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quarta-feira, 6 de janeiro de 2016

Banco Mundial corta sua previsão de crescimento mundial para 2016

 



O Banco Mundial (BM) rebaixou sua previsão de crescimento mundial para 2016, devido ao "decepcionante" desempenho de grandes emergentes como China e Brasil.
O PIB mundial, que em 2015 cresceu 2,4%, não crescerá mais do que 2,9%, o que significa 0,4% a menos do que a previsão feita em junho, de acordo com o relatório semestral do BM publicado nesta quarta-feira.
"A simultânea debilidade dos principais mercados emergentes ameaça os objetivos de redução da pobreza (...) embora esses países tenham sido poderosos contribuidores para o crescimento mundial na última década", disse o BM.
A China, em plena transição econômica, desacelerará sua expansão para 6,7% contra 6,9% de 2015, o que significa 0,3% a menos do que o previsto para seis meses e seu pior resultado desde 1990.
A segunda maior economia do mundo padece há meses de episódios de turbulências financeiras e, na segunda-feira, suas Bolsas despencaram 7%.
A revisão de projeções é mais drástica para outros emergentes já em recessão, como o Brasil (-3,6 pontos básicos, a -2,5%) e a Rússia (-1,4 ponto, a -0,7%). Ambos os países estão sendo atingidos por uma queda dos preços das matérias-primas, dos produtos primários e da energia.
Os países de rendas mais altas terminarão um pouco melhor do que em 2016, diz o BM. Os Estados Unidos crescerão 2,7%, e a zona do euro, 1,7%. Em ambos os casos, a projeção foi rebaixada apenas em um décimo de ponto percentual, disse o banco.
"O crescimento mais forte das economias avançadas compensará apenas parcialmente os riscos de persistente debilidade dos principais emergentes", comentou Ayhan Kose, responsável pelas projeções econômicas do BM.
A entidade alertou sobre outros "riscos" para a economia mundial, como as tensões geopolíticas e as possíveis repercussões do aumento da taxa de juros dos Estados Unidos.
"Há fissuras na superfície", advertiu o economista-chefe do Banco Mundial, Kaushik Basu, apontando para o risco de "perigosos movimentos de capitais" no mundo.



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