse que ele está entrando na onda do whisky – ou, pelo menos, passando para a cevada utilizada para fabricá-lo.
O whisky japonês está entre os melhores – e os mais caros – do mundo, então os lucros da indústria local de destilação estão começando a chegar aos produtores agrícolas do país.
Tsubouchi vai colher sua primeira safra no próximo mês, assim como uma dezena de produtores da região central do Japão que estão testando o potencial da cevada para fortalecer as receitas e ajudando a suprir os produtores de bebidas alcoólicas do país, sedentos de malte. As importações de malte para a produção de whisky deram um salto de 20 por cento no ano passado e quase quadruplicaram durante os últimos dez anos, impulsionadas pela demanda por whiskies japoneses de São Francisco a Hong Kong.
“Nunca imaginei que nossos whiskies japoneses teriam tanta popularidade no exterior”, disse Ichiro Akuto, 50, cujos whiskies de malte único chegam a custar 100.000 ienes (US$ 920) a garrafa.
Sua destilaria, a Venture Whisky, em Chichibu, na prefeitura de Saitama, trabalha com produtores locais a fim de estabelecer uma cadeia de abastecimento para uma fábrica de malte que ele construiu em 2013. “Eu queria produzir um whisky com o sabor de Chichibu – acho que ele seria admirado no mundo inteiro”.
Melhor do mundo
Akuto já chegou a esse patamar de reconhecimento: ganhou prêmios todos os anos de 2007 a 2012. Na edição de 2015 da Bíblia do Whisky de Jim Murray, o Yamazaki Sherry Cask 2013, um malte único elaborado pela Suntory Holdings, com sede em Tóquio, foi nomeado “Whisky Internacional do Ano”, e o Nikka Taketsuru de 17 anos, da Asahi Group Holdings, conquistou o título de “Melhor Blended Malt do Mundo” nos World Whiskies Awards no ano passado.
O fabricante de whisky Akuto, que trabalhou na Suntory até 1995 como vendedor, espera que as remessas de sua destilaria em Chichibu aumentem 20 por cento ao ano. No ano passado, ele vendeu 100.000 garrafas – um terço delas foi para o exterior, para clientes principalmente do Reino Unido, da França, dos EUA e de Taiwan.
O aumento da produção de whisky foi uma dádiva para os produtores do Reino Unido, cuja cevada se tornou peça-chave das operações japonesas de destilação. As importações de malte do Japão totalizaram 4.744 toneladas no ano passado, no valor de cerca de 437 milhões de ienes.
A Venture Whisky, de Akuto, importou 152 toneladas da Inglaterra, da Escócia e da Alemanha no ano passado. Essa dependência diminuirá se seu plano de obter malte local der certo.
Orgulho nacional
Ele pretende substituir 10 por cento dos grãos requeridos pela destilaria por cevada cultivada pelos produtores de Chichibu. Embora produzir o malte a partir da cevada cultivada localmente seja cinco vezes mais caro que importá-lo, modificar a fonte poderia melhorar a percepção sobre a qualidade do whisky, disse Akuto.
O whisky japonês é um motivo de “orgulho nacional cada vez maior, devido ao crescente reconhecimento internacional e a um seriado de TV sobre a vida de Masataka Taketsuru, um pioneiro da destilação de whisky no Japão”, disse a Euromonitor em um relatório em outubro.
Além disso, os agricultores de Chichibu poderiam dobrar sua receita plantando a cevada logo depois da colheita do arroz ou do trigo sarraceno – o grão utilizado para fazer o macarrão soba. As terras de plantio costumam ficar paradas durante seis meses depois da colheita do arroz e do trigo sarraceno, em novembro, um espaço de tempo que a cevada poderia ocupar em um programa de rotação de cultivo, disse o produtor de arroz Tsubouchi.
Tsubouchi, dono de um restaurante que começou a cultivar arroz em 2011, diz que a cevada poderia acabar se tornando mais lucrativa que o arroz, cujo consumo vem caindo em cerca de 80.000 toneladas ao ano no Japão, acompanhando a redução da população do país.
“Sou a pessoa mais feliz do mundo porque meu whisky, além de dar muito prazer às pessoas, também está criando um novo setor aqui e revigorando a agricultura”, disse Tsubouchi.
Relatos mostram por que é inadmissível homenagear a ditadura
Ao justificar o voto pelo impeachment da presidente Dilma Rousseff, o deputado Jair Bolsonaro (PSC-RJ) decidiu homenagear o coronel Carlos Alberto Brilhante Ustra.
Chefe do Destacamento de Operações Internas (DOI-Codi) de São Paulo entre 1970 a 1974, o militar foi o primeiro a ser reconhecido pela Justiça como torturador.
Em abril de 2015, a ministra do Supremo Tribunal Federal (STF), Rosa Weber, suspendeu uma das ações penais contra Ustra. Ela alegou ser necessário aguardar o julgamento da revisão da Lei de Anistia, pela própria Corte. O militar morreu de câncer em 15 de outubro de 2015.
Durante depoimento na Comissão Nacional da Verdade, Ustra negou ter cometido crimes e afirmou que os militares defendiam a democracia.
Dilma Rousseff
Em 2001, a presidente Dilma Rousseff contou detalhes de sessões de tortura às quais foi submetida quando presa em 1970. Ela foi colocada no pau de arara, tomou choques elétricos, apanhou de palmatória e foi submetida a socos.
“Uma das coisas que me aconteceu naquela época é que meu dente começou a cair e só foi derrubado posteriormente pela Oban (Operação Bandeirante). Minha arcada girou para outro lado, me causando problemas até hoje, problemas no osso do suporte do dente. Me deram um soco e o dente deslocou-se e apodreceu. Tomava de vez em quando Novalgina em gotas para passar a dor. Só mais tarde, quando voltei para São Paulo, o (capitão Benoni de Arruda) Albernaz completou o serviço com um soco arrancando o dente.”
Miriam Leitão
A jornalista Miriam Leitão foi uma das vítimas de tortura com animais, incluindo a utilização de uma jiboia pela equipe de interrogatório do DOI-CODI do I Exército, comandada pelo coronel Paulo Malhães. Ela foi colocada nua em uma sala com o animal.
“O homem de cabelo preto, que alguém chamou de Dr. Pablo, voltou trazendo uma cobra grande, assustadora, que ele botou no chão da sala, e antes que eu a visse direito apagaram a luz, saíram e me deixaram ali, sozinha com a cobra. Eu não conseguia ver nada, estava tudo escuro, mas sabia que a cobra estava lá. A única coisa que lembrei naquele momento de pavor é que cobra é atraída pelo movimento. Então, fiquei estática, silenciosa, mal respirando, tremendo. Era dezembro, um verão quente em Vitória, mas eu tremia toda. Não era de frio. Era um tremor que vem de dentro. Ainda agora, quando falo nisso, o tremor volta. Tinha medo da cobra que não via, mas que era minha única companhia naquela sala sinistra. A escuridão, o longo tempo de espera, ficar de pé sem recostar em nada, tudo aumentava o sofrimento. Meu corpo doía.”
Gilberto Natalini
Gilberto Natalini era médico, com orientação política à esquerda, apesar de sem filiação político-partidária. Ficou surdo em em razão dos choques que sofreu. Ele virou alvo dos militares por ser leitor do jornal da Molipo (Movimento de Libertação Popular).
“Pegaram-me e me jogaram para dentro do carro e me levaram para a rua Tutoia do DOI-CODI.(...) Então me levaram pra lá, me puseram na sala para me interrogar, (...) inclusive pelo coronel Ustra, ele me interrogou várias vezes, na sala, e a sala era muito pequena e escura, tinha umas lâmpadas assim no rosto da gente, então me torturaram nesse momento fisicamente, eu fui bastante pressionado psicologicamente, ameaçado de todas as formas pra dizer como é que eu tinha o contato com esse jornal.”
Amelinha
Integrante da Comissão de Familiares de Mortos e Desaparecidos Políticos, Maria Amélia de Almeida Teles teve os filhos raptados depois de ser presa com o marido, César, em dezembro de 1972.
“Tive os meus filhos sequestrados e levados para sala de tortura, na Operação Bandeirante. A Janaina com cinco anos e o Edson, com quatro anos de idade. [...] Inclusive, eu sofri uma violência, ou várias violências sexuais. Toda nossa tortura era feita [com] as mulheres nuas. Os homens também. Os homens também ficavam nus, com vários homens dentro da sala, levando choques pelo corpo todo. Inclusive na vagina, no ânus, nos mamilos, nos ouvidos. E os meus filhos me viram dessa forma. Eu urinada, com fezes. Enfim, o meu filho chegou para mim e disse: “Mãe, por que você ficou azul e o pai ficou verde?”. O pai estava saindo do estado de coma e eu estava azul de tanto... Aí que eu me dei conta: de tantos hematomas no corpo.”
Ana Rosa Kucinski
Militante da Ação Libertadora Nacional, Ana Rosa Kucinski Silva desapareceu com o marido, Wilson, em 22 de abril de 1974, nas proximidades da praça da República, em São Paulo, onde os dois haviam combinado de almoçar. Em depoimento à Comissão Nacional da Verdade, o ex-delegado Cláudio Guerra, relatou episódios de tortura.
“Ela estava em Petrópolis e ela foi muito torturada. Ela estava visivelmente... havia sido violentada. Com os órgãos genitais cheios de sangue e a roupa toda cheia de sangue.
Guerra foi responsável pelo transporte, no porta-malas de seu carro, dos corpos de Ana Rosa e Wilson, da Casa da Morte até a Usina Cambahyba, onde teriam sido incinerados
Explosão em complexo petroquímico no México deixa 30 feridos
Uma forte explosão ocorrida nesta quarta-feira em um complexo petroquímico da estatal Petroleos Mexicanos (Pemex) no porto de Coatzacoalcos, no leste do México, deixou pelo menos 30 feridos, informaram fontes oficiais.
A explosão aconteceu por volta das 15h30 (hora local, 17h30 de Brasília) na planta de Clorados 3 do complexo de Pajaritos e foi ouvida na maior parte do porto. Segundo as primeiras informações, pelo menos três funcionários ficaram feridos.
As autoridades emitiram um alerta à população de Coatzacoalcos para que evite sair de casa devido à presença, no ar, de compostos químicos que podem causar queimaduras na pele.
A Secretaria de Defesa Civil informou que há gases e cinzas derivados de fibra de vidro com cloroetanol, que surgem das chamas do local do acidente.
Com isso, foi fechada ao tráfego a estrada federal Coatzacoalcos-Villahermosa e a Ponte Coatzacalcos I, que liga a cidade ao resto da região.
"A Secretaria de Defesa Civil está em coordenação com as autoridades da Pemex", escreveu no Twitter o governador do estado de Veracruz, Javier Duarte, que acrescentou que já foram ativados todos os protocolos de emergência.
Usando a mesma rede social, a Pemex disse que estava atendendo a ocorrência "na planta Clorados 3 da empresa Petroquímica Mexicana de Vinilo (PMV), em Coatzacoalcos".
Em mensagem posterior, a companhia afirmou que "o acidente ocorreu na planta PMV, que é operada pela empresa Mexichem, com a qual a Pemex tem uma parceria".
"Lamentamos informar que, no momento, o número atualizado de feridos no acidente na planta Clorados 3 da empresa PMV é de 30", acrescentou.
No complexo de Pajaritos é elaborada uma ampla gama de produtos petroquímicos secundários, principalmente o monômero do cloreto de vinil, derivados do etileno e do cloro, assim como produtos da família das olefinas
Policiais são presos por cobrar "mesada" de comerciantes
Três policiais civis do 2º DP de Mogi das Cruzes, na Grande São Paulo, foram presos no final da tarde desta terça-feira, 19, acusados de cobrar "mesada" de um salário mínimo de comerciantes suspeitos de vender cigarros falsificados.
A prisão foi resultado de uma ação em conjunto da Corregedoria da Polícia Civil, Polícia Militar e Ministério Público Estadual (MPE).
Segundo as investigações, os policiais entraram em pelo menos três estabelecimentos comerciais, na região da Rodovia Prefeito Francisco Ribeiro Nogueira, em busca de cigarros falsificados.
Como a quantidade encontrada não era suficiente para um flagrante (menos de cinco maços), eles, segundo os corregedores, roubaram todo o dinheiro que havia nos caixas - cerca de R$ 300 reais por comércio - e disseram que voltariam no dia 30 para pegar o restante do valor que completasse um salário mínimo.
Em um último comércio, os policiais levaram o proprietário para o 2º DP junto com alguns maços de cigarro. Um morador viu a ação, imaginou que fossem criminosos se passando por investigadores e acionou a Polícia Militar.
Os PMs foram até o local e ouviram os relatos. Um morador fotografou a viatura dos investigadores e os PMs identificaram que se tratavam de verdadeiros policiais.
Enquanto isso, no 2º DP o comerciante detido foi liberado após dar dinheiro aos investigadores.
Os policiais civis ficaram sabendo da presença dos PMs na região e voltaram para o local dos comércios. Eles encontraram com os militares e um chegou a sacar a arma para o outro.
Os investigadores prenderam o comerciante que haviam acabado de liberar alegando que ele havia fugido da delegacia e saíram rapidamente do local.
Os PMs foram até o Ministério Público junto com as testemunhas. Os promotores ouviram os depoimentos e acionaram a Corregedoria da Polícia Civil.
Eles saíram do MPE e foram direto para o 2º DP de Mogi das Cruzes. Lá, prenderam os policiais Cristovão Bolanho de Faria, Flavio Augusto de Souza Batista e Paulo Sérgio de Melo, em flagrante por crime de extorsão.
Pelo fato de Bolanho ser cunhado do delegado seccional de Mogi das Cruzes, Marcos Batalha, o delegado corregedor preferiu levar os investigadores para serem autuados na sede da Corregedoria, na Rua da Consolação, na capital. Os presos negaram as acusações.
Relator do impeachment, Jovair Arantes é condenado pelo TRE
O Tribunal Regional Eleitoral de Goiás (TRE-GO) condenou o deputado Jovair Arantes (PTB-GO) ao pagamento de multa de R$ 25 mil pelo uso dos serviços de funcionário público em seu comitê de campanha eleitoral de 2014 durante o horário normal de expediente.
Jovair Arantes foi o relator do pedido de impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT) na Câmara. O deputado deu parecer favorável ao afastamento da petista.
A representação contra o deputado foi apresentada pelo Ministério Público Eleitoral. Segundo o TRE, a Lei das Eleições estabelece que o servidor só poderia trabalhar se estivesse licenciado. A Justiça concluiu que o servidor não estava licenciado.
O relator do processo, juiz Fabio Cristóvão, afirmou que policiais constataram a presença do servidor nas dependências do escritório político do deputado.
Para o magistrado, ficou comprovado que o funcionário público prestava serviços ao então candidato durante sua campanha eleitoral.
A denúncia aponta que o então presidente da Companhia Nacional de Abastecimento Rubens Rodrigues dos Santos cedeu um servidor para trabalhar no comitê de campanha do parlamentar.
Rubens Rodrigues dos Santos, desde 2015 vice-presidente de Operações Corporativas da Caixa Econômica Federal, afirmou à Justiça que o local citado na denúncia não corresponde ao Comitê de Jovair e, sim, ao escritório de representação parlamentar.
Ele foi inocentado no caso. Segundo Rubens, não há provas nos autos que o servidor da Conab tenha prestado qualquer serviço ao deputado.
Rubens dos Santos é ligado ao PTB, legenda de Jovair Arantes. Sua nomeação para o Conab, em fevereiro de 2012, foi considerada uma vitória do deputado federal Jovair Arantes, que garantiu o cargo para o partido após a saída de Evangevaldo Moreira, após desgastes provocados por denúncias sobre participação em fraude no exame da OAB em Goiás.
Defesa
O advogado Hyulley Machado, que defende o deputado Jovair Arantes, afirmou que respeita a decisão da Justiça, mas não concorda.
"Vamos fazer o recurso, estamos aguardando a publicação da decisão. Será proposto o recurso em razão principalmente dos documentos juntados nos autos, que foram analisados por outros prismas. O juiz considerou que o servidor teria prestado serviços (ao deputado). Nem de forma indireta isso ocorreu", disse.
"Ele (o servidor) esteve no escritório político e não no Comitê. Ele estava de atestado médico, ausência anual permitida pelo Conab por 5 dias e estava de férias no período. Isto está documentado nos autos. Respeitamos a decisão, mas não concord
Temer quer Meirelles, Pedro Parente e Roberto Brant
Nas reuniões em que monta seu possível governo, o vice-presidente Michel Temer tem dito que seu ministro da Fazenda terá de ser um nome “autoexplicativo”. Segundo interlocutores de Temer, candidatos como Murilo Portugal, Paulo Hartung e Tasso Jereissati não se encaixam nessa categoria e, portanto, correm por fora.
Após a hesitação de Arminio Fraga, seu favorito é mesmo Henrique Meirelles, que foi presidente do Banco Central por oito anos. Para ajudar a convencê-lo, Temer dará a Meirelles voz na escolha da equipe econômica, do goleiro (Planejamento) ao ponta-esquerda (BNDES).
Por sugestão do senador José Serra, o executivo e ex-ministro Pedro Parente entrou para a lista de cotados para um governo Temer. A sugestão inicial era convidar Parente para presidir a Petrobras, mas seu nome passou a ser cotado para outros cargos, entre eles o da Casa Civil.
Caso Temer assuma, caberá ao mineiro Roberto Brant, ex-ministro de Fernando Henrique Cardoso, coordenar a agenda de reformas tidas como prioritárias, como a trabalhista e a previdenciária. Brant foi um dos autores do documento Uma Ponte para o Futuro, em que o PMDB traçou um programa econômico com tintas liberais.
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