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domingo, 10 de abril de 2016

DF vai separar manifestantes em votação de impeachment

Manifestação em Brasília em 16/03/2016

 A Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal (DF) e a Polícia Militar organizaram um plano de segurança específico para atuação na Esplanada dos Ministérios durante os três dias em que o processo de impeachment poderá ser votado na Câmara. A chamada "Operação Esplanada", que reúne agentes da Polícia Militar, Polícia Civil, Detran e Corpo de Bombeiros, ocorrerá durante os dias 15, 16 e 17 de abril. Antes de chegar à votação no plenário, contudo, o tema ainda deve passar por votação na Comissão Especial de Impeachment, prevista para a próxima segunda-feira.

Nessas datas, as áreas do entorno do Congresso Nacional, do Palácio do Planalto e do Supremo Tribunal Federal, bem como de toda a Praça dos Três Poderes, ficarão restritas para acesso. Não haverá circulação de manifestantes nesses espaços que, tradicionalmente, foram ocupados pelas pessoas nas manifestações anteriores.

A operação formará uma área exclusiva ao longo da região central de toda a Esplanada. O grupo a favor do impeachment será concentrado do lado direito da Esplanada. O grupo contrário ao impeachment da presidente Dilma Rousseff ficará do lado esquerdo. Haverá alambrados para separar os manifestantes. A barreira vai impedir que os grupos se vejam durante os atos.

Todo acesso será monitorado pela Polícia Militar. Cada manifestante que seguir para a Esplanada será abordado por um policial para ter acesso à área.

Foram autorizadas as entradas de apenas dois carros de som para cada grupo de manifestantes. Esses carros não poderão incitar os manifestantes com palavras de ordem. A polícia definiu que só serão permitidas informações para orientar a população.

O estacionamento dos manifestantes favoráveis ao impeachment será no Parque da Cidade, também do lado direito de quem segue para a Esplanada. Os manifestantes contrários à saída da presidente deverão estacionar do lado esquerdo, no entorno do estádio Mané Garrincha.

Estão proibidas as entradas de garrafas e objetos de vidro, fogos de artifício, suportes de bandeiras, máscaras e megafones. Quem chegar ao local com algum desses objetivos terá o item recolhido pela polícia. Os bonecos infláveis, de qualquer tamanho, também foram proibidos. O objetivo, segundo a polícia, é evitar provocações entre os manifestantes.

O bloqueio de parte das vias terá início à meia-noite do dia 14, quinta-feira. "Todo o trabalho é para que as pessoas possam se manifestar livremente sem por em risco a segurança própria e de outros", disse secretária de Estado da Segurança Pública e da Paz Social, Márcia de Alencar. "Estamos tranquilos, preparados e integrados."

Bélgica captura homem visto com terroristas em aeroporto

Suspeito de ataque terrorista em Bruxelas no dia dos atentados 

 Um homem detido sob acusação de terrorismo na Bélgica admitiu ser o "homem de chapéu" visto nas imagens das câmeras de segurança no aeroporto de Bruxelas junto com dois homens-bomba depois dos ataques na cidade que mataram 32 pessoas, disseram os promotores públicos neste sábado.

Os promotores afirmaram que, depois de ser confrontado com as imagens preparadas por uma unidade de investigação, o belga Mohamed Abrini disse que era o homem que a polícia estava procurando desde os bombardeios ao aeroporto e ao metrô em 22 de março.  "Ele não tinha outra escolha", disse um porta-voz dos promotores públicos da Bélgica. Ele está detido desde a noite de sexta-feira.  Abrini estava na lista de mais procurados da Europa desde dezembro, depois que foi pego por uma câmera de segurança em uma estação de serviços na estrada com o suposto militante Salah Abdeslam enquanto dirigiam para Paris dois dias antes dos ataques que mataram 130 pessoas em novembro.

Com as prisões e mortes em Bruxelas desde que as buscas de 15 de março colocaram a polícia atrás de Abdeslam, todos os principais suspeitos conhecidos pelos ataques de Paris e Bruxelas parecem ter sido retirados das ruas da Europa.

Depois de deixar o aeroporto, Abrini jogou seu casaco em uma lixeira e depois vendeu o seu chapéu, disseram os promotores.

"Ele está sendo acusado de participar das atividades de um grupo terrorista e de assassinato terrorista", disse a Promotoria federal da Bélgica em um comunicado.  Os promotores acusaram quatro pessoas, incluindo Abrini, por atividades terroristas pelas suas supostas participações nos bombardeios de Bruxelas e nos ataques de Paris em novembro.

Eles foram presos na sexta-feira, junto com outras duas pessoas que foram libertados em seguida. A polícia belga fez uma operação em um suposto esconderijo no centro de Bruxelas no sábado, mas não encontrou armas ou explosivos e não prendeu mais ninguém.

Panamá Papers indicam que amigo de Cunha comandou offshores

Presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, em Brasília, dia 16/02/2016

 Documentos do Panamá Papers indicam que o empresário Ricardo Magro, amigo e ex-advogado do presidente da Câmara Eduardo Cunha (PMDB-RJ), tem ligação com ao menos seis offshores em paraísos fiscais. As informações são de reportagem do jornal O Estado de S.Paulo.

Segundo a reportagem, os documentos mostram trocas de e-mails para a abertura de duas offshores para o empresário com o objetivo de adquirir imóveis na Flórida. Nas mensagens, pede-se que os diretores das empresas sejam fictícios, nomeados pela firma panamenha Mossack Fonseca, especializada em abrir empresas de fachada. A agente representante de magro é então alertada de que não é permitido nomear diretores de fachada.

Ainda de acordo com o jornal, em outra offshore Riocardo Magro usa um mecanismo ainda mais sofisticado para ocultar o verdadeiro dono da empresa. No caso da offshore Ronell Capital as ações “não eram nominais, mas sim pertencentes ‘ao portador’, ou seja, a qualquer pessoa que estivesse em posse dos papéis em um determinado momento”, diz a reportagem.

Questionado pelo jornal, Ricardo Magro afirmou suas offshores sempre foram declaradas às autoridades brasileiras enquanto ele viveu no país. Hoje ele vive na Europa.

Anteriormente, as reportagens do Panamá Papers já haviam indicado ligação do deputado Eduardo Cunha com a abertura de offshores fora do país.  David Muino, que se apresenta como vice-presidente do banco BSI, da Suíça, atuou na abertura de empresas desse tipo para Cunha. O presidente da Câmara negou ser proprietário de qualquer empresa offshore e disse não conhecer David Muino.

A Panamá Papers é uma investigação feita pelo Consórcio Internacional de Jornalistas Investigativos (ICIJ, sigla em inglês) sobre a indústria de empresas offshore. Esse tipo de empresa pode ser usada para esconder dinheiro e dificultar o rastreamento de seus verdadeiros donos.

O ICIJ, com apoio do jornal alemão Süddeutsche Zeitung, teve acesso a 11,5 milhões de documentos ligados ao escritório de advocacia panamenho Mossack Fonseca. Os milhões de documentos vazados foram esmiuçados por mais de 370 jornalistas de 76 países. No Brasil, fazem parte da ICIJ profissionais do portal UOL, do jornal O Estado de S. Paulo e da emissora Rede TV!.

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