Tribus Fm 87.9

quinta-feira, 3 de março de 2016

Expansão da energia limpa no Brasil perde força

Energia eólica

A indústria de energia renovável do Brasil deverá sofrer um revés neste ano. Isso porque a economia em crise faz o crédito desaparecer, limita a demanda por energia e ameaça as novas linhas de transmissão necessárias para conectar projetos à rede.

Após anos de crescimento, que transformaram o Brasil no 10º maior mercado eólico do mundo, o setor está revisando para baixo o montante da nova capacidade esperada para 2016, juntamente com o número de novos projetos eólicos que deverão receber contratos em leilões do governo.

A presidente Dilma Rousseff enfrenta uma série de problemas, entre os quais o vírus Zika, a taxa de inflação, que subiu para 10,8 por cento, e a desvalorização de 35 por cento do real nos últimos 12 meses. 

A expansão do setor de energia limpa tem sido uma das poucas agendas positivas do governo, que estabeleceu metas de crescimento ambiciosas para ampliar a capacidade de geração sem aumentar a poluição por combustíveis fósseis. 

É possível que seja mais difícil atingir essas metas agora, segundo Marcelo Girão, chefe da área de energia do setor de financiamento de projetos do Itaú BBA.

“Há nuvens no caminho da energia renovável agora”, disse Girão em entrevista. “O setor está no topo da lista de prioridades do governo brasileiro e tem progresso a mostrar, mas a receita que temos para as renováveis pode ser menos efetiva em um ambiente mais cinzento”.

Os novos contratos de energia limpa nos leilões provavelmente não chegarão a 2 gigawatts neste ano, segundo Helena Chung, analista da Bloomberg New Energy Finance em São Paulo. 

Essa quantidade mostraria uma estabilização do crescimento nos últimos dois anos e representaria menos da metade dos 4,6 gigawatts em novos contratos eólicos de 2013.

A New Energy Finance revisou sua projeção para a entrada em operação de novos parques eólicos em fevereiro. 

Cerca de 3 gigawatts em capacidade de projetos já em desenvolvimento serão conectados à rede neste ano, 1 gigawatt a menos que a estimativa anterior.

A energia eólica teve uma forte expansão no Brasil, atingindo 9 gigawatts de capacidade instalada no ano passado, a maior da América Latina e a 10a no mundo. 

Em 2013, a capacidade total era de um terço disso, segundo a Abeeólica, a associação do setor no país.

O governo está ajudando a impulsionar esse crescimento e estabeleceu uma meta no ano passado de obter 23 por cento da energia do Brasil por meio de fontes renováveis até 2030 como parte do esforço de combate à mudança climática. 

As energias solar, eólica e da biomassa responderam por 9 por cento da geração total do Brasil em 2014.

O Brasil também se comprometeu, em junho, a reduzir as emissões de carbono em 37 por cento até 2025 na comparação com 2005.

“Estou preocupada”, disse Chung, da BNEF. “O governo brasileiro se negou a dar mais incentivos à energia renovável, assim como vem negando a outros setores. Isso tem muito a ver com a crise econômica e a desaceleração do setor de energia pode enviar um sinal ruim ao mercado”.

Classificações junk

O financiamento também será um desafio depois de a Moody’s Investors Service reduzir a classificação de crédito do Brasil em dois níveis na semana passada, tirando do país sua última nota com grau de investimento. 

A Standard Poor’s e a Fitch Ratings já haviam cortado seus ratings para níveis junk depois que a queda dos preços das commodities de exportação e um escândalo de corrupção histórico levaram a economia brasileira à contração mais aguda em mais de um século.

“O dinheiro está mais caro e a régua de crédito, mais alta”, disse Girão, do Itaú. “Os mercados de capitais estão restritivos. Nossos desembolsos vinham numa crescente, mas agora vão começar a descer a ladeira”.

A Empresa de Pesquisa Energética do governo brasileiro, conhecida como EPE, planeja três leilões de energia neste ano. Foram realizados sete em 2015, quando o Brasil enfrentou uma seca recorde que esvaziou os reservatórios mais importantes do país e reduziu a geração hidrelétrica.

“O problema agora é a queda da demanda de energia devido à contração da economia”, disse Maurício Tolmasquim, presidente da EPE, por telefone, do Rio de Janeiro. 

“As distribuidoras que compram energia em muitos leilões já têm a capacidade que precisam. Nos próximos leilões certamente veremos uma baixa demanda por energia”.

“É difícil quantificar o tamanho da desaceleração econômica do Brasil e isso gera um ambiente de incertezas”, disse Lucas Araripe, diretor de novos negócios da desenvolvedora Casa dos Ventos Energias Renováveis, em entrevista por telefone. “Há um ajuste no curto prazo sobre o qual realmente ninguém sabe ainda”.

Outro desafio é a expansão das linhas de transmissão, necessária para conectar projetos de energia limpa à rede. 

Cerca de 220 projetos de linhas de energia estavam com cronograma atrasado até dezembro, cerca de 60 por cento da capacidade total em desenvolvimento, segundo um documento da reguladora do setor de energia do Brasil, a Aneel. As dificuldades para obtenção de licenças ambientais provocaram a maioria dos atrasos, segundo o documento.

“Não há forma de aumentar a geração de energia sem linhas de transmissão”, disse Girão.

O governo poderá conter parte do declínio neste ano por meio de um leilão de reserva, segundo Tolmasquim. 

Nesse tipo de leilão o governo compra capacidade para garantir a estabilidade do sistema energético. A EPE está planejando um, mas não há data estabelecida.

“O setor de energia renovável no Brasil não é imune à crise, mas é resiliente”, disse Tolmasquim. “Este é um dos setores menos prejudicados pela crise”

Google cria mapa para prever surtos de zika no Brasil

Mosquito Aedes Aegypti, transmissor da dengue

 O Google divulgou hoje (3) uma iniciativa para ajudar a conter a propagação do vírus zika no Brasil e na América Latina. A empresa fechou uma parceria com a Unicef para construir uma plataforma de mapeamento de dados a fim de visualizar possíveis surtos da doença.

A ferramenta reúne várias fontes, incluindo informações meteorológicos e padrões de viagens. “O grande objetivo desta plataforma de código aberto é identificar o risco de transmissão da zika para diferentes regiões e ajudar a Unicef, governos e ONGs a decidir como e onde concentrar seu tempo e recursos”, explica a empresa em seu blog oficial.

Além dessa parceria, a gigante da tecnologia também doou um milhão de dólares para a Unicef, que serão utilizados para o desenvolvimento de uma vacina contra o vírus, a erradicação do mosquito e campanhas de sensibilização.

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Mais informações 

Com a finalidade de auxiliar seu usuário final, o Google também anunciou hoje uma campanha online que visa proporcionar informações mais completas sobre o vírus. A ferramenta é um quadro com dados sobre sintomas, além de alertas de saúde pública que podem ser atualizados à medida em que estiverem disponíveis.

Para receber as informações sobre o vírus, o usuário precisa apenas digitar o termo “zika” no buscador do Google. Todas as referências estarão disponíveis em 16 idiomas e impactarão mais de 200 milhões de pessoas na América Latina e no Brasil. 

Segundo a companhia, houve um aumento de 3000% no interesse de pesquisa em torno da zika desde outubro de 2015. 

 O Google divulgou hoje (3) uma iniciativa para ajudar a conter a propagação do vírus zika no Brasil e na América Latina. A empresa fechou uma parceria com a Unicef para construir uma plataforma de mapeamento de dados a fim de visualizar possíveis surtos da doença.

A ferramenta reúne várias fontes, incluindo informações meteorológicos e padrões de viagens. “O grande objetivo desta plataforma de código aberto é identificar o risco de transmissão da zika para diferentes regiões e ajudar a Unicef, governos e ONGs a decidir como e onde concentrar seu tempo e recursos”, explica a empresa em seu blog oficial.

Além dessa parceria, a gigante da tecnologia também doou um milhão de dólares para a Unicef, que serão utilizados para o desenvolvimento de uma vacina contra o vírus, a erradicação do mosquito e campanhas de sensibilização.

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Mais informações 

Com a finalidade de auxiliar seu usuário final, o Google também anunciou hoje uma campanha online que visa proporcionar informações mais completas sobre o vírus. A ferramenta é um quadro com dados sobre sintomas, além de alertas de saúde pública que podem ser atualizados à medida em que estiverem disponíveis.

Para receber as informações sobre o vírus, o usuário precisa apenas digitar o termo “zika” no buscador do Google. Todas as referências estarão disponíveis em 16 idiomas e impactarão mais de 200 milhões de pessoas na América Latina e no Brasil. 

Segundo a companhia, houve um aumento de 3000% no interesse de pesquisa em torno da zika desde outubro de 2015. Você pode visualizar essa evolução no quadro abaixo:

7 supostos relatos de Delcídio que abalaram Brasília hoje

Delcídio Amaral (PT-MS)

 As supostas revelações do senador Delcídio do Amaral (PT-MS) para a a Procuradoria Geral da República (PGR) estremeceram Brasília hoje e fizeram a presidente Dilma Rousseff se trancar em reunião com os ministros Jaques Wagner (Casa Civil) e José Eduardo Cardozo (Advocacia-Geral da União), além de gerar uma saraivada de reações de petistas. 

Nesta tarde, Delcídio negou, em nota, reconhecer a autenticidade dos documentos apresentados pela revista IstoÉ e não confirmou o teor das acusações elencadas pela reportagem. 

As revelações supostamente feitas pelo senador são graves.

Se confirmadas, podem levar as investigações da Operação Lava Jato ao Palácio do Planalto - cenário mais temido pelo governo Dilma.

Segundo reportagem da revista IstoÉ, Delcídio teria dito que a presidente Dilma Rousseff e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva teriam interferido na apuração do esquema de corrupção da Petrobras.

Mas isso não é tudo. Veja, abaixo, os supostos relatos do senador, que foi preso em novembro passado acusado, veja só, de atrapalhar o andamento das investigações da Lava Jato. 

1. Dilma teria interferido na Operação Lava Jato

De acordo com os documentos obtidos pela revista, a presidente e o ex-ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, teriam tentado interferir em três ocasiões na Lava Jato.

Na manobra, Dilma teria nomeado o ministro Marcelo Navarro ao Supremo Tribunal de Justiça (STJ) para impedir a prisão de empreiteiros denunciados na operação. A pedido da presidente, o acordo para livrar os envolvidos teria sido firmado entre Delcídio e Navarro durante uma reunião no Palácio do Planalto.

2. Dilma teria conhecimento dos desvios de recursos de Pasadena

Em 2006, ainda como presidente do Conselho de Administração da Petrobras, Dilma teria conhecimento que, por trás da compra da Refinaria de Pasadena nos Estados Unidos, havia um esquema de desvio superfaturado de 792 milhões de dólares.

A presidente alega que desconhecia as cláusulas que desfavoreciam a estatal.  “Delcídio esclarece que a aquisição de Pasadena foi feita com o conhecimento de todos. Sem exceção”, diz o trecho da delação publicado pela revista.

3. Cerveró na Petrobras teria sido indicação da presidente

De acordo com Delcídio, Dilma teria participado diretamente da nomeação de Nestor Cerveró para o cargo de Diretor Financeiro da BR Distribuidora, subsidiária da estatal. 

Antes de ser indicado para a diretoria da BR, Cerveró atuava como diretor internacional da Petrobras, mas perdeu o cargo em 2008. Para mantê-lo em um posto estratégico da estatal, Dilma teria realizado essa manobra.

4. Campanha de Dilma em 2010 teria recebido recursos em caixa dois

O senador diz que a campanha eleitoral da presidente em 2010 foi “uma das maiores operações de caixa 2”, diz a publicação.

Segundo ele, o empresário Adir Assad, preso por fraude, desvio de dinheiro e corrupção na Petrobras, foi o responsável pelo esquema.

O tesoureiro do Partido dos Trabalhadores (PT) teria firmado contratos com as empresas do empresário que repassava os recursos para a campanha da presidente.

A ação, descoberta posteriormente na CPI dos Bingos, teria sido maquiada pelo governo com ajuda de sua base de apoio no Congresso, diz a revista.

5. Lula teria conhecimento de tudo e teria interferido na Lava Jato

O ex-presidente, segundo depoimento na delação obtida pelo veículo, sabia de todo o esquema de corrupção instalado na Petrobras. E para controlar as investigações, teria pagado mesadas para calar as testemunhas.

Delcídio diz que ele fez pagamentos em dinheiro para o ex-diretor da Petrobras  Nestor Cerveró com o intuito de que ele não delatasse o seu amigo e pecuarista José Carlos Bumlai – envolvido no esquema superfaturado da compra de sondas feita pela Petrobras.

“Lula pediu expressamente a Delcídio do Amaral para ajudar o Bumlai porque supostamente ele estaria implicado nas delações de Fernando Soares e Nestor Cerveró”, diz o texto publicado pela IstoÉ.

6. Marcos Valério teria recebido um “cala a boca” de Lula 

Em 2006, com ajuda do ex-ministro da Fazenda e da Casa Civil, Antonio Palocci, Lula teria pago 220 milhões de reais para que Marcos Valério ficasse quieto sobre o processo do mensalão.

7. Suborno para não entrar na mira da CPI da Petrobras

De acordo com Delcídio, os senadores Gim Argello (PTB) e Vital do Rego (PMDB) e os deputados Marco Maia (PT) e Fernando Francischini (SD) exigiam pagamentos aos empreiteiros para que não fossem convocados na CPI da Petrobras, que investigava o esquema de corrupção na estatal.

O outro lado

"O ex-presidente Lula jamais participou, direta ou indiretamente, de qualquer ilegalidade, seja nos fatos investigados pela operação Lava Jato, ou em qualquer outro, antes, durante ou depois de seu governo", afirmou o Instituto Lula em nota. 

O ministro José Eduardo Cardozo negou a acusação de Delcídio publicada pela revista. “O senador Delcídio, lamentavelmente, depois de todos os episódios não tem credibilidade para fazer nenhuma afirmação”, diz.

Em post na rede social Facebook, Francischini chama Delcídio de mal caráter e o desafia a provar o que diz em sua acusação.

Oposição quer incluir reportagem em pedido de impeachment

Presidente Dilma Rousseff durante reunião em Brasília, dia 28/01/2016

Os partidos de oposição decidiram apresentar, na segunda-feira (7), um aditamento ao pedido de impeachment da presidenta Dilma Rousseff, que já está em andamento na Câmara dos Deputados.

O aditamento será para acrescentar ao pedido as informações publicadas pela revista IstoÉ. De acordo com reportagem da revista, o  senador Delcídio do Amaral (PT-MS) firmou um acordo de delação premiada.

A reportagem da revista diz que o senador acusou a presidente Dilma e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva de terem conhecimento do esquema de corrupção na Petrobras.

“Se confirmadas todas essas denúncias que a revista IstoÉ traz hoje, nós estamos vivendo o momento mais grave de toda essa crise moral por que passa o país”, disse o presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves (MG).

Segundo Aécio, o aditamento será feito com a assinatura dos juristas Miguel Reale, Hélio Bicudo e Janaína Paschoal, autores do pedido original de impeachment que foi acatado pelo presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha.

"Em especial o capítulo que fala da possível interferência da presidente da República no processo de investigação da Lava Jato, com a nomeação direcionada de ministros do STJ [Superior Tribunal de Justiça]”, disse o senador.

A nomeação direcionada a qual se refere Aécio Neves seria a de Marcelo Navarro, de acordo com a reportagem da IstoÉ. Segundo o texto, na delação, Delcídio teria contado que a presidenta nomeou Navarro com a condição de ele votar pela soltura dos presidentes da Odebrecht, Marcelo Odebrecht, e da Andrade Gutierrez, Otávio Marques de Azevedo. Os dois foram presos na Operação Lava Jato.

A oposição decidiu também acionar o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que analisa atualmente pedido de impugnação da chapa que ganhou as eleições presidenciais em 2014, formada pela presidente Dilma e o vice Michel Temer.

“Vamos dar ciência formalmente ao TSE dessas informações para que ele também possa aprofundar nas investigações da sua consistência, da sua veracidade”, disse Aécio.

O presidente do PSDB também voltou a defender o afastamento do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ) – que virou réu no Supremo Tribunal Federal em processo relacionado a denúncias da Lava Jato – , mas disse que “seria um absurdo é que as questões que envolvem o presidente da Câmara, Eduardo Cunha, impedissem a Câmara dos Deputados de cumprir a sua prerrogativa constitucional”.

“Cabe, pela Constituição, à Câmara dos Deputados avaliar, aprovar ou não o início do processo de impeachment. Isso é responsabilidade da Câmara. Questões que envolvam qualquer um dos seus membros e o presidente não podem impedir a Câmara de cumprir seu papel constitucional. É isso que nós estaremos cobrando”, disse.

Vale estuda acabar com pagamento antecipado de dividendos

1 - Vale

 A mineradora Vale estuda acabar com a política de pagamento antecipado de dividendos.

A ideia é tornar as regras mais flexíveis, compatíveis com um novo cenário de volatilidade da cotação do minério de ferro, afirmou o diretor de Relações com Investidores, Rogério Nogueira, que nesta quinta-feira, 3, participou de seminário promovido pela Associação dos Analistas e Profissionais de Investimento do Mercado de Capitais (Apimec).

Hoje, a Vale calcula o retorno aos acionistas em cima de uma projeção anual do preço do minério de ferro, e paga os dividendos antes do fechamento do ano, em outubro.

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Com as oscilações da cotação, no entanto, a empresa tem dificuldade de fazer essa projeção e antecipar o pagamento, disse Nogueira.

Os detalhes da nova política de pagamento de dividendos ainda estão em análise e vão ser levados para a próxima reunião do conselho de administração da empresa, marcada para acontecer em abril.

No mesmo mês, também devem ser encaminhados à Assembleia Geral Extraordinária (AGE). Se a decisão de não antecipar o pagamento for aprovada, os efeitos aparecerão na contabilidade da mineradora ainda em 2016.

App promete ajudar deficientes visuais a "verem" o mundo

O app Aipoly Vision: ferramenta faz uma leitura de elementos através da câmera do celular e os descreve em um áudio
 Muito se fala sobre a tecnologia como a grande vilã das relações pessoais, aquela que veio para acabar de vez com a proximidade "real" entre as pessoas, e em certa medida, dependendo do ponto de referência, os avanços tecnológicos de fato podem mesmo ser causadores de pequenas catástrofes como um transformar a boa e velha conversa de bar em um monólogo.
É inegável, no entanto, que dominar a técnica é, desde sempre, a melhor forma de facilitar a vida do ser humano.
Um exemplo de como utilizar a tecnologia para este fim é o Aipoly Vision, um aplicativo que promete ajudar deficientes visuais a "enxergarem" o mundo a sua volta.
Compatível com dispositivos iOS, a ferramenta faz uma leitura de elementos através da câmera do celular e os descreve em um áudio aos usuários.
A promessa do app é reconhecer e transmitir os objetos para ajudar no dia a dia de pessoas cegas com um intervalo de tempo de três segundos, como demonstrado no vídeo abaixo. Confira:

Alta da Gol com especulação pode ter aterrissagem dura

Avião da GOL Linhas Aéreas manobra na pista do Aeroporto Santos Dumont, no Rio de Janeiro

Os investidores se lançaram vorazmente às ações da Gol Linhas Aéreas Inteligentes depois que o Brasil permitiu o aumento da participação de companhias estrangeiras nas empresas aéreas locais, mas a euforia pode durar pouco.

A Gol, maior empresa aérea do Brasil em participação de mercado, subiu com a especulação de que a Delta Air Lines, que tem sede em Atlanta, EUA, e já possui 9,5 por cento da companhia, poderia ampliar sua participação para até 49 por cento. 

A pesada dívida da Gol e a perspectiva da pior recessão brasileira em mais de um século limitam o entusiasmo.

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Em setembro, a Delta atuou como fiadora da Gol em um empréstimo a prazo de US$ 300 milhões. 

Com um aumento de participação para um nível mais próximo da tomada de controle, a empresa aérea dos EUA teria que assumir mais US$ 4,5 bilhões em compromissos -- cerca de US$ 2,5 bilhões em dívidas, mais US$ 2 bilhões em leasings de aviões, segundo Savanthi Syth, analista da Raymond James Financial.

“A parceria com a Gol é importante para a Delta e eu acredito que a Delta queira ver a Gol sem problemas de liquidez”, disse Syth. 

“Eles vêm encontrando maneiras de ajudar a Gol, mas claramente no curto prazo eles não parecem ter interesse em aumentar o nível de participação para o máximo possível”.

A Delta disse por e-mail que “respeita as iniciativas estudadas pelo governo brasileiro” e que preferia não fazer comentário adicionais. 

A Gol disse que recebeu a notícias sobre a mudança “positivamente”.

Aumento recorde

A Gol subiu mais de 50 por cento em 1o de fevereiro, maior alta da história, quando surgiu a notícia de que o governo estava planejando ampliar o limite. 

Na quarta-feira, a presidente Dilma Rousseff sancionou uma medida provisória permitindo que empresas estrangeiras sejam donas de até 49 por cento de uma empresa aérea brasileira, contra 20 por cento atualmente. 

As ações subiram 21 por cento, para R$ 2,73, em São Paulo, nível mais alto desde 21 de dezembro.

O Brasil está procurando atrair investimentos para as empresas aéreas domésticas, que passam por dificuldades em um momento em que a pior contração desde pelo menos 1901 reduz a demanda por viagens aéreas, especialmente entre viajantes executivos bem remunerados. 

As empresas aéreas, cujos custos com combustível e leasing de aeronaves normalmente são fixados em dólares, também sofreram o impacto da desvalorização de 33 por cento do real no ano passado.

“O cenário sombrio para as empresas aéreas no Brasil não mudou”, disse Pedro Paulo Silveira, economista-chefe da corretora Nova Futura. 

“No longo prazo, a medida poderia ajudar o setor no país, mas por enquanto é melhor manter a cautela”.

Audiência pública

O aumento do investimento estrangeiro permitido, que entrou em vigor na quarta-feira, é válido por 120 dias. Durante esse período, a Câmara dos Deputados e o Senado precisariam aprová-lo para transformá-lo em lei.

O Ministério da Aviação Civil e a agência reguladora Anac criaram uma força-tarefa para propor outras mudanças regulatórias para ajudar a reduzir as despesas das empresas aéreas e a atrair outras operadoras de baixo custo. 

As medidas, que a força-tarefa irá propor em duas semanas, serão posteriormente submetidas à aprovação pública.

Entre as mudanças estudadas estão a eliminação da exigência de as empresas aéreas acomodarem passageiros e pagarem suas despesas quando os voos são cancelados devido a problemas climáticos ou a outros fatores não diretamente controlados pelas operadoras.

Facebook pode bloquear nomes falsos, decide tribunal alemão

Pessoa usando smartphone em frente ao logo do Facebook

 O Facebook pode impedir que seus usuários usem nomes falsos, disse um tribunal alemão nesta quinta-feira, derrubando um pedido anterior da autoridade de proteção de dados de Hamburgo.

O Facebook tem argumentado há tempos que a política de nomes reais garante que as pessoas conheçam quem estão compartilhando e se conectando e as protege de abusos da internet amplamente aberta.

A autoridade de proteção de dados de Hamburgo, que é responsável por fiscalizar o Facebook na Alemanha, disse em julho que o Facebook não poderia alterar os nomes escolhidos por usuários unilateralmente para seus nomes reais, nem poderia solicitar sua identificação oficial.

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Uma mulher havia se queixado ao órgão regulador de Hamburgo após o Facebook bloquear sua conta por usar um pseudônimo, solicitando uma cópia de alguma identificação e alterar o nome de usuário escolhido por ela unilateralmente para seu nome verdadeiro.

Forçar usuários a usar seus nomes reais violaria seus direitos de privacidade, disse o órgão regulador.

O Tribunal Administrativo de Hamburg decidiu que o Facebook não precisava implementar a ordem no momento, uma vez que sua sede na Europa é na Irlanda e, portanto, teria que obedecer somente à lei irlandesa.

Um porta-voz do Facebook disse que não poderia comentar imediatamente.

Dilma divulga novamente documento esclarecendo caso Pasadena

Presidente Dilma Rousseff durante cerimônia no Palácio do Planalto, em Brasília

 A presidente Dilma Rousseff mandou divulgar um esclarecimento sobre a compra da refinaria de Pasadena pela Petrobras, nos Estados Unidos, para contestar a tese de que ela tinha conhecimento das irregularidades no processo.

Com a revelação da suposta delação do senador Delcídio Amaral nesta quinta-feira, 03, as acusações sobre conivência de Dilma, à época presidente do Conselho de Administração da estatal, vieram novamente à tona.

O documento, de nove páginas, é o mesmo enviado à Procuradoria-Geral da República (PGR) em abril de 2014, no qual o governo se defendia da decisão da compra da refinaria.

Segundo interlocutores, a decisão de Dilma de se manifestar especificamente sobre o tema reforça como o assunto "toca" a presidente que, segundo assessores, "tem certeza da correção no trato e nas negociações".

No documento divulgado pela assessoria de imprensa, o governo destaca que a compra da refinaria foi realizada pelo diretor Internacional da empresa, Nestor Cerveró, e teve como objetivo "expandir os negócios da Área Internacional nos EUA e agregar valor ao excedente de petróleo Marlim exportado pela Companhia, em alinhamento com os objetivos fixados no Planejamento Estratégico Petrobras 2005-2015".

O texto destaca ainda que o Conselho de Administração da Petrobras decidiu, por unanimidade, autorizar a empresa a adquirir, por intermédio da Petrobras America Inc. - PAI, 50% dos bens e direitos da Pasadena Refining System Inc. - PRSI; e participar, através da PAI, com 50% na PRSI Trading Company, LP, empresa a ser constituída."

A nota enviada à PGR em 2014 destaca ainda que dentre os membros do Conselho estavam "renomados economistas e empresários, com amplo prestígio e experiência no mercado, sem qualquer vinculação com o Governo federal".

À época, o Conselho de Administração era composto por Dilma e por: Antonio Palocci Filho, Cláudio Luiz da Silva Haddad, Gleuber Vieira, Fabio Colletti Barbosa, José Sérgio Gabrielli Azevedo, Arthur Antonio Sendas, Jaques Wagner e Jorge Gerdau Johannpeter.

"Sendo que os últimos três não estavam presentes à referida reunião de 03.02.2006, mas acompanharam o desenrolar do processo de aquisição ao longo do período de seu mandato no Conselho", explica o texto.

A nota diz ainda que a cláusula "put option" foi inserida em favor da Astra Oil, para a saída do negócio, "sem o conhecimento do Conselho de administração".

"Assim, no caso de impasse insuperável entre os sócios, a Astra Oil poderia, exercendo a cláusula put option, sair da sociedade, em condições não informadas ao Conselho".

Segundo a explicação do governo, o Conselho não teve conhecimento sobre as referidas cláusulas e não autorizou a aquisição voluntária da participação dos 50% restantes das ações da Refinaria de Pasadena.

"Fica claro que o Conselho de Administração não tinha como ter conhecimento dos fatos e, portanto, agiu inteiramente dentro da legalidade", diz a nota.

O texto divulgado traz ainda a resposta do procurador-geral, Rodrigo Janot, afirmando na época que não era possível qualificar o mau negócio como delito.

"Ainda que esteja diante de uma avença mal sucedida e que importou, aparentemente, em prejuízos à companhia, não é possível imputar o cometimento de delito de nenhuma espécie aos membros do Conselho de Administração, mormente quando comprovado que todas as etapas e procedimentos referentes ao perfazimento do negócio foram seguidos", avaliou Janot.

Delação

De acordo com a revista IstoÉ, o senador Delcídio Amaral teria dito em delação premiada que a presidente Dilma Rousseff tinha conhecimento das irregularidades envolvendo a compra da refinaria nos Estados Unidos: "Dilma Rousseff, como então presidente do Conselho de Administração da Petrobras, tinha pleno conhecimento de todo o processo de aquisição da Refinaria de Pasadena e de tudo o que este encerrava", disse o senador, segundo a revista.

"A alegação de Dilma de que ignorava o expediente habitualmente utilizado em contratos desse tipo, alegando desconhecimento de cláusula como put option, absolutamente convencional, é, no mínimo, questionável. Da mesma forma, discutir um revamp (aumento de capacidade) de refinaria que nunca ocorreu, é inadmissível. A tramitação do processo de aquisição de Pasadena durou um dia entre a reunião da Diretoria Executiva e o Conselho de Administração".

Delcídio afirmou ainda que esclarece que a aquisição de Pasadena "foi feita com o conhecimento de todos. Sem exceção".

Empreiteiro da OAS é interrogado sobre tríplex, mas se cala

Condomínio Solaris no Guarujá onde Lula supostamente teria um triplex, 27 de janeiro de 2016

 O empreiteiro Léo Pinheiro, da OAS, ficou em silêncio nesta quinta-feira, 3, diante dos promotores de Justiça que investigam o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o tríplex do Condomínio Solaris, no Guarujá.

Pelo menos 70 perguntas foram feitas ao empresário, mas ele se calou.

Os promotores investigam se o ex-presidente é o verdadeiro proprietário do imóvel no litoral. A defesa do petista nega.

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O inquérito mostra que a construção do Solaris, inicialmente, era de responsabilidade da Cooperativa Habitacional dos Bancários do Estado de São Paulo (Bancoop).

Depois, o empreendimento foi assumido pela OAS, empreiteira alvo da Operação Lava Jato por formação de cartel na Petrobras entre 2004 e 2014. Léo Pinheiro é próximo de Lula e da família do petista.

Em Curitiba, base da missão Lava Jato, os procuradores e a Polícia Federal investigam se a OAS bancou reformas e melhorias no sítio Santa Bárbara, localizado no município de Atibaia (SP) e frequentado por Lula e familiares.

Em São Paulo, promotores criminais do Ministério Público do Estado investigam o tríplex do Guarujá. Eles pretendiam tomar o depoimento de Lula nesta quinta, 3, mas o ex-presidente não atendeu a intimação e mandou explicações por escrito.

Léo Pinheiro já é réu da Lava Jato. Em uma ação penal ele pegou 16 anos e quatro meses de prisão por corrupção e lavagem de dinheiro.

Atualmente, ele admite fazer delação premiada, ante a iminência de ir para a prisão se o Tribunal Regional Federal da 4.ª Região (TRF4) confirmar a sentença imposta pelo juiz Sérgio Moro, da Lava Jato.

"Tá Tranquilo, Tá Favorável" é tema de comercial da Renault

O comercial "Tá Tranquilo, Tá Favorável" exibe o ator Alexandre Nero, que circula pela linha de montagem da fábrica da Renault
  A música pode ser uma carta na manga da propaganda, ela pode popularizar uma campanha ou até mesmo fazê-la marcar época.
Mas como jingles não nascem todos os dias, a publicidade sabe a importância de adotar os hits da temporada.
O último exemplo não poderia ser mais óbvio. O funk "Tá Tranquilo, Tá Favorável", de Mc Bin Laden, é o tema da mais recente ação de varejo da montadora Renault, intitulada "Feirão de Fábrica Extraordinário".
Assinado pela Neogama, o comercial "Tá Tranquilo, Tá Favorável" exibe o ator Alexandre Nero que circula pela linha de montagem da fábrica da Renault, em São José dos Pinhais, anunciando a nova condição comercial da montadora: preço de nova fiscal de fábrica mais taxa zero, valendo em todo o Brasil.
Em seguida, o hit é tocado enquanto clientes dançam a vibram que "tá tranquilo, tá favorável".
A campanha tem veiculação nacional e está sendo exibida em TV aberta, digital, mídia impressa e ações de PDV.

Pedidos de falência em SP sobem 28% no bimestre, diz ACSP

Placa de fechado, falência

 A quantidade de solicitações de falência na cidade de São Paulo aumentou 28% no primeiro bimestre de 2016 ante o mesmo período do ano passado, segundo a Associação Comercial de São Paulo (ACSP).

Nos dois primeiros meses do ano, os pedidos de falência totalizaram 50, sendo 20 em janeiro e 30 em fevereiro. No ano passado, foram 39 requerimentos, dos quais 19 em janeiro e 20 em fevereiro.

"Até quando os pedidos de falência continuarão a subir dependerá de quanto tempo a crise vai durar. Portanto, temos que começar a resolver os problemas políticos e econômicos do país o mais rapidamente possível, evitando o prolongamento dessa situação", avaliou o presidente da ACSP, Alencar Burti.

O número divulgado pela ACSP é coletado com base em dados de cartórios da cidade.

50% das vítimas de homicídio nos EUA é negra, mostra estudo

Manifestantes protestam após decisão de júri de não indiciar policial que matou jovem negro nos EUA

 Um estudo divulgado nesta quinta-feira pela organização "Violence Policy Center" revelou que a metade das vítimas de homicídio nos Estados Unidos é negra e, delas, 7% tem menos de 18 anos.

De acordo com a ONG, que considera que se trata de um problema com características de "crise nacional", o foco dos esforços para reduzir os números de homicídios nos Estados Unidos passa por "reduzir o acesso e a exposição às armas de fogo".

O estudo, segundo a VPC, foi elaborado a partir dos dados mais recentes do FBI sobre o tema, contidos no "Relatório Suplementar de Homicídios" até agora não publicado e correspondente ao ano de 2013.

Nesse ano, 6.217 negros foram vítimas de homicídio, o que significa 16,91 para cada 100 mil habitantes, enquanto no caso dos brancos a taxa foi de 2,54 para cada 100 mil.

A taxa nacional de homicídios foi em 2013 nos Estados Unidos de 4,27 por 100 mil. A maioria das vítimas é homem (87%) e a idade média é 31 anos.

Para a VPC, esses números mostram a "devastação" que os homicídios estão causando entre os adultos e as crianças negras, uma comunidade à qual pertence 13% da população do país.

Ao todo, 84% dos homicídios de negros que se tem conhecimento foram cometidos com arma de fogo. Em 72% dos casos o autor do crime era alguém conhecido da vítima.

Na metade dos casos contabilizados em 2013 nos quais a vítima era negra houve uma discussão antes. Dos 6.217 negros assassinados em 2013, 140 o FBI classifica como "justificado" pela lei, ou seja, cometido por policiais.

A VPC não indica se houve casos "injustificados" nessa mesma categoria e lembra que o FBI prometeu fornecer em 2017 mais dados sobre as mortes de negros provocadas por agentes da lei.

O estado com maior índice de homicídios com vítimas negras em 2013 foi Indiana (34,15 por cada 100 mil), seguido do Missouri (30,42) e Michigan (30,34).

Delcídio pode depor na CPI dos Fundos de Pensão

Delcídio Amaral (PT-MS)

 A oposição ao governo na Câmara quer convocar o senador Delcídio Amaral (PT-MS) para depor na CPI dos Fundos de Pensão.

O deputado Raul Jungmann (PPS-PE) protocolou nesta quinta-feira, 3, o requerimento para que o petista explique declarações feitas em delação premiada ainda não homologada pelo Supremo Tribunal Federal (STF).

De acordo com a revista IstoÉ, Delcídio teria dito em delação premiada que a presidente Dilma Rousseff tentou atuar ao menos três vezes para interferir na Operação Lava Jato por meio do Judiciário.

"É indiscutível e inegável a movimentação sistemática do ex-ministro da Justiça e atual advogado-geral da União, José Eduardo Cardozo, e da própria presidente Dilma no sentido de promover a soltura de réus presos na operação", afirmou Delcídio na delação, segundo a revista. Cardozo deixou esta semana o ministério alegando sofrer pressões do PT.

Na delação, Delcídio teria citado também o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e detalhado os bastidores da compra da refinaria de Pasadena pela Petrobras. As primeiras revelações do ex-líder do governo fazem parte de um documento preliminar da colaboração.

Nessa fase, o delator indica temas e nomes que pretende citar em seus futuros depoimentos após a homologação do acordo.

Delcídio foi preso no dia 25 de novembro do ano passado acusado de tentar atrapalhar as investigações da Operação Lava Jato e solto no dia 19 de fevereiro.

O senador foi denunciado pela Procuradoria-Geral da República (PGR) ao Supremo pela tentativa de atrapalhar investigações.

Em conversas gravadas pelo filho do ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró, o senador aparece negociando o silêncio do ex-diretor da estatal.

Nas gravações, Delcídio sugere uma rota de fuga e dinheiro à família de Cerveró, para não ser mencionado em eventual acordo de delação premiada.

Na delação, de acordo com a revista, o senador teria negociado com Cerveró a mando do ex-presidente Lula.

De acordo com a revista, em sua delação, Delcídio afirma que Lula pediu para que ele ajudasse seu amigo, o pecuarista José Carlos Bumlai, que estaria implicado nas delações de Fernando Baiano e Nestor Cerveró.

Em nota divulgada nesta tarde, Delcídio Amaral diz que nem ele nem sua defesa confirmam o conteúdo da matéria.

"Não conhecemos a origem, tampouco reconhecemos a autenticidade dos documentos que vão acostados ao texto", diz o comunicado.

Os alimentos estão na mira do clima — e isso pode ser fatal

Agricultor segura milho da safra castigada pela seca nos EUA

 Todos os dias, pelo menos 800 milhões de pessoas no mundo vão dormir com fome, e mais que o dobro (até 2 bilhões) sofrem de desnutrição ou "fome oculta", um problema que mata. Se ainda hoje, não conseguimos sanar este mal, como garantir a segurança alimentar e nutricional de um mundo que terá 9 bilhões de pessoas em 2050?

Segundo um novo estudo, se não reduzirmos, significativamente, as emissões de gases efeito estufa, vilões do aquecimento global, as gerações futuras vão sofrer consequências pesadas.

Estimativas publicadas pela revista científica Lancet nesta semana fazem o alerta: as mudanças climáticas poderão matar mais de 500 000 adultos até 2050 no mundo inteiro devido  a mudanças nas dietas e no peso corporal causadas pela redução da produtividade das culturas agrícolas.

O estudo é a primeira iniciativa desse tipo a avaliar o impacto das mudanças climáticas sobre a composição da alimentação e o peso corporal, e a  estimar o número de óbitos que o clima causará em 155 países até 2050.

De acordo com a pesquisa, se não forem tomadas medidas para reduzir as emissões de gases do efeito estufa, as mudanças climáticas poderão diminuir a disponibilidade de alimentos por pessoa em média em 3,2% (99 kcal por dia), o consumo de frutas e verduras em 4,0% (14,9 g por dia) e o de carne vermelha em 0,7% (0,5 g por dia).

A ingestão insuficiente de vitaminas, minerais e nutrientes debilita o sistema imunológico, o que aumenta a mortalidade, principalmente entre crianças. Os países mais afetados provavelmente serão de renda baixa ou média, em especial na região do Pacífico Ocidental (264 000 óbitos) e no Sudeste Asiático (164.000), sendo que quase três quartos desses óbitos deverão ocorrer na China (248000) e na Índia (136 000).

A modelagem foi liderada pelo Dr. Marco Springmann, do Programa Oxford Martin sobre o Futuro dos Alimentos, realizado pela Universidade de Oxford, no Reino Unido.

Segundo Springmann, as mudanças climáticas provavelmente terão graves efeitos negativos sobre a mortalidade futura, mesmo nos cenários mais otimistas. "As iniciativas de adaptação precisam ser expandidas rapidamente. Programas de saúde pública de prevenção e tratamento de fatores de risco relacionados à dieta e ao peso corporal, tais como aumento do consumo de frutas e verduras, devem ser reforçados prioritariamente para ajudar a reduzir os efeitos do clima sobre a saúde”.  

O pesquisador destaca que muitas pesquisas estão analisando a segurança alimentar, mas poucas vêm estudando de forma mais geral os efeitos da produção agrícola sobre a saúde. “Mudanças na disponibilidade e no consumo também influenciam fatores de risco relacionados à dieta e ao peso corporal, tais como baixo consumo de frutas e verduras, consumo elevado de carne vermelha e ganho de peso corporal. Todos esses fatores aumentam a incidência de doenças não-transmissíveis como doenças cardíacas, acidente vascular e câncer, além dos óbitos causados por essas doenças”, explica. 

Cai ou não? Como fica imagem de Cunha como réu da Lava Jato

Cunha SIM ou Não

 O Supremo Tribunal Federal (STF) aceitou hoje (3) denúncia da Procuradoria-Geral da República contra o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB), no âmbito da Operação Lava Jato. O plenário analisou envolvimento do deputado no escândalo pelos crimes de lavagem de dinheiro e corrupção passiva.

O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, formalizou a denúncia em agosto passado por conta do suposto recebimento de US$ 5 milhões por parte de Cunha pela facilitação e garantia de vantagens indevidas na contratação de navios-sonda para a estatal.

Por unanimidade, o Supremo definiu um recorte temporal na denúncia para aceitá-la parcialmente. Para o relator Teori Zavascki, até o ano de 2011, os indícios apresentados pelo MPF para aceite da denúncia são baseados apenas nas delações premiadas de Julio Camargo e Fernando Baiano, sem provas que corroborem com as suspeitas. Dali em diante, Cunha será julgado.

Em paralelo, o Conselho de Ética e Decoro Parlamentar aceitou na madrugada de ontem (2) o relatório pedindo abertura do processo de cassação de Cunha por quebra de decoro parlamentar. O presidente da Câmara teria omitido quatro contas no exterior, que foram posteriormente descobertas pelo Ministério Público Federal.

Apesar de se tratar do momento de maior constrangimento para a carreira parlamentar e do clamor popular por sua saída, Cunha já declarou a jornalistas que não pretende renunciar à presidência da Casa, muito menos ao mandato.

Enquanto as denúncias vão se aprofundando, fica a dúvida: com tantos processos, Cunha cai ou não?

Dilma não discutiu sobre STJ com Delcídio, diz Cardozo

O ministro da Justiça José Eduardo Cardozo durante primeira reunião ministerial em janeiro de 2015

 O ex-ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, afirmou que a presidente Dilma Rousseff nunca se reuniu com o senador Delcídio Amaral para tratar da indicação do ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ), Marcelo Navarro.

"Dilma garantiu que nunca se reuniu com Delcídio para discutir indicação do STJ e que, se fosse discutir, me chamaria, Luís Inácio Adams ou a Casa Civil. Sempre estive presente nas reuniões da presidente para tratar da Justiça", disse Cardozo sobre conversa que teve com a presidente na manhã desta quinta-feira, 03.

De acordo com o ministro, ele e a presidente receberam com indignação a reportagem da revista IstoÉ sobre a delação de Delcídio.

Cardozo aproveitou para falar que desconhece um suposto encontro com Navarro na antessala do Palácio do Planalto, como também diz a reportagem. "Eu nem sei que sala é essa", disse.

O ministro, que foi questionado se deveria responder às acusações já que nega o seu envolvimento e o da presidente, afirmou que era preciso responder, mas que, pela própria revista que revelou o teor da delação, ela ainda não existe porque não foi homologada.

"Delcídio não tem credibilidade se fez delação e escondeu para manter o mandato", destacou.

O novo advogado-geral da União criticou veementemente o senador, a quem chegou a chamar de amigo em outras épocas. "Parece que ele (Delcídio) quer dividir o ônus do que fez", disse.

Por diversas vezes, Cardozo disse que Delcídio não tem credibilidade. "Se alguém quer dar credibilidade a isso, que dê", afirmou.

Para ele, as partes da delação que envolvem a presidente Dilma, Pasadena e ele "não sobrevivem", e Dilma concordou que ele desmentisse o que aconteceu por meio de uma coletiva de imprensa.

Sobre vazamentos de informações, o ministro afirmou que todo tipo de vazamento é crime, seja o vazamento seletivo ou não. O ministro também afirmou que sabia das críticas que recebia de Delcídio por ele não interferir na operação Lava Jato.

Lula

Cardozo afirmou ainda que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva ligou para ele diversas vezes quando ele estava à frente da pasta, mas nunca o pressionou para deixar o cargo ou fez crítica direta pela atuação.

Apesar de, nos bastidores, circular a informação de que Lula tem mágoas de Cardozo por divergências internas no PT, o novo chefe da AGU afirmou que sempre teve uma relação "muito cortês e muito afável". "Tenho o ex-presidente Lula como um grande líder", afirmou.

O ex-ministro voltou a afirmar que deixou o cargo em razão de uma fadiga de material e por ter recebido críticas e pressões tanto de setores oposicionistas como governistas.

"Eu era quase uma unanimidade nacional", brincou. De acordo com ele, toda essa situação tornou necessária a renovação do comando do Ministério da Justiça.

Delação de Delcídio não acelera expulsão, diz Falcão

O presidente do PT, Rui Falcão

  O presidente nacional do PT, Rui Falcão, afirmou nesta quinta-feira, 3, que as notícias do suposto acordo de delação do senador Delcídio Amaral, ex-líder do governo no Senado, não têm impacto sobre o processo de análise de possível expulsão do parlamentar do partido.

Segundo o dirigente, a comissão - de três integrantes ainda a serem apontados pela legenda para analisar o caso - o fará com base em fatos e não em clima político.

"Não acelera nem desacelera. Eles vão examinar os fatos e não o clima", afirmou Falcão. Segundo o presidente do PT, não há um prazo fixado, mas ele espera que a questão da expulsão de Delcídio seja resolvida daqui a dois ou três meses.

Rui Falcão não quis se pronunciar sobre o processo de cassação de Delcídio na Comissão de Ética do Senado. O presidente do PT afirmou apenas que o processo deve ser encaminhado "normalmente" na Casa.

Depois de se reunir com o ex-presidente Lula na capital paulista, Rui Falcão destacou a jornalistas que Delcídio está suspenso e que, portanto, não é neste momento considerado um filiado do Partido dos Trabalhadores.

O dirigente petista também questionou a credibilidade de Delcídio ao lembrar que ele foi preso preventivamente pela Lava Jato depois de ser gravado negociando uma fuga para o exterior do ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró - também preso na Lava Jato.

Na conversa gravada, Delcídio dava a entender que poderia influenciar ministros do Supremo, como Teori Zavascki, Gilmar Mendes, Dias Toffoli e Edson Fachin.

"Se é verdade que ele fez as declarações que estão mencionando por aí, não merece nenhuma credibilidade, porque nunca o presidente Lula fez qualquer tipo de tratativa como aquelas que são mencionadas e tampouco a presidente da República interferiu em nomeações", declarou Falcão.

O dirigente evitou falar sobre o teor de sua conversa com Lula nesta tarde. Na reunião, que ocorreu no instituto do ex-presidente, Falcão disse não ter tratado do tema Delcídio, mas apenas falado sobre questões do PT.

O presidente do partido disse que ele e Lula falaram sobre as repercussões da festa de aniversário do PT na semana passada, no Rio, e sobre o projeto do partido de fazer uma conferência para discutir os rumos da economia - a proposta de realizar o encontro foi aprovada na reunião do diretório nacional do PT realizada também na semana passada na capital fluminense.

A revista IstoÉ divulgou nesta quinta-feira os detalhes da delação de Delcídio, que teria 400 páginas.

O senador citou vários nomes, entre eles os da presidente Dilma Rousseff e do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, e detalhou os bastidores da compra da refinaria de Pasadena pela Petrobras, entre outros assuntos.

Segundo Delcídio, teria partido de Lula a ordem para que o senador tentasse convencer o ex-diretor da área Internacional da Petrobras Nestor Cerveró, preso na Lava Jato, a não implicar o pecuarista José Carlos Bumlai, amigo do ex-presidente, em uma eventual delação premiada.

A delação de Delcídio também traria informações de que a presidente Dilma Rousseff teria tentado intervir ao menos três vezes na condução da operação Lava Jato.

Uma das investidas da presidente Dilma, segundo o suposto conteúdo da delação de Delcídio, passaria pela nomeação do desembargador Marcelo Navarro para o Superior Tribunal de Justiça (STJ).

"Tal nomeação seria relevante para o governo", pois o nomeado cuidaria dos "habeas corpus e recursos da Lava Jato no STJ", informou a IstoÉ.

As revelações do ex-líder do governo fazem parte de um documento preliminar da colaboração, que aguarda homologação do Supremo Tribunal Federal (STF).

Dilma recebeu com indignação delação de Delcídio, diz Wagner

Ministro-chefe da Casa Civil, Jaques Wagner, durante evento no Palácio do Planalto, Brasília. 03/12/2015

 O ministro-chefe da Casa Civil, Jaques Wagner, disse hoje (3) que a presidente Dilma Rousseff está preocupada e recebeu com indignação a notícia de que o senador Delcídio do Amaral (PT-MS) teria firmado um acordo de delação premiada em que teria declarado que a presidente e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva tinham conhecimento do esquema de corrupção na Petrobras.

A notícia foi publicada em reportagem da revista Isto É.

“Ela [presidente Dilma] está preocupada, porque eu acho que é uma coisa totalmente fora de qualquer padrão, uma delação que eu não sei se foi, pelo que sei não foi homologada, que envolve ministros e principalmente a figura da presidente da República”, disse Jaques Wagner a jornalistas, após evento no Palácio do Planalto.

Segundo o ministro, Dilma recebeu a notícia "com a mesma indignação" que ele "ou talvez mais", já que "envolve diretamente o nome dela".

Para Jaques Wagner, se o senador fechou acordo, as declarações deveriam ser mantidas em sigilo. Cabe à Procuradoria-Geral da República e ao Supremo Tribunal Federal investigar se houve vazamento, o que considerou "gravíssimo" e "intolerável".

"Se ela [delação premiada] deveria estar protegida por sigilo, estou entendendo que a delação perdeu o seu valor de fato, do ponto de vista do processo judicial, e virou o que tem virado muitas vezes: a execração pública para depois alguém provar que algo está diferente", disse o ministro.

Segundo ele, é "intolerável" num Estado democrático de Direito haver o linchamento público de uma pessoa para depois se dizer se realmente foi válido.

"Quem fez o vazamento? Alguém vai apurar? Ou fica pelas calendas isso? Isso é um crime gravíssimo, porque está sob sigilo de Justiça, deveria ir às mãos do ministro Teori [Zavascki, relator dos inquéritos da Lava Jato no STF], que é quem preside esse feito, e de repente sai. É mérito talvez da revista, do órgão de imprensa que conseguiu", afirmou.

Jaques Wagner citou o caso da escola Base, ocorrido na década de 1990, quando diversas reportagens relataram casos de abuso sexual por parte dos donos da instituição. O caso foi arquivado por falta de provas.

"Depois que você execra, quem paga o prejuízo da execração? Isso não constrói democracia. Este ambiente que estamos vivendo destrói democracia e crença nas instituições. Estamos indo para o tudo ou nada, para o vale-tudo. Qualquer um faz o que quer para atingir o seu objetivo. Eu acho, como democrata, gravíssimo isso aí", disse.

“Muita poeira”

Para Wagner, o suposto relato de Delcídio "não tem consistência" e há "muita poeira". 

"Alguém viu alguma prova ali? Não, eu só vi suposição onde ele próprio é o delator, ele é a testemunha, ele é tudo. Acho que não tem nenhuma consistência ali não. Tem muita poeira e pouca materialidade, mas eu não vou entrar nessa discussão", disse o ministro.

Segundo a revista Isto É, Delcídio do Amaral teria firmado um acordo de delação premiada com a equipe que investiga a Operação Lava Jato e nos depoimentos teria dito que a presidente Dilma Rousseff e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva tinham conhecimento do esquema de corrupção na Petrobras.

Dólar despenca 2,2% e vai a R$3,80, menor patamar em 3 meses

Notas de dólar

 O dólar fechou em queda de mais de 2 por cento e voltou à casa dos 3,80 reais nesta quinta-feira, menor patamar em quase três meses, reagindo à notícia de suposta delação premiada do senador Delcídio do Amaral (PT-MS) na operação Lava Jato envolvendo a presidente Dilma Rousseff e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

O dólar recuou 2,20 por cento, a 3,8022 reais na venda, após atingir 3,7767 reais na mínima da sessão.

Trata-se do menor nível de fechamento desde 10 de dezembro, quando a moeda norte-americana ficou em 3,8005 reais. Nas últimas três sessões, a divisa acumulou queda de 5,03 por cento.

"Está crescendo no mercado a aposta de que Dilma não vai terminar seu mandato", disse o economista da 4Cast Pedro Tuesta.

Ele ressaltou, porém, que o quadro é bastante incerto e eventual impeachment pode dificultar o reequilíbrio da economia.

Reportagem da revista IstoÉ diz que o senador Delcídio, ex-líder do governo no Senado, teria feito acordo de delação premiada citando Dilma e Lula, o que poderia aumentar as chances de afastamento da presidente.

Em comunicado, Delcídio disse não confirmar a reportagem e não conhecer a origem ou a autenticidade de documentos apresentados pela revista.

"Se a Lava Jato chegar no Lula, é praticamente certo que o PT não volta ao governo nem em 2018 e isso significa que aumenta a chance de mudança no governo", disse o operador de um banco internacional.

Outro foco importante foi a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) de acatar por unanimidade denúncia da Procuradoria-Geral da República contra o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que passa a ser réu em processo ligado à operação Lava Jato.

Operadores ressaltam que o acirramento das tensões com Cunha pode levá-lo a reagir com ataques ao governo. Por outro lado, eventual cassação do mandato do deputado pode arrefecer as tensões entre o Palácio do Planalto e o Congresso Nacional.

Alguns analistas ponderaram que as turbulências políticas podem prejudicar ainda mais a situação brasileira e os movimentos do mercado podem estar sendo exagerados.

"(A notícia sobre Delcídio) prejudica ainda mais a atual governabilidade e pode adiar os ajustes fiscais necessários", escreveram analistas do banco JPMorgan em nota a clientes.

A queda do dólar nesta sessão veio também da percepção de que o Banco Central não deve cortar os juros tão cedo, após o Comitê de Política Monetária (Copom) manter a Selic em 14,25 por cento em decisão dividida na noite passada.

A manutenção de juros elevados sustentaria a atratividade de ativos brasileiros, possivelmente atraindo capitais para o país.

Segundo pesquisa da Reuters, a alta recente do dólar frente ao real parece estar perdendo força em meio às promessas de mais estímulo monetário pelos bancos centrais e sinais de estabilização nos mercados de commodities. Analistas esperam que o dólar seja cotado a 4,015 reais em um mês, 4,16 reais em seis meses e 4,25 reais em 12 meses.

Nesta manhã, o BC promoveu mais um leilão de rolagem dos swaps que vencem em abril, vendendo a oferta total de 9,6 mil contratos. Ao todo, a autoridade monetária já rolou 1,402 bilhão de dólares, ou cerca de 14 por cento do lote total, que equivale a 10,092 bilhões de dólares.

Juros absorvem Copom e recuam com delação de Delcídio

Bolsa de Valores

 Durou pouco a repercussão da reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) no mercado futuro de juros. As taxas, que chegaram ser ajustadas para cima na manhã desta quinta-feira, 3, acabaram o dia em queda, influenciadas pelo noticiário político.

Um acordo preliminar de delação premiada feito pelo senador Delcídio Amaral (PT-MS) gerou forte especulação otimista nos mercados em geral. Com isso, todo o restante do noticiário ficou em segundo plano.

Ao grupo de trabalho da Procuradoria-Geral da República na Operação Lava Jato, Delcídio Amaral citou vários nomes, entre eles o do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O senador também detalhou os bastidores da compra da refinaria de Pasadena pela Petrobras, entre outros assuntos.

As primeiras revelações do ex-líder do governo no Senado fazem parte de um documento preliminar da colaboração. Nessa fase, o delator indica temas e nomes que pretende citar em seus futuros depoimentos após a homologação do acordo.

Delcídio foi preso em 25 de novembro, acusado de tentar atrapalhar as investigações da Lava Jato e solto em 19 de fevereiro. Desde que saiu da prisão, ele negava ter feito delação premiada.

O impacto da notícia foi forte em todos os mercados e ganhou força à tarde, quando ficou mais nítida a presença de investidores estrangeiros nos mercados de ações e renda fixa.

Com isso, a Bovespa subiu acima dos 4%, o dólar caiu além dos 2% e as taxas de juros fecharam, acompanhando a tendência do dólar e o ingresso de recursos externos na venda de taxas.

A reação positiva dos mercados se explica pela tese de que as informações de Delcídio podem complicar mais a situação da presidente Dilma Rousseff, aumentando as chances de seu afastamento do governo.

Para uma parcela importante do mercado, a saída de Dilma seria a chance de solução dos impasses políticos que vêm impedindo o avanço das medidas de ajuste fiscal no País.

O ex-ministro da Justiça e atual advogado-geral da União, José Eduardo Cardozo, fez uma grave crítica à delação premiada de Delcídio Amaral.

Cardozo acusou o senador de ter mentido na suposta delação e ter construído sua tese de delação por "vingança para sair da prisão". "Tivemos, no conjunto em que eu e a presidente somos citados, um conjunto de mentiras", disse.

Ao final dos negócios no horário regular da BM&F, o contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) com vencimento em janeiro de 2017 tinha taxa de 14,04%, ante 14,06% do ajuste de ontem.

O DI para janeiro de 2018 terminou em 14,26%, de 14,33%. Na ponta mais longa da curva, o vencimento de janeiro de 2021 ficou com taxa de 15,07%, ante 15,30% do ajuste de quarta-feira.

No início do dia, no entanto, ainda houve espaço para uma discreta correção das taxas para cima.

A alta já era esperada pelos economistas logo após o Copom ter decidido pela manutenção da taxa Selic em 14,25% ao ano, em um placar de 6 votos pela manutenção e 2 por um aumento de 0,50 ponto porcentual.

O manutenção do dissenso entre os membros do comitê afastou a possibilidade de cortes de juros no curto prazo, segundo os analistas, o que justificou o ajuste pontual nas taxas.

Outra notícia com repercussão limitada foi o resultado do Produto Interno Bruto (PIB) em 2015.

Os dados mostraram que a economia brasileira teve queda de 3,8% em 2015 ante 2014.

O resultado veio dentro do intervalo das estimativas dos analistas consultados pelo AE Projeções, que esperavam uma queda entre 3,70% a 4,00%, que resultou em mediana negativa de 3,90%.

Kirin aposta em bebidas não alcóolicas e lança energético

O energético K, da Brasil Kirin

 A Brasil Kirin, fabricante das cervejas Schin, Baden Baden e Eisenbahn e também dos refrigerantes Itubaína e Viva Schin, acaba de entrar em um novo mercado.

Ela já começou a distribuir o energético K, que deve estar presente inicialmente em pontos de vendas de São Paulo, Bahia e Sergipe dentro de um mês.

A bebida ganhou duas versões de embalagem: em garrafas PET de meio litro e 2 litros. O foco, segundo a Kirin, é o consumo compartilhado.

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A categoria de energéticos era estudada pela companhia desde 2013. Ela não revela quanto investiu para desenvolver o novo produto.

O lançamento é parte das apostas da Kirin em bebidas não alcóolicas. Em janeiro, elas corresponderam a 39% do total do volume vendido pela fabricante.

A empresa não abre o quanto isso representa do seu faturamento por considerar a informação "estratégica".

"Mas podemos afirmar que é uma fatia considerável", diz Bruno Piccirello, gerente de marketing de bebidas não alcóolicas da Brasil Kirin.

O K está sendo feito na planta de Itu (SP). Por enquanto, não houve expansão da linha de produção nem da força de trabalho local para produzi-lo.

A promoção do produto ocorrerá principalmente por meio de ações em pontos de venda e meios digitais.

Até então, a companhia só estava presente nos segmentos não alcóolicos de água, sucos, refrigerantes e bebidas mistas.

Sem álcool

Neste ano, a Brasil Kirin vai colocar 64% mais dinheiro na categoria de bebidas não alcoólicas. Os valores não são divulgados.

No ano passado, o refrigerante Viva Schin foi um dos que recebeu atenção especial.

Ele ganhou nome e embalagens novas e ações de marketing protagonizadas pela apresentadora Xuxa, o que ajudou suas vendas a crescer 5,1% no último trimestre do ano passado, em comparação com o mesmo período de 2014, segundo a fabricante.

A marca Itubaína também teve destaque. Sua identidade visual foi unificada e as receitas cresceram 23,7% de setembro a dezembro de 2015 ante os mesmos meses do ano anterior, ainda de acordo com a empresa.

Crescimento

O mercado de bebidas sem álcool cresce em ritmo mais acelerado do que das alcóolicas no Brasil, conforme dados da Euromonitor.

De 2010 a 2014 (os números de 2015 ainda não foram fechados), enquanto as vendas do primeiro cresceram 63,3% no país, as do segundo avançaram um pouco menos: 62,8%.

O segmento de energéticos, isolado, teve uma expansão de 180% no período.

Brasil pode voltar a crescer no 4º tri do ano, diz Fazenda

Ministro da Fazenda, Nelson Barbosa, falando com a imprensa

 A economia brasileira pode se estabilizar no terceiro trimestre deste ano e voltar a crescer no quarto trimestre, uma vez que diversos fatores que pressionaram a atividade no ano passado não devem se repetir na mesma intensidade agora, informou o Ministério da Fazenda nesta quinta-feira por meio de comunicado.

Pela manhã, foi divulgado que o Produto Interno Bruto (PIB) do país encolheu 3,8 por cento em 2015 e, segundo a Fazenda, afetado por uma série de acontecimentos, como a queda nos preços das commodities, a crise hídrica e o "ajuste macroeconômico necessário".

Mendes vota pela rejeição de denúncia contra aliada de Cunha

Ministro Gilmar Mendes em plenário do STF

 O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), proferiu o segundo voto a favor da rejeição da denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República (PGR) contra a ex-deputada federal e atual prefeita de Rio Bonito (RJ), Solange Almeida, pelo crime de corrupção.

Acompanhando maioria já formada, Mendes também votou a favor da denúncia contra o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), de quem Solange é aliada.

Seguindo divergência aberta pelo ministro Dias Toffoli, Gilmar Mendes disse que, no inquérito, não há provas suficientes de que a ex-deputada tinha conhecimento dos propósitos de Eduardo Cunha de retaliar a empresa Mitsui e o empresário Júlio Camargo para que eles voltassem a pagar propina por um contrato de navios-sonda da Petrobras, que foi suspenso pro questões jurídicas.

Mendes também disse que a Operação Lava Jato é um "filhote maior do mensalão".

"O que parece demonstrado é esse parlamentar em posição de destaque [Cunha] apresentou à colega de bancada, Solange, um requerimento que parecia perfeitamente adequado às circunstâncias, um pedido de apuração, e solicitou que ela o apresentasse em comissão na qual tomava parte. Se, de fato, estava comprometido com a corrupção, o deputado Cunha não teria razão para informar a deputada do ilícito ou de dividir com ela os lucros.", argumentou Mendes.

Segundo a denúncia, Solange Almeida, em 2011, quando era deputada federal, atuou em favor de Cunha e apresentou requerimentos à Comissão de Fiscalização e Controle da Câmara para pressionar o empresário e delator da Operação Lava Jato Júlio Camargo, representante da Mitsui, que parou de pagar as parcelas da propina em um contrato de navios-sonda da Petrobras, que foi suspenso por entraves jurídicos.

Até momento, o placar do julgamento, iniciado ontem (2), está em 8 votos a favor do recebimento de denúncia contra Eduardo Cunha, que também foi deunciado por corrupção e lavagem de dinheiro, e dois votos pela rejeição das acusações contra Solange Amaral.

Delação de Delcídio envolveu Dilma em mentiras, diz Cardozo

“O ministro da Justiça não tem esse poder. É crime”, explicou José Eduardo Cardozo na CPI da Petrobras

 O ministro da Advocacia-Geral da União (AGU), José Eduardo Cardozo, disse nesta quinta-feira que, o que chamou de "suposta" delação premiada do senador Delcídio do Amaral (PT-MS), envolveu a presidente Dilma Rousseff em um "conjunto de mentiras".

Em entrevista coletiva, Cardozo, que ocupava o Ministério da Justiça, afirmou ainda não saber se há uma delação de Delcídio, mas disse que, se confirmada, é uma clara retaliação.

Delcídio, que chegou a ser preso acusado de tentar obstruir as investigações da Lava Jato, fechou, segundo a revista Isto É, um acordo de delação premiada em que faz acusações a Dilma e ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Ibovespa salta 4% com cenário político sob holofotes

Homem conversa ao celular e observa tela eletrônica na bolsa de valores BMeFBovespa, em São Paulo

 O principal índice da Bovespa saltava 4 por cento na tarde desta quinta-feira, renovando máxima intradia em três meses e chegando a superar os 47 mil pontos, com a cena política dominando a atenção dos investidores.

Às 16:05, o Ibovespa subia F1 por cento 4 por cento, a 46.684 pontos. Na máxima, chegou aos 47.059 pontos, máxima intradia desde 3 de dezembro de 2015.

O volume financeiro do pregão era de 8,45 bilhões de reais.

Operadores citaram que o movimento reflete em grande parte desmonte e cobertura de posições vendidas, principalmente em papéis com participação estatal, como Petrobras e Banco do Brasil.

O principal foco era reportagem da revista IstoÉ dizendo que o senador Delcídio do Amaral (PT-MS), ex-líder do governo no Senado, teria feito acordo de delação premiada como parte da operação Lava Jato citando o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e a presidente Dilma Rousseff.

"Se isso for verdade, a já desgastada governabilidade do atual morre de vez", disse o chefe da mesa de renda variável da corretora de um banco em São Paulo.

No mercado financeiro, notícias potencialmente desfavoráveis para o governo tendem a repercutir positivamente, uma vez que favorecem apostas de mudança no cenário político e econômico.

Há também expectativa entre agentes financeiros de que a sexta-feira traga nova fase da operação Lava Jato, com risco de afetar nomes ainda mais relevantes na política nacional.

Esse noticiário se sobrepunha ao anúncio que o PIB do quarto trimestre, que mostrou contração de 3,8 por cento da economia brasileira em 2015, no pior resultado desde 1990.

Ainda no radar estava rebalanceamento do índice FTSE All World com a exclusão de nove ações de sete companhias brasileiras, enquanto uma foi adicionada na composição que entra em vigor após o fechamento do dia 18.

Destaques

Petrobras tinhas as preferenciais saltando 15 por cento e as ordinárias disparando 12,6 por cento, contagiadas pelas expectativas relacionadas ao cenário político, mesmo com a fraqueza nos preços do petróleo mostrando fraqueza.

Banco do Brasil acompanhava o tom, com salto de 13 por cento. O Credit Suisse cortou o preço-alvo da ação de 19 para 12,50 reais e manteve recomendação "underperform", enquanto o Goldman Sachs elevou o preço-alvo de 14,6 para 15 reais, com recomendação "neutra".

Itaú Unibanco e Bradesco subiam 6,2 e 6,5 por cento, respectivamente, tendo ainda no radar aprovação na Câmara dos Deputados de medida provisória que aumenta para 18 por cento a alíquota de Imposto de Renda sobre o juro sobre capital próprio, conforme esperado. Santander Brasil avançava 5,7 por cento.

Vale era contagiada pelo viés otimista, com as preferenciais de classe A subindo 7,7 por cento, tendo como pano de fundo a alta recente dos preços do minério de ferro na China.

Agentes financeiros também avaliavam os termos do acordo da Samarco sobre o desastre em Minas Gerais, considerados por analistas favoráveis às empresas.

Embraer desabava 14 por cento, após reportar resultado trimestral considerado fraco por analistas, assim como estimativas para 2016, que desapontaram.

O Itaú BBA cortou a recomendação do papel para "market perform" e citou entres seus argumentos a incapacidade da empresa de traduzir um real mais fraco em margens operacionais mais altas.

CETIP perdia 0,8 por cento e BM&FBOVESPA avançava 6,7 por cento, após a primeira autorizar assessores a iniciar discussões sobre a oferta de união com a BM&FBovespa, após seu Conselho de Administração não aceitar a oferta com os termos atualmente propostos.

Energias do Brasil ganhava 3,1 por cento, em meio à alta anual de 20,7 por cento no lucro do quarto trimestre e crescimento de 3,3 por cento do Ebitda ante o último trimestre de 2014.

Para ver as maiores altas do Ibovespa, clique em Para ver as maiores baixas do Ibovespa, clique em (Por Paula Arend Laier; edição de Aluísio Alves)

Mendes vota com maioria para aceitar denúncia contra Cunha

Ministro Gilmar Mendes durante sessão plenária do Supremo Tribunal Federal (STF)

 O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), também votou pelo recebimento da denúncia contra o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), sob acusação de receber propina do esquema de corrupção na Petrobras.

Assim como outros sete ministros que já proferiram seus votos, Mendes acredita haver indícios para levar Cunha à condição de réu em ação ligada à Lava Jato.

O ministro não acredita, no entanto, que há elementos para aceitar a denúncia contra a ex-deputada Solange Almeida, que teria ajudado o deputado a pressionar pelo recebimento de propinas relacionadas à contratação de navios-sonda para a Petrobras.

“Eu também não tenho como divergir do voto do relator Teori Zavascki... em relação ao deputado Eduardo Cunha”, disse Mendes.

Ao cumprimentar elogiosamente o advogado de Cunha, Antonio Fernando de Souza, o ministro lembrou que o defensor foi o procurador-geral da República responsável pela denúncia do esquema de corrupção que ficou conhecido como mensalão.

Ao fazer o registro da “situação peculiar” do advogado, referiu-se ao “petrolão” como “filhote maior do mensalão”.

Na quarta-feira, o relator do caso, ministro Teori Zavascki, apontou indícios contra o presidente da Câmara de recebimento de valores ilícitos --ao menos 5 milhões de dólares relacionados a contratos para fornecimento de navios-sonda à Petrobras--, da utilização do mandato para pressionar pelos pagamentos e da prática de lavagem de dinheiro, argumentos que utilizou para aceitar parcialmente a denúncia.

A aceitação foi parcial porque Zavascki discorda da primeira parte da acusação oferecida pela Procuradoria-Geral da República (PGR).

O relator considerou que “nada foi produzido, em termos probatórios” para comprovar conduta ilícita do deputado à época da celebração dos contratos de navios-sonda.

Votaram pelo recebimento parcial da denúncia, além de Zavascki, Cármen Lúcia, Marco Aurélio Mello, Edson Fachin, Luís Roberto Barroso, Rosa Weber, Dias Toffoli e Gilmar Mendes.

Produção de petróleo em janeiro cai 7,1%, diz ANP

Exploração de petróleo

 A produção total de petróleo no país recuou 7,1% em janeiro ante o mês anterior, somando 2,353 milhões de barris por dia, de acordo com o levantamento da Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustível (ANP).

Segundo a agência reguladora, a redução deveu-se a paradas programadas em plataformas da Petrobras, principal produtora no país que paralisou duas unidades em janeiro, de acordo com relatório divulgado no início da semana.

A produção total de petróleo e gás, em janeiro, ficou em 2,959 milhões de barris de óleo equivalente - uma queda de 3,9% em relação ao mesmo mês de 2015.

A produção exclusiva do pré-sal somou 823 mil barris de petróleo e 32,8 milhões de metros cúbicos por dia de gás - um volume total de 1,029 milhão de barris de óleo equivalente por dia (boe/d).

O volume representa uma queda de 5,6% em relação ao mês anterior. A agência reguladora não apontou causas específicas para a redução de produção nas águas ultraprofundas, mesmo com um poço produtor a mais (53) do que o registrado em dezembro.

O Campo de Lula, no pré-sal de Santos, foi o principal produtor de petróleo com 404 mil barris de óleo produzidos por dia - um volume 9% menor que o registrado em dezembro.

O campo também foi o principal produtor de gás, com 19,3 milhões de metros cúbicos por dia, e teve a plataforma com maior produção, Cidade de Mangaratiba.

A Bacia de Santos, onde estão concentrados os campos do pré-sal, representa 27% de toda a produção nacional de óleo.

Já a produção de gás natural somou 97,2 milhões de metros cúbicos por dia, uma queda de 3,1% em relação a dezembro.

Em comparação com janeiro de 2015, houve uma melhora na produção, com alta de 0,7% na produção.

Já a queima de gás caiu 19% na comparação com o mesmo mês do último ano, e 3,4% em relação a dezembro. O aproveitamento do gás chegou a 96,6%

George Clooney chama Donald Trump de "fascista xenófobo"

George Clooney ajusta a gravata durante a pré-estreia do filme Gravidade, no 70º Festival de Venice, em agosto de 2013

 Em entrevista publicada nesta quinta-feira pelo jornal britânico "The Guardian", o ator americano George Clooney tachou o candidato presidencial republicano Donald Trump de "fascista xenófobo".

"Vamos colocar as coisas em perspectiva. Você sabe, a verdade é que, em época de eleição, as coisas ficam loucas, e as vozes mais altas estão mais e mais extremas. Então você ouve uma ideia extremamente estúpida, como vamos proibir os muçulmanos do país", disse o ator.

Clooney, de 54 anos, disse estar apoiando a pré-candidata democrata Hillary Clinton.

"Sou fã da Hillary", disse ele, que em 2012 arrecadou cerca de US$ 12 milhões para a campanha de Barack Obama.

Ao ser perguntado sobre Trump, Clooney não titubeou: "Ele é um oportunista. Ele é um fascista; um fascista xenófobo".

"Encontrei Donald uma vez. Eu estava sentado em um lugar reservado e nós conversamos por um momento. Então ele foi (ao programa) de Larry King, e disse que eu era muito baixinho. E eu pensei: 'Fiquei sentado o tempo todo, Donald'", relatou o ator.

Sobre o oponente democrata de Hillary, Clooney disse admirar.

"Eu realmente amo Bernie Sanders, e estou muito feliz que ele esteja no debate. Ele está forçando a conversa para coisas que nunca foram faladas na política dos Estados Unidos, como disparidade entre os ricos e os pobres", afirmou.

Delcídio não confirma matéria de revista sobre delação

Senador Delcidio Amaral (PT-MS) - 25 de agosto de 2015

  O senador Delcídio do Amaral (PT-MS) disse em nota divulgada nesta quinta-feira que "não confirma" o conteúdo da matéria da revista IstoÉ, que afirma que o ex-líder do governo no Senado fez um acordo de delação premiada na Lava Jato acusando a presidente Dilma Rousseff e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

"Não conhecemos a origem, tão pouca reconhecemos a autenticidade dos documentos que vão acostados ao texto" diz a nota assinada pelo senador e por seu advogado, Antonio Augusto Figueiredo Basto, acrescentando que não foram contactados pela jornalista autora da reportagem para se manifestar sobre a fidedignidade dos fatos relatados.

Diretor da Vale espera que Samarco volte a operar até 2017

Prédio da Vale no centro do Rio de Janeiro. 20/08/2014

  O diretor de Relações com Investidores da Vale, Rogério Nogueira, disse que os sócios da Samarco - Vale e BHP Billiton - esperam que a empresa volte a operar no fim deste ano ou início do ano que vem. Mas não há garantia de que isso ocorra.

"Caso isso não aconteça, os acionistas vão cobrir os termos do acordo firmado ontem (quarta-feira, 2)", afirmou o executivo, referindo-se às medidas de recuperação acertadas com o governo. Como o Ministério Público Federal não assinou o acordo, é possível que a Samarco e suas acionistas sejam acionadas na Justiça, acrescentou Nogueira.

Em seminário na Apimec Rio, o diretor da Vale disse ainda que, apesar da assinatura do acordo, a mineradora "não está tranquila" com os efeitos do acidente sobre a sua reputação.

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"Não estamos tranquilos. Muito pelo contrário. Se essa imagem foi passada, está errada. A gente sabe que a reputação (da Vale) não vai ser reconstruída em um ou dois anos", afirmou.

Turquia deverá conter imigrantes, diz Conselho Europeu

Refugiados sírios cruzam a fronteira com a Turquia próxima da cidade de Azaz, na Síria

 Autoridades turcas precisam adotar medidas adicionais para conter o alto número de refugiados, em sua maioria sírios, que se movimentam rumo ao oeste, afirmou nesta quinta-feira o presidente do Conselho Europeu, Donald Tusk.

A autoridade sugeriu que a Grécia deve enviar imigrantes de volta para a Turquia, como parte da ofensiva contra traficantes de pessoas.

"A União Europeia aprecia nossa cooperação boa e crescente com a Turquia para impedir a imigração irregular, nós saldamos a ampliação dos esforços", disse Tusk em entrevista coletiva conjunta, após uma reunião com o primeiro-ministro turco, Ahmet Davutoglu, em Ancara.

As duas partes concordaram que o fluxo de refugiados para a União Europeia "ainda permanece muito alto", disse Tusk.

A autoridade europeia e Davutoglu se reuniram antes da cúpula do dia 7 entre a UE e a Turquia, quando será discutido o esforço conjunto para controlar a maior crise de refugiados desde o fim da Segunda Guerra.

A Turquia e a UE concordaram com um plano de ação no encontro de 29 de novembro em Bruxelas, mas apesar do inverno rigoroso dezenas de milhares de imigrantes ilegais seguiram nos últimos meses por rotas perigosas do Mar Egeu, partindo da Turquia para a Grécia.

O contínuo fluxo de refugiados gerou uma nova crise humanitária na fronteira entre a Grécia e a Macedônia, após os países dos Bálcãs fecharem parcialmente suas fronteiras.

Segundo o premiê da Turquia, não é correto que todas as fronteiras sejam fechadas, já que essa questão não diz respeito apenas à Turquia e à Grécia. Davutoglu disse ainda que deve haver uma cooperação com a UE, para conter a crise.

Negociações sobre resgate da Grécia progridem bem, diz FMI

Grécia

 As negociações a respeito da nova fase do plano de resgate financeiro da Grécia tiveram um "bom progresso" na reunião de quarta-feira, afirmou hoje o porta-voz do Fundo Monetário Internacional (FMI), Gerry Rice.

Segundo ele, a instituição tenta negociar um compromisso entre Atenas e seus credores europeus para que o governo grego faça reformas no sistema de aposentadoria em troca de um perdão substancial da dívida.

"Um bom progresso vem sendo feito nas discussões, e esperamos que elas se concluam mais cedo do que o esperado", disse.

Preocupado com a possibilidade de que um não cumprimento dos objetivos estabelecidos na última rodada possa prolongar ainda mais a crise grega, o FMI reiterou que não dará seu aval a nenhum programa que fuja das metas fiscais e de endividamento acordadas.

"O programa precisa somar", disse Rice.

Trégua na Síria é respeitada", afirmam Hollande e Cameron

Cameron e Hollande querem mudança na Europa para reagir a movimento antieuropeu

David Cameron e François Hollande: os líderes da França e Reino Unido se reuniram para discutir problemas como a imigração, o terrorismo, a ascensão do EI na Líbia e o quadro na Síria  

Um cessar-fogo de duas semanas na Síria tem sido em grande medida respeitado, apesar de episódios ocasionais de confrontos, afirmaram nesta quinta-feira os líderes de França e Reino Unido.

O presidente francês, François Hollande, e o primeiro-ministro britânico, David Cameron, se reuniram hoje para discutir problemas de segurança comuns, como a imigração, o terrorismo na África Subsaariana, a ascensão do Estado Islâmico na Líbia e o quadro na Síria.

"As partes principais da trégua têm sido respeitadas", afirmou Cameron, referindo-se ao cessar-fogo na Síria.

Rebeldes e grupos de oposição têm dito que ataques aéreos continuam a ocorrer contra suas posições, apesar do cessar-fogo iniciado na sexta-feira.

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