quinta-feira, 14 de janeiro de 2016
SAIBA COMO ABRIR RECLAMACÕES DE SUA OPERADORA DE INTERNET NA ANATEL
Como consumidor de serviços de telecomunicações, você tem o direito de registrar, junto à Anatel, reclamações contra as operadoras de serviços quando considerar que elas não estão cumprindo suas obrigações. Antes de fazer isso, porém, a Anatel recomenda que você se atualize sobre seus direitos como consumidor de serviços de telecomunicações (consulte a seção Seus Direitos), e, principalmente, que siga os passos abaixo:
1. Fale primeiro com a sua operadora. Anote e guarde o protocolo de atendimento que ela lhe fornecer.
A sua operadora é obrigada a lhe fornecer qualquer informação sobre o serviço que você contratou. Também é obrigada a resolver os problemas técnicos ou de cobrança que possam ocorrer – e têm prazos para fazer isso. Assim, em caso de dúvida ou reclamação, sempre fale primeiro com a operadora (contatos das principais operadoras).Importante: exija e anote o número do protocolo de atendimento da sua operadora. Ele é a prova de que a operadora sabe de seu problema e lhe deve uma resposta.
2. Se a operadora não responder, ou se a resposta não for adequada, entre em contato com a Anatel. Anote e guarde o número que lhe será fornecido.
Caso precise registrar uma reclamação na Anatel, tenha em mãos o número de protocolo da operadora. Caso a reclamação seja feita por alguém que não é o usuário titular do acesso, é necessário apresentar procuração. Você pode entrar em contato com a Anatel por meio da Internet (clique no botão abaixo); da Central de Atendimento Telefônico gratuito, no número 1331 - ou 1332, para deficientes auditivos (não há necessidade de acrescentar o código DDD); do aplicativo “Anatel Consumidor” (disponível para os sistemas Android, iOS e Windows Phone, e pode ser baixado nas lojas de aplicativos de forma gratuita); ou pessoalmente, nas Salas do Cidadão.
Importante: a Anatel lhe fornecerá um número da solicitação. Anote e tenha essa informação sempre em mãos. Ela será útil sempre que você entrar em contato com a Agência.
3. Aguarde e acompanhe o prazo de cinco dias úteis para resposta.
Assim que recebe sua reclamação, a Anatel a encaminha para a sua operadora de serviços, que terá cinco dias úteis para dar uma resposta ou solução. Será a operadora, e não a Anatel, quem irá lhe responder. Você pode acompanhar o andamento da solicitação pela internet, no site da Anatel, pelo aplicativo “Anatel Consumidor” ou ligando para o 1331. Neste último caso, você não precisa nem esperar o atendente. Basta digitar o número da solicitação, quando indicado.
4. A operadora não respondeu ou a resposta não foi adequada? Volte a entrar em contato com a agência.
Se, após cinco dias úteis você não receber uma resposta de sua operadora, entre em contato com os mesmos canais de atendimento da Anatel para reiterar sua reclamação. Caso a operadora tenha respondido, mas a resposta não tiver sido adequada, você tem o prazo de até 15 dias (contados a partir da resposta) para voltar a entrar em contato com a Anatel e solicitar a reabertura da reclamação original.
O que a Anatel faz com as reclamações recebidas contra as operadoras
A Anatel facilita e auxilia a interação com as operadoras de serviços de telecomunicações. E faz isso exigindo que as empresas respondam, com qualidade e em até cinco dias úteis, as reclamações que você registrou.
A Anatel monitora a quantidade e o motivo das reclamações contra cada operadora, o tempo que elas levam para responder e a qualidade das respostas para cobrar delas um nível de atendimento cada vez melhor. Entre outros pontos, a sua reclamação, somada às reclamações dos outros consumidores, nos ajuda a:
1) Calcular e divulgar o Ranking das Operadoras (Índice de Desempenho no Atendimento - conheça o índice), que possibilita à sociedade conhecer e comparar as empresas que melhor atendem às demandas do consumidor;
2) Identificar os principais problemas das operadoras e atuar de forma preventiva ou mesmo aprimorar as regras existentes;
3) Assim que recebe sua reclamação, a Anatel a encaminha para a sua operadora de serviços, que terá cinco dias úteis para dar uma resposta ou solução. Será a sua prestadora, e não a Anatel, quem irá tratar sua solicitação e lhe responder em até 5 dias úteis. Você pode acompanhar o andamento da solicitação pela internet, no site da Anatel, pelo aplicativo “Anatel Consumidor” ou ligando para o 1331. Neste último caso, você não precisa nem esperar o atendente. Basta digitar o número da solicitação, quando indicado.
Migrantes cubanos chegam ao México em programa piloto para ir aos EUA
Por Marie-Pia RIEUBLANC
AFP
Cerca
de 180 migrantes cubanos, dos quase oito mil que estão bloqueados na
Costa Rica desde novembro, chegaram na quarta-feira ao México em um
ônibus no âmbito de um acordo trinacional para ajudá-los a chegar aos
Estados Unidos.
A
bordo de quatro ônibus, os esgotados cubanos cruzaram a fronteira da
Guatemala com Ciudad Hidalgo, em Chiapas, no sudeste do México,
arrastando malas rumo ao departamento de migração.
Agentes
migratórios têm a ordem de dar a eles um visto de 20 dias para chegar
aos Estados Unidos, onde vigora a política de "pés secos/pés molhados",
que permite aos cubanos que fogem do seu país permanecer legalmente
assim que pisarem em território americano.
Os
cubanos chegaram a Ciudad Hidalgo no âmbito do programa piloto entre
Costa Rica, El Salvador e Guatemala, que poderia se estender a outros
7.600 moradores da ilha que continuam bloqueados em território
costa-riquenho devido a que seu país vizinho, a Nicarágua, se nega a
deixá-los passar.
"Já
nos deram um salvo-conduto. Podemos estar livres por 20 dias e chegar
rápido aos Estados Unidos", comemorou Yumiley Díaz Riva, de 21 anos, que
esteve dois meses bloqueada na Costa Rica com o marido e deixou um bebê
de um ano na ilha.
Depois
de obter suas permissões, cansados, os quase 200 cubanos esperaram os
ônibus que a Organização Internacional para as Migrações (OIM)
disponibilizou para levá-los gratuitamente até Tapachula, onde poderão
ficar em abrigos para migrantes ou pegar ônibus para a cidade que
quiserem.
Os
109 homens e 71 mulheres saíram da Costa Rica de avião rumo a El
Salvador, onde foram transportados nos ônibus até a fronteira da
Guatemala com o México, uma viagem de 13 horas, organizada pela OIM.
Na
terça-feira, antes de embarcar no avião no aeroporto de Libéria, 200 km
ao norte de San José, os viajantes se despediram, emocionados, de seus
compatriotas, com quem compartilharam abrigos na cidade vizinha de La
Cruz, de onde partiram sob aplausos, abraços e lágrimas.
Entusiasmo e temor
"O governo da Costa Rica confia no sucesso deste plano piloto", destacou Manuel González, chanceler costa-riquenho.
Após
a decisão nicaraguense de fechar a passagem aos cubanos, 7.800
migrantes ficaram bloqueados na Costa Rica e outros dois mil estão no
Panamá.
A
diretora de Migração da Costa Rica, Katia Rodríguez, considerou que
poderiam ser necessários 28 voos para evacuar os cubanos radicados em 38
albergues de seu país.
A
viagem gerou entusiasmo entre os cubanos, mas também medo pela
travessia que os espera, sobretudo quando tiverem que cruzar o México.
"Disseram-nos
que no México há alguns bandos chamados Los Zetas que assaltam nos
caminhos e que há zonas perigosas", reconheceu Yordani Casanova,
proprietário de um comércio de bebidas de 33 anos em Puerto Padre, no
leste da ilha caribenha, e que fez a viagem ao lado da esposa, Lisleni
Fernández.
Fernández
assegurou que querem trabalhar no que for nos Estados Unidos e, talvez,
em dois anos trazer seus dois filhos, de 4 e 8 anos, que ficaram com os
avós em Cuba.
Para
evitar estes riscos, a tradutora Liena Cabezas, em Havana, comentou que
pretende pegar um voo no sul do México até alguma cidade próxima à
fronteira com os Estados Unidos.
Uma solução de mais de US$ 500
O
procurador salvadorenho, David Morales, antecipou que nos países
centro-americanos e México os procuradores se comprometeram a "verificar
no terreno o tratamento aos cubanos".
Não
está claro como serão recebidos nos Estados Unidos, embora funcionários
americanos tenham dito que permanece vigente a política de "pés
secos/pés molhados".
O
começo do processo de aproximação entre Estados Unidos e Cuba, em
dezembro de 2014, induziu milhares de cubanos a emigrar por medo de que
Washington elimine os benefícios migratórios aos moradores da ilha.
Epidemia de zika no Brasil causa apreensão nos EUA
Após se espalhar pelo Brasil e ser associado a milhares de casos de microcefalia em bebês, o zika vírus agora chama atenção nos Estados Unidos, por conta do registro de um caso em Porto Rico que gerou apreensão na imprensa americana.
Em 31 de dezembro, um primeiro caso da doença foi registrado em Porto Rico. Autoridades da ilha – que integra o território americano – afirmaram que o paciente não viajou recentemente, o que descartaria a possibilidade de que tenha contraído a doença no exterior.O caso fez epidemiologistas especularem se o vírus não poderia seguir a mesma trajetória da dengue, que chegou aos EUA por Porto Rico e depois se espalhou pela Flórida e por Estados do Golfo do México. O Havaí, no Pacífico, também estaria na zona de risco.
"O zika vírus está se espalhando fora do Brasil e pode ameaçar os EUA", diz o título de uma reportagem no site da Newsweek, uma das principais revistas americanas. O governo americano, por enquanto, apenas sugere cautela a viajantes que tenham o Brasil como destino.
A revista diz que, além de picadas de mosquito, é possível que o vírus também seja transmitido sexualmente. Existe até o momento apenas um caso documentado com essa possibilidade, envolvendo um cientista americano que voltou do Senegal e suspeita-se que ele possa ter infectado sua mulher por intermédio de relações sexuais.
Até o momento, porém, a única forma confirmada de transmissão do vírus é pelo mosquito.
o diretor do Instituto de Infecções Humanas da Universidade do Texas em Galveston, Scott Weaver, afirma que o vírus pode chegar ao sul dos Estados Unidos a partir do início da primavera no hemisfério Norte (20 de março). "Ele está se espalhando muito rápido."
A reportagem cita a possibilidade de que o zika também é associado à ocorrência da síndrome de Guillain-Barré, que ataca os músculos e pode levar à paralisia.
O New York Times também tratou do tema. Uma reportagem no jornal diz que "doenças tropicais – algumas nunca vistas nos Estados Unidos – estão marchando para o norte, conforme a mudança climática permite a mosquitos e carrapatos expandir seu alcance".
O jornal afirma que o número de doenças causadas por insetos tem crescido no país ano após ano, citando casos de dengue, chikungunya, Chagas, doenças de Lyme e do vírus do oeste do Nilo.
A publicação diz que, até maio, o zika ainda não havia chegado ao hemisfério ocidental, mas hoje causa "pânico" no Brasil e circula por outros 13 países latino-americanos.
Comer manteiga e gorduras saturadas faz mesmo mal à saúde?
Quem gosta de manteiga se alegrou com recentes notícias, publicadas em jornais, afirmando que gordura saturada não é tão ruim quanto se imaginava.
Por outro lado, essas informações que "reabilitam" a manteiga vão contra diversas recomendações e deixam de fora várias nuances.Mas afinal, qual é a verdade sobre a gordura saturada?
A Organização Mundial da Saúde aconselha que o percentual de calorias proveniente dela não ultrapasse 10%.
O argumento é que a gordura saturada aumenta a quantidade de colesterol ruim no sangue, apesar de também aumentar o do tipo bom.
O colesterol ruim entope artérias e pode levar a um infarto ou AVC. No entanto, testes com estatinas mostram que essas drogas, que diminuem o colesterol, podem reduzir o risco de ataque cardíaco.
Confusão?
Quando o assunto é nutrição, obter provas confiáveis é sempre uma espécie de pesadelo.Alguns estudos se baseiam em questionários que perguntam o que as pessoas comeram no ano anterior, para então ver o que acontece décadas depois.
O problema é que muita gente tem dificuldade para lembrar o que comeu no dia anterior, quem dirá um ano atrás. Além disso, os hábitos alimentares mudam muito com o tempo.
E não seria lá muito antiético trancar pessoas e fazer experimentos com suas dietas por décadas para ver se elas terão um infarto.
Por isso, as provas acabam sendo uma colagem de resultados de diversos estudos, que dá uma impressão geral de que a gordura saturada é ruim.
A agência Public Health England, do Departamento de Saúde do Reino Unido, que aconselha as pessoas a cortar gordura saturada, diz que um dos artigos-chave em que a recomendação é baseada é uma revisão de 15 testes clínicos que mudaram as dietas de mais de 59 mil pessoas por pelo menos dois anos.
Mas até isso é um indicativo do motivo da possível confusão sobre a gordura saturada.
O trabalho não mostra impactos em mortes por doenças cardíacas ou outras causas. E conclui que cortar gordura saturada e substituí-la por carboidratos ou proteínas não faz diferença nos riscos.
A nutricionista-chefe do Public Health England, Alison Tedstone, afirma que gordura saturada é de fato ruim, mas que é justo dizer que "às vezes a questão da gordura fica simplista demais".
"Os dados mudaram um pouco ao longo dos anos por causa de novos estudos que surgiram. E há que se considerar diferenças sutis, como se estamos falando em, poli ou carboidrato integral."
Por que você ainda vai tomar água da privada
por Marcus Woo
Da BBC Earth
A água residual reciclada é segura para o consumo e tem o mesmo gosto que qualquer outra água potável. "Na realidade, podemos dizer que esse tipo de água é até relativamente doce", afirma Anas Ghadouani, engenheiro ambiental na Universidade Western Australia.
Estimuladas por problemas causados pelo aumento populacional e por secas intensas semelhantes às enfrentadas pelo Brasil recentemente, muitas cidades do mundo já estão incorporando água residual reciclada no abastecimento para o consumo.
Reciclar não é apenas uma necessidade – um futuro sustentável no gerenciamento da água vai exigir projetos como esses. Não há dúvidas de que isso vai acontecer
Para algumas pessoas, nem mesmo as circunstâncias mais dramáticas conseguem fazê-las mudar de ideia. Em 2006, por exemplo, a cidade de Toowoomba, no leste da Austrália, tentou implementar a reciclagem de águas residuais após anos de seca. Mas os planos foram literalmente por água abaixo, com 62% da população tendo votado contra o projeto em um referendo. "A reciclagem de água é algo com enorme força, mas politicamente é um problema"
Hoje, empresas como a Water Corporation, que administra o fornecimento de água em Perth e todo o oeste da Austrália, têm integrado água reciclada a sua própria rede de abastecimento.
O oeste da Austrália já é um dos locais mais secos da Terra, sofrendo com a falta de água há mais de 15 anos. As mudanças climáticas só tendem a piorar a situação. Para aliviar, a Water Corporation recorreu à dessalinização em 2006, usando usinas de tratamento para transformar água do mar em água doce.
O processo é caro, mas eficiente. Hoje, ele responde por 39% do fornecimento de água da região. As águas subterrâneas representam 43% do suprimento, enquanto o resto vem de reservatórios. Mas com a seca persistente, a água residual reciclada pode oferecer mais segurança a um custo mais baixo.
A empresa adotou um modelo semelhante ao que foi visto no Orange County, na Califórnia: bombear as águas residuais para aquíferos a fim de reabastecer o suprimento de águas subterrâneas. Os aquíferos servem como "armazenamento" gratuito e agem como uma espécie de fator psicológico que ajuda a minimizar o "nojo".
Os planos da Water Corporation são de aumentar o uso dessa água reciclada até que ela responda por 20% do abastecimento da cidade de Perth.
Essa abordagem interdisciplinar é fundamental. Segundo Scales, outra fonte de água ainda subaproveitada são as chuvas. "Se conseguirmos reciclar as águas residuais e coletarmos toda a água da chuva que cai pelas calhas, seria possível abastecer uma cidade inteira", diz.
Mas convencer a população e construir toda a infraestrutura necessária para aproveitar a água das chuvas levaria anos ou até décadas.
Lugares como Cingapura, Bélgica, a cidade de Windhoek, na Namíbia, e Wichita Falls, no Texas, já começaram reciclar águas residuais.
Na maioria das grandes metrópoles mundiais, como as da Ásia ou da América do Sul, a falta de água potável pode levar a doenças - no Brasil, por exemplo, é comum haver focos de dengue em locais de seca.
"O suprimento de água nesses locais é contaminado por águas residuais", afirma Scales. "Mas o tratamento dessa água contaminada é semelhante ao que é feito na reciclagem."
Por isso, não importa o nome dado à iniciativa – purificação, reciclagem ou "toilet-to-tap". Todos estão por trás da mesma ideia: oferecer água limpa a todos.
O nome assusta e é pouco fiel à
realidade de uma iniciativa que já está sendo adotada em algumas partes
do mundo. O "toilet-to-tap" (ou "da privada para a torneira", em
tradução literal) é uma técnica que reutiliza, para o consumo interno e
externo, toda a água que escorre pelos ralos (inclusive a da descarga
das privadas).
Se a ideia parece, literalmente, dura de engolir, é
bom saber que técnica envolve a filtragem e o tratamento da água
"suja", deixando-a tão pura como a água de uma nascente – talvez ainda
mais. Alguns bons exemplos disso vêm da Austrália.A água residual reciclada é segura para o consumo e tem o mesmo gosto que qualquer outra água potável. "Na realidade, podemos dizer que esse tipo de água é até relativamente doce", afirma Anas Ghadouani, engenheiro ambiental na Universidade Western Australia.
Estimuladas por problemas causados pelo aumento populacional e por secas intensas semelhantes às enfrentadas pelo Brasil recentemente, muitas cidades do mundo já estão incorporando água residual reciclada no abastecimento para o consumo.
Reciclar não é apenas uma necessidade – um futuro sustentável no gerenciamento da água vai exigir projetos como esses. Não há dúvidas de que isso vai acontecer
Fator ‘nojo’
Inevitavelmente, o fator "nojo" também tem seu papel. Recentemente, o psicólogo Paul Rozin, da Universidade da Pensilvânia, nos Estados Unidos, realizou uma pesquisa com 2 mil pessoas e descobriu que, apesar de 49% se dizerem dispostas a experimentar a água residual reciclada, 13% se recusaram, enquanto o resto se mostrou indeciso.Para algumas pessoas, nem mesmo as circunstâncias mais dramáticas conseguem fazê-las mudar de ideia. Em 2006, por exemplo, a cidade de Toowoomba, no leste da Austrália, tentou implementar a reciclagem de águas residuais após anos de seca. Mas os planos foram literalmente por água abaixo, com 62% da população tendo votado contra o projeto em um referendo. "A reciclagem de água é algo com enorme força, mas politicamente é um problema"
Hoje, empresas como a Water Corporation, que administra o fornecimento de água em Perth e todo o oeste da Austrália, têm integrado água reciclada a sua própria rede de abastecimento.
O oeste da Austrália já é um dos locais mais secos da Terra, sofrendo com a falta de água há mais de 15 anos. As mudanças climáticas só tendem a piorar a situação. Para aliviar, a Water Corporation recorreu à dessalinização em 2006, usando usinas de tratamento para transformar água do mar em água doce.
O processo é caro, mas eficiente. Hoje, ele responde por 39% do fornecimento de água da região. As águas subterrâneas representam 43% do suprimento, enquanto o resto vem de reservatórios. Mas com a seca persistente, a água residual reciclada pode oferecer mais segurança a um custo mais baixo.
A empresa adotou um modelo semelhante ao que foi visto no Orange County, na Califórnia: bombear as águas residuais para aquíferos a fim de reabastecer o suprimento de águas subterrâneas. Os aquíferos servem como "armazenamento" gratuito e agem como uma espécie de fator psicológico que ajuda a minimizar o "nojo".
Os planos da Water Corporation são de aumentar o uso dessa água reciclada até que ela responda por 20% do abastecimento da cidade de Perth.
Riquezas da chuva
A combinação de reciclagem, dessalinização e preservação ambiental está ajudando Perth a se tornar resistente a secas. "Nós nos tornamos um exemplo internacional no que se refere à maneira como respondemos às mudanças climáticas", afirma Clare Lugar, porta-voz da Water Corporation.Essa abordagem interdisciplinar é fundamental. Segundo Scales, outra fonte de água ainda subaproveitada são as chuvas. "Se conseguirmos reciclar as águas residuais e coletarmos toda a água da chuva que cai pelas calhas, seria possível abastecer uma cidade inteira", diz.
Mas convencer a população e construir toda a infraestrutura necessária para aproveitar a água das chuvas levaria anos ou até décadas.
Lugares como Cingapura, Bélgica, a cidade de Windhoek, na Namíbia, e Wichita Falls, no Texas, já começaram reciclar águas residuais.
Na maioria das grandes metrópoles mundiais, como as da Ásia ou da América do Sul, a falta de água potável pode levar a doenças - no Brasil, por exemplo, é comum haver focos de dengue em locais de seca.
"O suprimento de água nesses locais é contaminado por águas residuais", afirma Scales. "Mas o tratamento dessa água contaminada é semelhante ao que é feito na reciclagem."
Por isso, não importa o nome dado à iniciativa – purificação, reciclagem ou "toilet-to-tap". Todos estão por trás da mesma ideia: oferecer água limpa a todos.
A China continua sendo líder mundial de investimento em energias renováveis, com 110,5 bilhões de dólares
Em 2015 os investimentos mundiais em energias renováveis superaram os 320 bilhões de dólares, uma cifra recorde, apesar da queda do preços das energias fósseis como o petróleo, o gás e o carvão, segundo estudo publicado nesta quinta-feira (14).
Os investimentos foram de um total de 329,3 bilhões de dólares, um aumento de 4% em relação a 2014, e superaram o recorde anterior de 2011 (317,9 bilhões), indica o estudo da Bloomberg New Energy Finance (BNEF).
Segundo Michael Liebreich, diretor da BNEF, esta cifra é uma mostra da melhora da competitividade da energia eólica, duas energias que representam cerca da metade do total da capacidade de produção de eletricidade no mundo.
Esta progressão não se viu freada pelo barateamento das energias fósseis, em particular o petróleo.
A China continua sendo líder mundial de investimento em energias renováveis, com 110,5 bilhões de dólares (+17% em um ano). Depois estão os Estados Unidos, com um aumento de 8% em relação a 2014, ou 56 bilhões de dólares.
Na Europa, por outro lado, o investimento foi o mais tímido desde 2006, com 58,5 bilhões de dólares em 2015, 18% a menos que no ano anterior.
Assinar:
Postagens (Atom)
Arquivo do blog
-
▼
2016
(2193)
-
▼
janeiro
(227)
-
▼
jan. 14
(6)
- SAIBA COMO ABRIR RECLAMACÕES DE SUA OPERADORA DE I...
- Migrantes cubanos chegam ao México em programa pil...
- Epidemia de zika no Brasil causa apreensão nos EUA
- Comer manteiga e gorduras saturadas faz mesmo mal ...
- Por que você ainda vai tomar água da privada
- A China continua sendo líder mundial de investimen...
-
▼
jan. 14
(6)
-
▼
janeiro
(227)