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quinta-feira, 3 de março de 2016

Avançam preparativos para intervenção contra o EI na Líbia

Militares protegem protesto da população da Líbia contra candidatos a governo propostos pela ONU, dia 23/10/2015

Uma intervenção militar internacional contra o grupo Estado Islâmico (EI) na Líbia começa a se concretizar, apesar de a formação de um governo de união nacional naquele país ainda ser esperada por todos.

O general Donald Buluc, comandante das forças especiais dos Estados Unidos na África, surpreendeu esta semana os militares e político europeus ao reconhecer ao Wall Street Journal que havia sido criado em Roma um "centro de coordenação" de intervenção da coalizão.

"Estamos esperando a formação de um governo na Líbia, não se trara de uma 'sala de guerra'", reagiu o italiano Domenico Rossi, vice-ministro da Defesa em sua conta no Twitter.

No entanto, os preparativos já começaram e a Itália, antiga potência colonial, prepara-se para coordenar as ações.

"Estamos coordenando a formação das forças de segurança e a estabilização da Líbia, que vão operar quando um governo for formado na Líbia", indicou a ministra italiana da Defesa, Roberta Pinotti, em uma audiência na semana passada perante o Parlamento.

A operação está em andamento "há várias semanas", reconheceu o ministro das Relações Exteriores, Paolo Gentiloni, durante uma visita a Nova York esta semana.

"O planejamento e coordenação já avançaram bastante", assegurou.

Informações sobre o assunto têm-se multiplicado em Paris, Londres e Roma, confirmando que membros das forças especiais francesas, americanas e britânicas já se encontram na Líbia.

De acordo com fontes da imprensa destes países, os soldados não estão envolvidos em operações militares com as forças lideradas pelo general Khalifa Hafter, leal ao governo de Tobruk, ou Fajr Libia, a coalizão de milícias islâmicas que se tornou o braço armado do governo que não é reconhecido internacionalmente e que está baseado em Trípoli.

Sua missão é estabelecer contato com as forças no terreno, avaliar a situação, criar uma rede de inteligência e, talvez, armas e meios de comunicação.

Além dos numerosos voos de reconhecimento realizados até o momento, o exército dos Estados Unidos realizou, pelo menos, dois ataques aéreos na Líbia, incluindo um em 19 de fevereiro contra um acampamento do grupo jihadista Estado Islâmico (EI), perto de Sabratha, que causou 50 mortes e que provavelmente matou um dos líderes da organização.

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