domingo, 10 de abril de 2016
Bélgica captura homem visto com terroristas em aeroporto
Um homem detido sob acusação de terrorismo na Bélgica admitiu ser o "homem de chapéu" visto nas imagens das câmeras de segurança no aeroporto de Bruxelas junto com dois homens-bomba depois dos ataques na cidade que mataram 32 pessoas, disseram os promotores públicos neste sábado.
Os promotores afirmaram que, depois de ser confrontado com as imagens preparadas por uma unidade de investigação, o belga Mohamed Abrini disse que era o homem que a polícia estava procurando desde os bombardeios ao aeroporto e ao metrô em 22 de março. "Ele não tinha outra escolha", disse um porta-voz dos promotores públicos da Bélgica. Ele está detido desde a noite de sexta-feira. Abrini estava na lista de mais procurados da Europa desde dezembro, depois que foi pego por uma câmera de segurança em uma estação de serviços na estrada com o suposto militante Salah Abdeslam enquanto dirigiam para Paris dois dias antes dos ataques que mataram 130 pessoas em novembro.
Com as prisões e mortes em Bruxelas desde que as buscas de 15 de março colocaram a polícia atrás de Abdeslam, todos os principais suspeitos conhecidos pelos ataques de Paris e Bruxelas parecem ter sido retirados das ruas da Europa.
Depois de deixar o aeroporto, Abrini jogou seu casaco em uma lixeira e depois vendeu o seu chapéu, disseram os promotores.
"Ele está sendo acusado de participar das atividades de um grupo terrorista e de assassinato terrorista", disse a Promotoria federal da Bélgica em um comunicado. Os promotores acusaram quatro pessoas, incluindo Abrini, por atividades terroristas pelas suas supostas participações nos bombardeios de Bruxelas e nos ataques de Paris em novembro.
Eles foram presos na sexta-feira, junto com outras duas pessoas que foram libertados em seguida. A polícia belga fez uma operação em um suposto esconderijo no centro de Bruxelas no sábado, mas não encontrou armas ou explosivos e não prendeu mais ninguém.
Panamá Papers indicam que amigo de Cunha comandou offshores
Documentos do Panamá Papers indicam que o empresário Ricardo Magro, amigo e ex-advogado do presidente da Câmara Eduardo Cunha (PMDB-RJ), tem ligação com ao menos seis offshores em paraísos fiscais. As informações são de reportagem do jornal O Estado de S.Paulo.
Segundo a reportagem, os documentos mostram trocas de e-mails para a abertura de duas offshores para o empresário com o objetivo de adquirir imóveis na Flórida. Nas mensagens, pede-se que os diretores das empresas sejam fictícios, nomeados pela firma panamenha Mossack Fonseca, especializada em abrir empresas de fachada. A agente representante de magro é então alertada de que não é permitido nomear diretores de fachada.
Ainda de acordo com o jornal, em outra offshore Riocardo Magro usa um mecanismo ainda mais sofisticado para ocultar o verdadeiro dono da empresa. No caso da offshore Ronell Capital as ações “não eram nominais, mas sim pertencentes ‘ao portador’, ou seja, a qualquer pessoa que estivesse em posse dos papéis em um determinado momento”, diz a reportagem.
Questionado pelo jornal, Ricardo Magro afirmou suas offshores sempre foram declaradas às autoridades brasileiras enquanto ele viveu no país. Hoje ele vive na Europa.
Anteriormente, as reportagens do Panamá Papers já haviam indicado ligação do deputado Eduardo Cunha com a abertura de offshores fora do país. David Muino, que se apresenta como vice-presidente do banco BSI, da Suíça, atuou na abertura de empresas desse tipo para Cunha. O presidente da Câmara negou ser proprietário de qualquer empresa offshore e disse não conhecer David Muino.
A Panamá Papers é uma investigação feita pelo Consórcio Internacional de Jornalistas Investigativos (ICIJ, sigla em inglês) sobre a indústria de empresas offshore. Esse tipo de empresa pode ser usada para esconder dinheiro e dificultar o rastreamento de seus verdadeiros donos.
O ICIJ, com apoio do jornal alemão Süddeutsche Zeitung, teve acesso a 11,5 milhões de documentos ligados ao escritório de advocacia panamenho Mossack Fonseca. Os milhões de documentos vazados foram esmiuçados por mais de 370 jornalistas de 76 países. No Brasil, fazem parte da ICIJ profissionais do portal UOL, do jornal O Estado de S. Paulo e da emissora Rede TV!.
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